A volta do Totó
Depois de um tempo sumido meu querido amigo de infância, o Totó, não, o Aristides, que ele não quer mais intimidade comigo e nem com o Jilozinho, reapareceu. Me ligou faz pouco lá de São José do Calçado-ES, a cidade onde nasci.
- Bom dia, meu querido Aristides, por que abandonastes este amigo que tanto te ama?- digo.
- Quer parar de viadagem, calar essa bocarra e me escutar? Eu ligo, eu falo!
- Então desembucha...
- É o seguinte, o Jiló me disse que você tá pensando em vir morar em Calçado e eu, apesar de achar isso uma péssima ideia, arrumei uma casa do lado da minha pra você morar. Mas se me atazanar muito eu fico de mal com você pra sempre, seu blogueirinho botafoguista de merda!- dispara o Totó, quer dizer, o Aristides.
- Tô pensando nisso sim, minha flor de maracujá, mas não quero ser seu vizinho.- digo.
- Por que não?!
- Porque você fala demais, é flamenguista, feio, peidorreiro e vai encher meu saco o dia todo-provoco, já sabendo a resposta.
- Vai tomar no cu, seu viado! Vai morar na puta que o pariu então... E tô de mal com você pra sempre, seu paiaço!
E, como desde sempre, o bom Aristides desligou o celular na minha cara.
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