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13 de março de 2018

Morre Bebeto de Freitas, uma grande perda para o Botafogo e o vôlei brasileiro

O Botafogo e o Brasil perderam um grande desportista com o falecimento de Bebeto de Freitas, ocorrido hoje (13) em Belo Horizonte..
Bebeto tinha genética alvinegra: era sobrinho de João Saldanha e primo de Heleno de Freitas, dois ícones do Botafogo. Vem daí, dos dois lados, o sangue quente e o pavio curto que Bebeto tinha, principalmente quando o assunto era o Alvinegro.
Jogou vôlei por anos no Botafogo, onde foi unodecacampeão carioca (1965-1975), tetra campeão brasileiro (1971-1972-1975-1976) e tricampeão sul-americano de clubes (1971-1972-1977); depois, como técnico, foi o homem que começou a transformação que levou nosso voleibol a ser a maior potência mundial no esporte, além de campeão mundial como técnico da Itália.
Foi presidente do Botafogo por 2 períodos, sendo o responsável pelo clube ter vencido a licitação que deu ao Botafogo o direito de explorar o Estádio Nilton Santos.
Descanse em paz, Bebeto, que nossa estrela solitária te guarde para todo o sempre.

Bebeto de Freitas

6 de dezembro de 2014

Botafogo é pai, uma belíssima crônica de Arnaldo Bloch

Botafogo é pai, uma belíssima crônica de Arnaldo Bloch
Botafogo é pai

Legado de família: um amor pelo Botafogo que despreza a frieza dos números 

Arnaldo Bloch

Peço licença para voltar após breve intervalo a falar de meu pai, que partiu há um mês. “Ele morreu”, avisou Leonardo, minutos antes de se apagarem, suavemente, sem agonia, os refletores de suas retinas, como se assistisse, da arquibancada, à sua própria saída de campo. “Você está me vendo?”, perguntou Iná, que passara meio século a seu lado. “Estou”, respondeu Leonardo, e foi sua última palavra. Quando Iná perguntou pela segunda vez, seus olhos estavam alvos, translúcidos, e seu coração já não pulsava. Se desta vez não foi possível salvá-lo de seu encontro com o desconhecido, ao menos Leonardo foi poupado de testemunhar, três semanas depois, o segundo rebaixamento de seu querido Botafogo, embora isso não fosse aborrecê-lo tanto assim: nas temporadas recentes, referia-se à equipe de General Severiano com palavras e frases de uma perplexidade exausta:
— É a isso que você quer que eu assista?
Ou, então, com a mão apontada para a TV e uma careta de estudada amargura:
— Fabuloso! Fabuloso!
Nas últimas rodadas de sua vida não se dava mais ao trabalho de ligar o aparelho quando eu propunha que acompanhássemos juntos um jogo, mesmo que fosse o clássico contra o Santos, que sempre o entusiasmara.
 — Que me interessa? — respondia, à moda da regência ancestral da família, alongando as sílabas para pontuar o tédio.
A cada uma dessas sentenças, olhava para minha cara como se me imputasse alguma culpa pela decadência alvinegra. A culpa, ele bem sabia, era dele, que escolhera o glorioso, bem verdade que num tempo em que fazia jus à alcunha. Era o time de toda a família, embora Adolpho, líder do clã, secretamente apostasse fichas paralelas no Flamengo por motivos que nada tinham a ver com paixão clubística.
— Quando o Flamengo ganha, é bom para o Brasil e vende mais revista — cochichava após algum triunfo rubro-negro mais notável.
Assim, quando acordei para a vida, já vestia a camisa de listras verticais alternando o preto e o branco. Do lindo escudo no alvo, altiva, avulsa, a alva estrela era cravada. Já contei, e reconto, da remota noite em que saímos do Maracanã após uma derrota e papai caiu, meio corpo, num buraco enlameado, arremedo de bueiro. Um senhor que passava ajudou a resgatá-lo.
Dali em diante — sabedor de que a vida alvinegra (ou seja, a vida) seria plena de percalços, poços pantanosos, derrotas e alguns dias de um luzir tão belo que quase não se crê — jamais lamentei uma das mais belas heranças que Leonardo me legou, desde menino: este amor que despreza a frieza dos números, que deseja a vitória mas não precisa dela para afirmar uma identidade terrena, na qual a fúria supremacista é a negação do real. Pois no real o belo não é um estado permanente, mas uma onda imanente, frágil lanterna a estudar os atalhos do caos.
Penso, junto com a memória de papai, nos que, confrontados com esse amor incondicional, resignado, na derrota ou na vitória, natural da cultura alvinegra, respondem com assertivas tolas como “o futebol é só um jogo”, ou seja, não faz parte da vida nem a influencia. Essas almas obtusas, que só conseguem enxergar no esporte o horizonte de conceitos algo medonhos como “hegemonia”, são as mesmas que chegam em casa de cara fechada após uma derrota, vão dormir sem beijar o cônjuge ou os filhos e se acham uns fracassados por causa daquilo que ora julgaram ser apenas um passatempo.
Quando fiz 13 anos, papai me deu um título de sócio-proprietário do Botafogo após adquirir um para ele mesmo. Décadas depois, quando o time descendeu pela primeira vez à Segundona, colhi os primeiros frutos de tão valoroso patrimônio ao receber uma carta de Bebeto de Freitas com uma proposta de anistia de uma dívida que somava pelo menos meia-dúzia de anos. Eu simplesmente me esquecera de pagar as mensalidades por um motivo reles: ao primeiro atraso, o clube parava de enviar os boletos e dispensava qualquer providência de cobrança.
Na carta enviada a uma horda de sócios inadimplentes, Bebeto propunha saldar a bolada com um único cheque de R$ 800. Em troca, eu me tornava integrante do programa Botafogo no Coração, e ganhava o direito de assistir a qualquer partida do Brasileirão no simpaticíssimo estádio de Caio Martins, em Niterói, em lugar cativo.
Naquela temporada, não perdi nenhum jogo em que o Botafogo foi mandante. E consegui arrastar papai para um, não me lembro qual, mas que terminou com vitória. Enfrentamos algum aperto na entrada.
O corpulento Leonardo, cujo ritmo de caminhada eu sempre tivera dificuldade de seguir, começava a dar os primeiros sinais de preguiça, mas resolveu o aperto passando um papo no bilheteiro. Enfrentamos aquela tarde-noite com bravura, e saímos de mãos dadas, comemorando. Não havia fossos de lama, e chegamos em casa imersos na paz.
Ainda sinto o cheiro de seu perfume de pai.
Há dias bons e ruins e não há vitórias que sejam para sempre. O Botafogo caiu. Papai subiu. Não é um jogo. É a vida.

