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9 de julho de 2022

Ausência- Carlos Drummond de Andrade

 Ausência

Carlos Drummond de Andrade
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade(1902-1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX.

29 de novembro de 2021

No meio do tatame tinha um aristides

 No meio do caminho tinha uma pedra

Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra 
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.


No meio do tatame tinha um aristides 
Versão do Bozo

No meio do tatame tinha um aristides
tinha um aristides no meio do tatame
tinha um aristides
no meio do tatame tinha um aristides.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas pregas tão maltratadas.
Nunca me esquecerei que no meio do tatame
tinha um aristides
tinha um aristides no meio do tatame
no meio do tatame tinha um Aristides.

Perdão, Drummond, mas a causa é justa...
😁😁😁😂😂😂💣💣💣💩💩💩🙈🙈🙈

28 de maio de 2018

Um povo sem poetas é um povo sem alma

- Ah, mas quase ninguém lê poesia no Brasil!
- Não importa, importa que Drummond, Vinicius, João Cabral, Olavo Bilac, Castro Alves, Leminski, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Hilda Hilst, Cora Coralina, Adélia Prado e tantos outros estão guardados na memória afetiva de nosso povo. Seus poemas permeiam nossa identidade nacional, formam nossa alma enquanto nação, ainda que não tenhamos consciência deste fato. 
Um povo sem poetas é um povo sem alma! 

Poetas brasileiros

14 de dezembro de 2017

No meio do caminho tinha um cheirinho- versão do poema do Drummond em homenagem ao Invencível Mengão

No Meio do Caminho

Carlos Drummond de Andrade


No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.


No meio do caminho tinha um cheirinho 
Versão do Barão de General Severiano 

No meio do caminho tinha um cheirinho
Tinha um cheirinho no meio do caminho
Tinha um cheirinho
No meio do caminho tinha um cheirinho 

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas narinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha um cheirinho
Tinha um cheirinho no meio do caminho
No meio do caminho tinha um cheirinho. 

Flamengo cheirinho

17 de novembro de 2014

Jilozinho analisa poema de Carlos Drummond de Andrade



Jilozinho analisa poema de Carlos Drummond de Andrade
Uma vez, à época da esbórnia ampla geral e irrestrita, estava dando umas beiçadas com o Jilozinho no Bar do Conrado, lá em São José do Calçado ( ES ), cidade onde nasci. Levava comigo  um livro de poemas do grande Carlos Drummond de Andrade.
Depois de muitas beiçadas, resolvo ler o poema No Meio do Caminho, considerado por muitos especialistas o precursor da poesia moderna brasileira.  Eis o poema:
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Após eu ler o poema em voz alta, Jilozinho pega o livro de minhas mãos, lê o poema, relê e dá seu veredicto: -“Jarrão, tô com vontade é de pegar essa imundiça dessa pedra que tá enchendo o saco no meio do caminho e sentar na cabeça do tal Drummond, que não devia ter serviço pra ter tempo de escrever uma bobice dessa, e na sua que fica lendo essas viadagens!
Achei melhor pedir outra cerveja e mudar de assunto...

17 de junho de 2014

Garrincha por Carlos Drummond de Andrade

Garrincha por Carlos Drummond de Andrade

"Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.

— Carlos Drummond de Andrade

Pode haver algo mais belo para um homem que ser chamado de A Alegria do Povo?

Hoje, 17 /06/2015, está fazendo 52 anos que o Brasil conquistou o bicampeonato mundial de futebol, no Chile. Garrincha, que jogou por ele e por Pelé, que se contundiu logo no início da competição, foi o maior responsável pela conquista de uma equipe que contava com 4 companheiros seus de Botafogo no time titular- Nilton Santos, Didi, Amarildo e Zagalo. Fato inédito na História do futebol brasileiro. 
Garrincha é, ainda hoje, o jogador mais querido na memória afetiva do povo brasileiro. Mais até que Pelé. Obrigado, seu Mané, por tanta alegria.

