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21 de janeiro de 2015

“Ah, Senhor, por que me tiraste a potência mas deixaste-me o desejo?!"

 “Ah, Senhor, por que me tiraste a potência mas deixaste-me o desejo?!"

Encontrei o Tadeu, velho amigo de meu pai. Pergunto como vão indo as coisas- ele,  do alto de seus 86 anos, e sem perder o bom-humor que sempre o caracterizou, manda: “Uma merda,  meu filho! Uma merda! Tudo subindo, inclusive as bundas das meninas, à cada dia mais empinadas, menos meu “trabuco”, que nem com Viagra dá sinal de vida!"

A lamúria do Tadeu lembrou-me de uma frase do cronista Armando Nogueira, que certa feita se encontrou com a Leila, uma gostosíssima jogadora de vôlei dos anos 90 do século passado, abraçou-a e, olhando desconsolado para o céu, disparou: - “Ah, Senhor, por que me tiraste a potência mas deixaste-me o desejo?!" 
Pois é... Hunf. 

4 de dezembro de 2014

Roberto Porto, mais uma perda irreparável para o Botafogo em 2014

Roberto Porto, mais uma perda irreparável para o Botafogo em 2014
"Com imenso pesar, o Botafogo de Futebol e Regatas lamenta o falecimento do benemérito, jornalista, escritor e historiador botafoguense Luiz Roberto Ribeiro Porto, ou Roberto Porto, como era conhecido. Com a saúde fragilizada e vítima de complicações provocadas pela diabetes, ele morreu, aos 74 anos, na manhã desta quinta-feira no Hospital do Andaraí, onde estava internado.
O Botafogo decreta luto oficial de três dias e hasteia sua bandeira a meio mastro, em honra e agradecimento a este grande botafoguense, que durante anos representou o clube com efusivas demonstrações de carinho, além de crônicas e livros memoráveis sobre o Glorioso.
O clube manifesta solidariedade e força a amigos, familiares e fãs de Roberto Porto, jornalista de carreira brilhante. As informações sobre velório e enterro ainda serão divulgadas."


Roberto Porto é mais uma grande perda para o Botafogo neste infeliz ano de 2014. Porto devia estar muito triste com a queda de seu amado Botafogo para a Série B. 
Creio que Roberto Porto foi o último dos grandes jornalistas botafoguenses que fizeram das páginas de esporte do saudoso e brilhante Jornal do Brasil, uma leitura imperdível. 
João Saldanha, Armando Nogueira, Sandro Moreyra, Oldemário Touguinhó, todos grandes e apaixonados alvinegros já nos deixaram, agora perdemos o Porto. 
O Botafogo está de luto.

25 de maio de 2014

Nélson Rodrigues e a criação do sincretismo ideológico no Brasil

Nélson Rodrigues e a criação do sincretismo ideológico no Brasil

Ao menos essa Copa do Mundo no Brasil está ideologicamente muito divertida. Tenho amigos ligados ideológica e emocionalmente ao PT que detestavam futebol, daqueles que afirmavam que o "futebol é o ópio do povo" e hoje são a própria "pátria de chuteiras", no dizer de Nélson Rodrigues; outros, à direita, estão contra a Copa por detestarem o PT. Só por esse singelo motivo.
Mas o mais hilário é ver o Nélson Rodrigues transformado em ícone pelos defensores da realização da Copa.
Nélson foi um grandíssimo escritor, inteligência afiada e crítico atroz, impiedoso e cínico das esquerdas. Escreveu sobre futebol como poucos e não entendia patavinas do esporte. Como quase não enxergava ia ao Maracanã- cujo verdadeiro nome é Estádio Mário Filho, jornalista irmão do Nélson, criador do Jornal dos Sports e o maior defensor da construção do estádio para a realização da Copa de 1950- para "sentir" o clima das torcidas e depois escrever suas crônicas. Certa feita, logo após o término de uma partida, virou-se para o também jornalista e cronista Armando Nogueira ( acho que foi com o Armando ) e disse: "Armando, como nós vimos o jogo?"
Sim, foi o Nélson, com seu imenso talento, quem criou um nacionalismo exacerbado em torno de nossa Seleção, muito por conta de nossa derrota na Copa de 1950, de onde surgiu o suposto "complexo de inferioridade" do povo brasileiro perante o resto do mundo, o que levou Nélson Rodrigues a afirmar que tínhamos o "complexo do vira-lata". Mas esse complexo, segundo ele, foi quebrado com a conquista da Copa de 1958 na Suécia e superado de vez com a conquista do bicampeonato mundial em 1962 no Chile.
Agora a esquerda nacionalista que defende a realização da Copa, resgatou a frase do reacionário ( dito por ele ) Nélson como forma de calar seus críticos.
Tá muito divertido essa salada ideológica, que aliás não é nova no Brasil- afinal nós criamos o sincretismo religioso e agora seu "irmão em fé", o sincretismo ideológico.

Abaixo algumas frases de Nélson Rodrigues sobre a esquerda:

No Brasil, só se é intelectual, artista, cineasta, arquiteto, ciclista ou mata-mosquito com a aquiescência, com o aval das esquerdas.

Quando os amigos deixam de jantar com os amigos [por causa da ideologia], é porque o país está maduro para a carnificina.

