Mostrando postagens com marcador Bom Jesus do Itabapoana. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bom Jesus do Itabapoana. Mostrar todas as postagens

5 de janeiro de 2015

Aniversário do Jilozinho quase terminou em tragédia

Aniversário do Jilozinho quase terminou em tragédia
Essa aconteceu na comemoração de aniversário de 30 anos do Jilozinho, acho que em 1988.
A turma toda reunida no bar do Faísca. Lá pelas tantas  aparece um bolo meio que troncho, com umas 10 velas, dessas brancas de enfeitar defunto atropelado, ornando o desengonçado petisco.
Botaram o bolo em cima da mesa e, quando íamos começar a cantar os parabéns em homenagem ao Jilozinho, o Adezio sugere: “É melhor um de nós segurar o bolo na altura da cara do Jilozinho, pois “fardado” do jeito que ele já tá, se abaixar a cabeça pra soprar às velas vai vomitar em cima do bolo!”
Totó, como melhor amigo do Jilozinho, foi o encarregado da infausta tarefa. 
Por muito pouco não ocorreu uma tragédia de grandes proporções: ao soprar as velas, devido ao excesso de álcool ingerido pelo Jilozinho, uma labareda de fogo lambeu o rosto do Totó de cabo a rabo.
Por sorte, as lentes do óculos dele são mais grossas que vidro de carro blindado e protegeram seus olhos do fogo. Tirante as sobrancelhas e o bigode devidamente chamuscados pelo fogacho, nada de mais grave aconteceu ao bom Aristides e a comemoração prosseguiu, com todos rumando para a guacha (puteiro, porra!) em Bom Jesus do Itabapoana, cidade vizinha a São José do Calçado, para continuar a comemoração,que só acabou bem após o raiar do dia. 


3 de novembro de 2014

Pardais corruptos desviaram milhares de sacos de arroz em Bom Jesus do Itabapoana

Pardais corruptos desviaram milhares de sacos de arroz em Bom Jesus do Itabapoana
Anos atrás a Secretária de Agricultura do Rio de Janeiro, para garantir a produção agrícola do Estado, pagava um preço mínimo aos produtores. A iniciativa, assim como ocorre ainda hoje, acabou virando uma grande fonte de corrupção; para terem uma ideia, o governador do Estado era o probo Moreira Franco, hoje ministro de Coisa Nenhuma no governo de tia Dilma. 
 Em Bom Jesus do Itabapoana ( RJ )- cidade que tem como maiores glórias ser berço do meu amigo Saint-Clair e vizinha de São José do Calçado ( ES ), terra onde veio ao mundo este lindo, gostoso, genial e humildoso escriba-, a dita secretária comprou antecipadamente a produção de arroz dos pequenos agricultores da região e alugaram diversos armazéns para estocarem os grãos adquiridos. Um dos armazéns pertencia ao seu Quininho, figura querida na cidade, além de  emérito e afamado contador de causos. Encheram o armazém de seu Quininho de arroz- que, como dono do imóvel,  ficou sendo o responsável pela guarda do grão. 
 Tempos depois, bastante tempo depois, apareceram dois fiscais do Estado atrás do arroz. Vão direto na casa de Seu Quininho e são recebidos com todo o respeito e as mesuras de praxe, como é de bom tom em cidades do interior. Após  um lauto café, regado a muita prosa, seguem os três até o armazém onde estava o arroz. Quando chegam ao local, seu Quininho vai logo abrindo o cadeado e abrindo as pesadas portas do armazém. Os fiscais entram e, surpresos!, se deparam com um mundo de nada lá dentro... nadica de nada! 
O local estava mais vazio que repartição pública em dia de ponto facultativo.
Do lado de fora uma pequena multidão já havia se formado, todos querendo saber como seu Quininho ia sair daquela enrascada.
Refeito do susto, um do dos fiscais indaga a ele:
- Ué, mas não tem nada aqui, onde foi parar o arroz?
Seu Quininho, sério como político corrupto negando suas falcatruas, responde:
- Meu filho, vocês demoraram tanto para vir buscar o arroz que os pardais comeram tudo!
Algumas risadas do lado de fora, os dois fiscais ficaram entre atônitos e aparvalhadas, mas o segundo ainda questiona:
- Mas se os pardais comeram o arroz, ao menos os sacos deveriam ter ficado e não estou vendo nenhum aqui?
Seu Quininho, sem perder a majestade, responde na bucha:
- Meu filho, os sacos ele levaram para fazerem seus ninhos! Muita demora de vocês...
Gargalhada geral do lado de fora e foram todos para o Bar do Salim comemorar a saída genial de seu Quininho.
Dizem que um rigoroso inquérito foi instaurado para apurar o destino do arroz. Como já lá se vão mais de vinte anos, passados mais uns cem e o rigoroso procedimento judicial chegará ao fim. Muito provavelmente condenando o bando de pardais corruptos pelo desvio dos sacos de arroz. O que é mais que justo, diga-se de passagem, já que seu Quininho era um homem probo e de reputação ilibada.

28 de janeiro de 2013

E não é que tenho um amigo que é viciado em ouvir A Voz do Brasil

A voz do Brasil- Interrogações

Um poeta de primeira grandeza, professor de literatura, pai de dois filhos, avô de três netos, marido exemplar, amigo dedicado e zeloso, botafoguense histórico, o maior traficante de colesterol do País- é meu fornecedor exclusivo de torresmo,  linguiça e chouriço-, profundo conhecedor de música e ouvinte da...da...Voz do Brasil!
Como todo ser com inteligência superior, meu amigo é dado a esta extravagância inaudita. Confesso-vos que me espantei ao saber do fato, digno de ser estudado por especialistas em, sei lá em quê!? Mas que merece uma análise profunda, disso não tenho a menor sombra de dúvida.
Nunca pensei, ainda mais se tratando do Saint-Clair, que tivesse um amigo viciado na Voz do Brasil. Suspeito que sei o motivo de sua dependência: como nasceu e foi criado em Carabuçu, sendo um "carabucetense" orgulhoso de sua origem atavicamente vaginal, progressista distrito de Bom Jesus do Itabapoana, meu amigo deve ter adquirido seu extravagante vício quando ainda jovem. Naquela época, lá pelos antanhos da década de cinquenta do século passado, o rádio era a única formar de se conectar com o mundo por aquelas embocetadas terras. Deve ter sido assim que meu amigo se "aviciou", como diz o Totó.
Só pode ser isso, vícios adquiridos na juventude são difíceis de abandonar. É cada uma.

Aproveitem o ensejo e visitem o blog do Saint-Cair, o único fã declarado da Voz do Brasil que conheço: Asfalto & Mato

22 de setembro de 2012

Cibidão não tem intimidade com o estrangeiro

Cibidão era um negão afrodescendente de seus metro e noventa e tal, morador do Goiabal, zona rural de São José do Calçado. O lugar mais longe que conhecia era Bom Jesus do Itabapoana, cidade situada a 13Km de Calçado. Certa feita, meados dos anos sessenta do século passado, Cibidão foi ao médico que lhe receitou um remédio. De posse do receituário, Cibidão adentra a Farmácia do Simonides, entrega a receita ao meu amigo Cacau, que diz ao seu cliente:
- Cibidão, esse remédio nem em Bom Jesus você vai conseguir, só em Itaperuna- meio desconsalado, Cibidão coça a cabeça e diz: - "Puxa, Cacau, se eu tivesse intimidade com o estrangeiro ia lá em "Tapiruna" comprar o raio desse remédio!"
Cibidão está vivo e continua lá em Calçado. Sem intimidade alguma com o estrangeiro.