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25 de janeiro de 2013

Getúlio Vargas: um ditador que flertou com o nazismo


Nunca pedimos perdão por Arthur Ewert

A foto é de um alemão que veio para o Brasil em 1935 para participar de uma revolução que nunca houve. Preso, ninguém sofreu mais torturas do que Arthur Ernst Ewert, que usava o codinome de Harry Berger. Durante meses ou anos, não lhe deram uma cela imunda para ficar. Quem dera. Ficou num cubículo embaixo de uma escada, onde não podia deitar-se ou sentar-se. Tamanha foi a crueldade que ao advogado Sobral Pinto só restou invocar a Lei de Proteção aos Animais para que a polícia brasileira, paradoxalmente, lhe dispensasse tratamento mais humano. Barbaridade igual, dizem, foi cometida contra os opositores da ditadura argentina, naquele centro de torturas da Marinha. Ewert saiu do Brasil em 1947, louco, sem qualquer possibilidade de cura. Na época, a Alemanha - para onde voltou e onde morreu, em 1959 - já não tinha mais nazistas no poder. O Brasil, todavia, era governado por um general que se fazia de bonachão, mas que fora o principal defensor da aliança do Brasil com Hitler. Lembrei do nome de Arhur Ewert um dia desses, por causa dessa empulhação de canonizar a menina Odetinha. Os ateus, que não têm santos para venerar, podem homenagear gente como Ewert ou Harry Berger.
Sei que muito tempo se passou, mas este homem da foto não era um criminoso stalinista. Ele veio para o Brasil movido pela paixão de fazer justiça social. O governo brasileiro e o pessoal da Comissão da Verdade bem que podiam homenageá-lo aqui e na Alemanha, o que acham?
( José Sérgio Rocha )
O texto acima  serve para recordar quem foi Getúlio Vargas, um ditador que flertou com o nazismo e matou e torturou milhares de pessoas em suas fétidas masmorras. Dentre os que sofreram sob a sanha da ditadura getulista estão Luis Carlos Prestes, Jorge Amado e Graciliano Ramos. Fico estarrecido quando vejo, hoje, parte de nossas esquerdas incensando um caudilho como grande líder das causas populares.
Aqui um excelente ensaio sobre o nazismo à época de Getúlio, do qual reproduzo uma pequena parte:

Noutro texto, “Racismo à brasileira”, Sidney Aguilar Filho registra: “Na Constituição brasileira de 1934, em seu artigo 138, está escrito que ‘Incumbe à União, aos Estados e aos Municípios, nos termos da leis respectivas: b) estimular a educação eugênica’. No Brasil das décadas de 1930 a 1940, a ‘educação eugênica’ foi aplicada às crianças, em especial aos filhos da classe trabalhadora mais empobrecida, sobretudo nos termos da época, entre ‘órfãos e abandonados, pretos ou pardos, débeis ou atrasados’”.

Sidney Aguilar Filho diz que três ministros da Educação da Era Vargas, Francisco Campos, Belisário Penna e Gustavo Capanema, “defenderam abertamente concepções eugênicas”. Afrânio Peixoto, no livro “Noções de História da Educação”, de 1936, “defendeu a segregação de crianças e adolescentes ‘degenerados’ como forma de garantir a ‘saúde da Nação’”. O historiador relata que o termo eugenia, “boa geração”, foi criado, em 1883, pelo antropólogo inglês Francis Galton. ( Jornal Opção- Nazistas brasileiros implantaram projeto de eugenia em São Paulo )