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10 de maio de 2022

Botafogo: eu estava presente no resgate do orgulho de uma torcida

 Estádio Nacional Mané Garrincha, Brasília, dia 08/05/2022. Um dia histórico para o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Não, a data é histórica não pela vitória sobre um grande rival, mas pelo resgate do orgulho de uma torcida.

Em 1968, aos 11 anos, sai de minha pequena e bela São José do Calçado-ES e fui morar em Niterói. Minha primeira vez no Maracanã foi na decisão do Campeonato Carioca daquele ano. À época, os campeonatos regionais tinham muito mais importância que hoje, e o "Maraca" estava abarrotado de gente (quase 150 mil pessoas). Vencemos por 4 x 0. O torcedor alvinegro andava sempre de peito estufado, orgulhoso da grandeza do clube. Depois, bem, depois veio a decadência de um gigante do nosso futebol. Fora um brilhareco aqui, outro ali, foram 5 décadas de destruição, de vergonha, de frustação... Mas, hoje, tudo mudou. O Botafogo, depois de anos de luta e de um brilhante trabalho de reestruturação do clube feito por nosso atual presidente, Durcesio Mello e sua equipe, o futebol do Botafogo virou uma Sociedade Anônima, que passou a ser controlada pelo empresário americano John Textor. Outro achado alvinegro! Textor logo percebeu que a paixão de milhões de torcedores de um clube histórico mas decadente, estava em suas mãos. Apaixonou-se pelo clube, e com seu grande carisma, que vai muito além de dinheiro, começou a interagir com a torcida alvinegra e resgatar sua autoestima. A esperança da volta aos dias de glórias renasceu rapidamente em nossos apaixonados e sofridos corações alvinegros. E tudo começou a mudar... Profissionais competentes na nova gestão do clube, contratações de jogadores de melhor nível técnico rapidamente resultaram em estádios lotados por uma torcida que andava cética e desiludida com o futuro do Botafogo.

Mudei-me para Brasília em 2015, e no domingo, no estádio batizado em homenagem ao maior ídolo da história do Botafogo e o jogador mais querido guardado na memória afetiva do povo brasileiro, Mané Garrincha, tive a honra de ver o renascimento do orgulho de torcer para o Glorioso.

Sim, meus amigos, eu vi 5.000 heroicos alvinegros calarem 50.000 rubro-negros. E isso aconteceu antes, durante e depois da partida.

Voltei para casa muito feliz, menos pela vitória em si, mas por estar presente, agora aos 65 anos, no renascimento de uma grande paixão denominada Botafogo de Futebol e Regatas, o glorioso clube da estrela solitária que nos conduz. 

À glória, Botafogo querido!


Botafogo: eu estava presente no resgate do orgulho de uma torcida


31 de maio de 2020

João Saldanha conta como, dos pés mágicos de Garrincha, o "olé" saiu das touradas para o futebol

