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| Cláudio Paiva, um anjo que se foi |
Só agora soube da morte de Cláudio Paiva, um grandíssimo artista plástico com quem tive o prazer de conviver nos últimos cinco anos, sua mãe mora próximo aqui de casa. Cláudio faleceu há cerca de quinze dias atrás.
Não vou lhes falar do grande artista, que vivia com imensas dificuldades financeiras em um país onde se valorizam celebridades inócuas e assépticas, mas do ser humano. Se anjos existem o Cláudio era um, vivia em outra dimensão: a da generosidade, a do amor puro, uma alma doce e terna. Nos últimos tempos andava fragilizado, tomando muitos remédios e seu frágil corpo se curvava cada vez mais, era torcedor do Botafogo em primeiro lugar e do Vasco em segundo, como fazia sempre questão de frisar quando brincava com ele: Porra, Cláudio, ou você é Botafogo ou Vasco, os dois não pode! Mas São José do Calçado( ele me chamava pelo nome da cidade onde nasci que fica próxima de sua Carangola ) eu sou os dois, mas em primeiro o Botafogo, depois o Vasco por causa de meu pai.
Sentávamos no banco aqui da esquina e batíamos longos e lúdicos papos, saía sempre com a alma leve, como se tivesse conversado com a mais doce e carinhosa das crianças.
Vou sentir sua falta meu doce amigo. Descanse em paz!Quem quiser conhecer um pouco da grande obra do Cláudio vá na Galeria Luisa Strina ou em Artes Visuais