Como a nossa burguesia é marxista! E não só a alta burguesia. Por toda parte só esbarramos, só tropeçamos em marxistas. Um turista que por aqui passasse havia de anotar em seu caderninho: — "O Brasil tem 100 milhões de marxistas".

No Brasil, o marxismo adquiriu uma forma difusa, volatizada, atmosférica. É-se marxista sem estudar, sem pensar, sem ler, sem escrever, apenas respirando.

A Rússia, a China e Cuba são nações que assassinaram todas as liberdades, todos os direitos humanos, que desumanizaram o homem e o transformaram no anti-homem, na antipessoa. A história socialista é um gigantesco mural de sangue e excremento.

Hoje, o não-marxista sente-se marginalizado, uma espécie de leproso político, ideológico, cultural etc etc. Só um herói, ou um santo, ou um louco, ousaria confessar publicamente: — "Meus senhores e minhas senhoras, eu não sou marxista, nunca fui marxista. E mais: — considero os marxistas de minhas relações uns débeis mentais de babar na gravata".

27 de novembro de 2013

Morre Nilton Santos, o santo do Botafogo

Morre Nilton Santos, o santo do Botafogo

Morreu a Enciclopédia do Futebol, o excepcional Nilton Santos. Foi-se aos 88 anos o bicampeão mundial ( 1958-1962 ). Nilton só jogou pelo Botafogo e pela Seleção.
Um exemplo de homem, amigo, atleta e amor ao Botafogo, paixão de toda sua vida, onde atuou por 17 anos.
Tempos atrás fiz este pequeno poema em sua homenagem:

Tu não és Santos é santo do Botafogo

 
Tu não és Nilton Santos
És Nilton
Santo do Botafogo
Eterno
Em nossos alvinegros corações.

10 de outubro de 2013

Quem faz uma criança sonhar sonhos tão lindos só pode ser um anjo

Acordei hoje e tomei conhecimento da morte de Armando Nogueira, o melhor cronista esportivo que esse país já produziu, além de ser um grande torcedor do Botafogo. Creio que Armando Nogueira está para a crônica esportiva no mesmo patamar que está  Rubem Braga para a crônica em geral.
Me mudei para Niterói em 1968 e logo aprendi a ler o velho e bom Jornal do Brasil, em cujas páginas de esportes imperavam grandes jornalistas, por mera "coincidência" todos torcedores do Botafogo: João Saldanha, Sandro Moreira, Oldemário Touguinhó, Roberto Porto e o Armando. E para completar a seleção alvinegra: Paulo Mendes Campos no caderno B. Não sei o por quê, mas todo botafoguense que conheço é inteligente, se não vejamos: os que já citei, Augusto Frederico Schmidt, Fernando Sabino, Vinícius de Moraes, Arthur Dapieve, Arnaldo Bloch, Walter Moreira Salles, meu mestre Saint- Clair, meu amigo Pax e vários outros.
Muito do que foram Garrincha, Pelé, Didi, Gérson, Tostão, Zito, Nilton Santos e outros, se deve ao Armando, que transformava um drible de Mané ou um gol de Pelé, numa obra literária nas páginas do JB. Futebol era sonho: "via" os jogos pelo rádio e sonhava com meus heróis nas crônicas do Armando. Na mente do garoto do interior eram seres especiais e inatingíveis. Como era bom sonhar como o Armando me fazia. Até que a realidade entrou e mostrou Garrincha- A Alegria do Povo( nada mais belo!) desfilando como um farrapo humano em um carro alegórico da Mangueira; de ir às lágrimas ao ver Nilton Santos- santo alvinegro, um velhinho frágil e dependente como vi outro dia. A realidade, amigos, não é só dura, é - antes- triste...muito triste!
Obrigado, Armando, por ter-me feito sonhar sonhos tão belos. Através de ti, driblei como Garrincha; fiz lançamentos como Gérson e Didi; tive a categoria de Nilton Santos; a velocidade de Jairzinho; o chute potente de Quarentinha. E quantas vezes, Armando, chorei contigo, sem você o saber, as derrotas de nosso atrapalhado e querido Botafogo. Se existe céu e se existem anjos, Armando, você certamente já é um deles. Quem faz uma criança sonhar  sonhos tão lindos só pode ser um anjo. Alvinegro, é claro!
Saudade.

( Publicado em 29/03/2010 )

Quem faz uma criança sonhar  sonhos tão lindos só pode ser um anjo
                                                                          

18 de agosto de 2013

Cena Carioca

Cena Carioca

Na manhã de sexta passada, no ponto de ônibus perto do Barra Shoping, um senhor olhou para uma mulher e disse:
"Quando te vejo, fico revoltado".
Obviamente, ela perguntou o porquê. Então o velhinho, com seus mais de 80 anos: "por ter nascido tão antes de você."
Há testemunhas.
(Coluna Anselmo Gois-Globo)


Essa me lembrou uma do jornalista e grande botafoguense, Armando Nogueira. Certa feita ele encontrou-se com a exuberante Leila, ex-jogadora de vôlei e disparou, olhando para céu: "Poxa, Senhor, por que fizestes isso, me deixaste o desejo, mas me tiraste a potência?!"
Pano rápido...