“Olé” nasceu no México  

“O Estádio Universitário ficou à cunha. Cem mil pessoas comprimidas para assistir ao jogo. É muito alegre um jogo no México. É o país em que a torcida mais se parece com a do Rio de Janeiro. Barulhenta, participa de todos os lances da partida.
Vários grupos de ‘mariaches’ comparecem. Estes grupos, que formam o que há de mais típico da música mexicana, são constituídos de um ou dois “pistões” e clarins, dois ou três violões, harpa (parecida com a das guaranias), violinos e marimbas. As marimbas são completamente de madeira, mas não vão ao campo de futebol, sendo substituídas por instrumentos pequenos. O ponto alto dos ‘mariaches’ é a turma do pistão, do clarim e o coro, naturalmente. No campo de futebol, os grupos amadores de ‘mariaches’ que comparecem ficam mais ativos em dois momentos distintos: ou quando o jogo está muito bom e eles se entusiasmam, ou, inversamente, quando o jogo está chato e eles “atacam” músicas em tom gozador. No jogo em que vencemos ao Toluca, que estava no segundo caso, os ‘mariaches’ salvaram o espetáculo.
O time do River era, realmente, uma máquina. Futebol bonito e um entendimento que só um time que joga junto há três anos pode ter. Modestamente, jogamos trancados. A prudência mandava que isto fosse feito. De fato, se ‘abríssemos’, tomaríamos um baile.
Foi um jogo de rara beleza. E não foi por acaso. De um lado estavam Rossi, Labruña, Vairo, Menéndez, Zarate, Carrizo. De outro, estavam Didi, Nilton Santos, Garrincha etc. Jogo duro e jogo limpo. Não se tratava de camaradagem adquirida em quase um mês no mesmo hotel, mas sim da presença de grandes craques no gramado. A torcida exultava e os ‘mariaches’ atacavam entusiasmados.
Estava muito difícil fazer gol. Poucas vezes vi um jogo disputado com tanta seriedade e respeito mútuos. Mas houve um espetáculo à parte. Mané Garrincha foi o comandante. Dirigiu os cem mil espectadores. Fazendo reagirem à medida de suas jogadas. Foi ali, naquele dia, que surgiu a gíria do ‘Olé’, tão comumente utilizada posteriormente em nossos campos. Não porque o Botafogo tivesse dado “Olé” no River. Não. Foi um “Olé” pessoal. De Garrincha em Vairo.
Nunca assisti a coisa igual. Só a torcida mexicana com seu traquejo de touradas poderia, de forma tão sincronizada e perfeita, dar um ‘Olé’ daquele tamanho. Toda vez que Mané parava na frente de Vairo, os espectadores mantinham-se no mais profundo silêncio. Quando Mané dava aquele seu famoso drible e deixava Vairo no chão, um coro de cem mil pessoas exclamava: ‘Ôôôôô’! O som do “olé” mexicano é diferente do nosso. O deles é o típico das touradas. Começa com um ô prolongado, em tom bem grave, parecendo um vento forte, em crescendo, e termina com a sílaba “lé” dita de forma rápida. Aqui é ao contrário: acentua-se mais o final ‘lé’: ‘Olééé!’ – sem separar, com nitidez, as sílabas em tom aberto.
Verdadeira festa. Num dos momentos em que Vairo estava parado em frente a Garrincha, um dos clarins dos ‘mariaches’ atacou aquele trecho da Carmem que é tocado na abertura das touradas. Quase veio abaixo o Estádio Universitário. Numa jogada de Garrincha, Quarentinha completou com o gol vazio e fez nosso gol. O River reagiu e também fez o dele. Didi ainda fez outro, de fora da área, numa jogada que viera de um córner, mas o juiz anulou porque Paulo Valentim estava junto à baliza. Embora a bola tivesse entrado do outro lado, o árbitro considerou a posição de Paulinho ilegal. De fato, Paulinho estava ‘off-side’. Havia um bolo de jogadores na área, mas o árbitro estava bem ali. E Paulinho poderia estar distraindo a atenção de Carrizo.
O jogo terminou empatado. Vairo não foi até o fim. Minella tirou-o do campo, bem perto de nós no banco vizinho. Vairo saiu rindo e exclamando: “No hay nada que hacer. Imposible” – e dirigindo-se ao suplente que entrava, gozou:
– Buena suerte muchacho. Pero antes, te aconsejo que escribas algo a tu mamá.
O jogo terminou empatado e uma multidão invadiu o campo. O ‘Jarrito de Oro’, que só seria entregue ao “melhor do campo” no dia seguinte, depois de uma votação no café Tupinambá, foi entregue ali mesmo a Garrincha. Os torcedores agarraram-no e deram uma volta olímpica carregando Mané nos ombros. Sob ensurdecedora ovação da torcida. No dia seguinte, os jornais acharam que tínhamos vencido o jogo, considerando o tal gol como válido. Mas só dedicaram a isto poucas linhas. O resto das reportagens e crônicas foi sobre Garrincha.
As agências telegráficas enviaram longas mensagens sobre o acontecimento e deram grande destaque ao ‘Olé’. As notícias repercutiram bastante no Rio e a torcida carioca consagrou o ‘Olé’. Foi assim que surgiu este tipo de gozação popular, tão discutido, mas que representa um sentimento da multidão.
Já tentaram acabar com o ‘Olé’. Os árbitros de futebol, com sua inequívoca vocação para levar vaias, discutiram o assunto em congresso e resolveram adotar sanções. Mas como aplicá-las? Expulsando a torcida do estádio? Verificando o ridículo a que estavam expostos, deixam cada dia mais o assunto de lado. É melhor assim. É mais fácil derrubar um governo do que acabar com o ‘Olé’.
Não poderia ter havido maior justiça a um jogador que a que foi feita pelos mexicanos a Mané Garrincha. Garrincha é o próprio ‘Olé’.
Dentro e fora de campo, jamais vi alguém tão desconcertante, tão driblador. É impossível adivinhar-se o lado por onde Mané vai ‘sair’ da enrascada. Foi a coisa mais justa do mundo que Garrincha tivesse sido o inspirador do ