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2 de abril de 2020

Carlos Bolsonaro, um canalha primordial

Carlos Bolsonaro, um canalha primordial
Zatonio Lahud
Por favor, leiam com atenção, muita atenção, o que publicou Carlos Bolsonaro em seu Twitter ( no quadro), ontem.
Não, não vou escrever sobre política ou ideologia, até porque qualquer criança recém-nascida desmonta a estupidez que o psicopata enrustido, o abaixo de Zero Um, escreveu!
Só pra vocês perceberem o tamanho da ignorância do post: Alemanha, Inglaterra e, pasmem!, os EUA, etão investindo (sim, salvar vidas é o maior dos investimentos) trilhões de dólares para minorar a dramática situação em que ficaram seus habitantes por conta da pandemia causada pelo coronavírus.São todos governos de "direita", mas não a direita dos jumentos ignaros e violentos que está no poder no Brasil. Bem, o Trump até que faz jus, mas não gostou da alfafa e recuou.
Meu problema com essa gente (?) vai muito além de ideologia. Eles são, o pai e seus jumentinhos (Zero Um, Zero Dois e Zero Três), pessoas más. Vivem para incentivar ódios, preconceitos e violência. Quem, com um mínimo de empatia e compaixão para com os milhões de seres humanos que perderam seus empregos, entes queridos, amigos e filhos nessa triste tragédia, publicaria um troço desse? Ainda que estivesse coberto de razão, não era a hora de espezinhar ainda mais o sofrimento que acomete milhões de pessoas- seres humanos!!!- mundo afora. E ainda se dizem cristãos... Pobre Cristo, o maior dos humanistas!
Não, senhores, isso não é ideologia, é apenas maldade, a mais sinistra delas, perpetrada por uma mente infinitamente má. Não à toa, esse crápula enrustido é o chefe de um tal "gabinete do ódio" que assessora o seu pai.
Como uma Nação pode ter no entorno de seu presidente um troço designado "gabinete do ódio"?
Para encerrar, fiquem com os dois últimos parágrafos do discurso humanista final do filme O Grande Ditador, do gênio Charles Chaplin:
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!.”

Carlos Bolsonaro, um canalha primordial

26 de maio de 2016

O estupro de nossa humanidade

Uma menina de 16 anos foi estuprada por 33 homens em uma comunidade no Rio de Janeiro. Não satisfeitos com a covardia, postaram um vídeo da barbaridade no Twitter.
Como comentar algo assim?
Faltam-me palavras. Homens? Não, homens não são. Escória de uma humanidade cada vez mais pervertida, é o que são.
Não formamos mais cidadãos, mas apenas consumidores. O prazer tem de ser imediato, e para consegui-lo tudo é válido.
O outro? Ora, o outro só serve para satisfazer meus desejos insanos, depois torna-se um objeto descartável como outro qualquer que não funcione mais. Ou que esteja ultrapassado e fora de moda.
Somos cada vez mais máquinas de consumo sem sentimentos, como os objetos que consumimos. Triste simbiose.
Resta-me lembrar o que disse Charlie Chaplin: "Não sois máquina! Homens é o que sois!"
Será?...

A notícia sobre o estrupo está em O Globo

O estupro de nossa humanidade

30 de março de 2013

"Não sois máquina, homem é que sois"


O grande ditador- Charles Chaplin

A tecnologia, as máquinas, são criações do homem e não têm vida própria, por isto são "coisas frias", incapazes de "sentir. O problema é que quando a criatura passa a dominar o criador, ele se torna também frio e insensível como sua criação. Lembremo-nos da advertência de Charles Chaplin no discurso final do filme O Grande Ditador: "Não sois máquina, homem é o que sois."

                                                               O discurso final do filme
"O Grande Ditador"

     "Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
     O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
     A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
     Soldados! Não vos entregueis a esses brutais, que vos desprezam, que vos escravizam, que arregimentam vossas vidas, que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos. Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão. Não sois máquina. Homens é que sois. E com o amor da humanidade em vossas almas. Não odieis. Só odeiam os que não se fazem amar, os que não se fazem amar e os inumanos.
     Soldados! Não batalheis pela escravidão. Lutai pela liberdade. No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou grupo de homens, mas de todos os homens. Está em vós. Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas; o poder de criar felicidade. Vós o povo tendes o poder de tornar esta vida livre e bela, de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo, um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
     É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam. Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão. Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e a prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.
     Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos. Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam. Estamos saindo da treva para a luz. Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah. A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah. Ergue os olhos."