16 de março de 2014

A foto e o poema de Drummond

A foto e o poema de Drummond
Vi a foto e me lembrei do belíssimo poema do Drummond.

Os Ombros Suportam o Mundo
Carlos Drummond de Andrade

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

 Os versos acima foram publicados originalmente no livro "Sentimento do Mundo", Irmãos Pongetti - Rio de Janeiro, 1940.  Foram extraídos do livro "Nova Reunião", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1985, pág. 78.

4 de outubro de 2013

Hoje é o Dia do Poeta, fiquem com o poeta maior: Carlos Drummond Andrade

Hoje é o Dia do Poeta, fiquem com o poeta maior: Carlos Drummond Andrade

Hoje é o Dia do Poeta, fiquem com o poeta maior.

Os Ombros Que Suportam o Mundo
Carlos Drummond Andrade

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

21 de junho de 2013

No meio do caminho tinha um povo

No meio do caminho tinha um povo- Interrogações



No Meio do Caminho

Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.

No Meio do Caminho Tinha um Povo
No meio do caminho tinha um povo
Tinha um povo no meio do caminho
Tinha um povo
No meio do caminho tinha um povo.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha um povo
Tinha um povo no meio do caminho
No meio do caminho tinha um povo
Que queria construir um novo caminho
( Zatonio Lahud )

30 de maio de 2013

Delicadeza ou morte

Delicadeza ou morte- Interrogações

E como disse Carlos Drummond de Andrade:
"Prefeririam ( os delicados )
morrer."
Ando assim,
delicadeza ou morte.

6 de março de 2013

" O cara tá amarrado no poste, sem um braço e com a cabeça quebrada"

Mundo insano- Interrogações
Estava na esquina conversando com Saddam, segurança da farmácia, quando me chega um dos rapazes que fazem entregas em domicílio para o estabelecimento. Desce da moto e diz: "Pô, Saddam, passei no Morro do Cavalão agora e tem um bandido amarrado no poste, a rapaziada do tráfico já esculachou ele, tá com a cabeça quebrada e sem um braço... A essa hora já deve ter morrido. Tava assaltando na Fróes, bem no pé-do-morro, o pessoal viu e o pegou. Bem feito, detesto ladrão!"
Saddam concordou... Eu vim para casa pensando nos tempos insanos que vivemos.
Parece não haver mais lugar para a delicadeza no mundo, por isto Carlos Drummond de Andrade nos antecipou em seu belíssimo poema " Os Ombros Que Suportam o Mundo" que "alguns achando bárbaro o espetáculo/ prefeririam ( os delicados ) morrer".

1 de setembro de 2012

Botafogo: No meio do caminho tem um Oswaldinho


    No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

         Aqui minha "homenagem" ao técnico do Botafogo, o autista Oswaldinho de Oliveira, pedindo mil perdões, escusas e desculpas ao grande Carlos Drummond de Andrade, autor do poema.

          No meio do caminho tem um Oswaldinho

No meio do caminho tem um Oswaldinho
tem um Oswaldinho no meio do caminho
tem um Oswaldinho
no meio do caminho tem um Oswaldinho
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão castigadas( pelo Botafogo )
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tem um Oswaldinho
tem um Oswaldinho no meio do caminho
no meio do caminho tem um Oswaldinho
Saco...no meio do caminho.


                                                                            
                                       

13 de abril de 2012

No meio do nariz tinha uma meleca


    No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

O poema acima é a obra-prima de Carlos Drummond de Andrade.

                                                    No meio do nariz


No meio do nariz tinha uma meleca
tinha uma meleca no meio do nariz
tinha uma meleca
no meio do nariz tinha uma meleca.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
      [ Hi! Hi! Hi! Hi! Hi!]
na minha vida de retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do nariz
tinha uma meleca
tinha uma meleca no meio do nariz
no meio do nariz tinha uma meleca.

Homenagem do Barão de General Severiano ao poderoso Emelec que eliminou os melequentos e remelentos urubus da Libertadores.