Crônica publicada em O Globo

10 de abril de 2014

Presidente do Botafogo mente em desmentido às declarações do ex-presidente Bebeto de Freitas

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Presidente do Botafogo mente em desmentido às declarações do ex-presidente Bebeto de Freitas

O presidente do Botafogo, Maurício Assmpção, enviou um e-mail ao jornalista Renato Maurício rebatendo as críticas que recebeu de seu antecessor, Bebeto de Freitas, na Presidência do clube em entrevista dada no canal Fox Sports. Mas o atual presidente desmentiu o dito pelo Bebeto mentindo. Vejam o que diz o Maurício sobre a exclusão do Botafogo do "Ato Trabalhista: Em nenhum momento foi intenção desta administração sair do Ato Trabalhista, mesmo porque a forma de gestão que implantei no Botafogo é participativa, ao contrário de todo o período de gestão do Bebeto. Entretanto, vale ressaltar que, em dezembro de 2013, a vigência do Ato Trabalhista expirou. O Globo- Blog do Renato Maurício  Prado  

Agora leiam o que está escrito no quadro e vejam como se desmente um fato mentindo. Aprendeu a mentir rápido o Maurício. Não à toa já se filiou ao PMDB, onde terá professores do calibre de Eduardo Cunha, Renan Calheiros, José Sarney e outros portentos.

1 de abril de 2014

Botafogo: Bebeto de Freitas acusa Maurício Assumpção de sonegar mais de R$ 90 milhões em impostos

Botafogo: Bebeto de Freitas acusa Maurício Assumpção de sonegar mais de R$ 90 milhões em impostos
O Botafogo, meus amigos, adora uma confusão. Não à toa o Tricolor Nélson Rodrigues afirmou que o Botafogo é o clube mais siciliano, mais calabrês do futebol brasileiro.
Em que outro clube no mundo, nas vésperas de um jogo decisivo, o presidente da instituição vem a público dizer que não tem, e não sabe quando terá, dinheiro para pagar seus funcionários?
Aí, para completar, ontem na Fox Sports, o presidente anterior, Bebeto de Freitas, acusa o atual mandatário do Glorioso, Maurício Assumpção, dentre outras coisas, de ter sonegado mais de R$ 90 milhões em impostos- uma acusação pra lá de grave, que se comprovada a má-fé do atual presidente do clube, pode dar até cadeia.
Como bem o disse o jornalista botafoguense, Fábio Lau, "o Botafogo tem a capacidade de se infiltrar na crise. Viu uma fumaça já leva o destacamento para lá com gasolina, pólvora e o escambau."
Sempre fomos assim, por isto digo que o Botafogo é um clube de alma feminina, somos sensíveis, generosos, dramáticos e quando está caminhando tudo às mil maravilhas, assim do nada, como "elas", arrumamos uma baita confusão.
Mas, não se preocupem, alvinegros, amanhã venceremos com sobras o Union Española e nos classificaremos em primeiro lugar para a outra fase da Libertadores. Podem ter certeza.
O Botafogo, definitivamente, não é para os óbvios. Não mesmo.

A entrevista do Bebeto de Freitas está no G1- Bebeto de Freitas ataca Assumpção: 'Ele sonegou R$ 90 e tantos milhões'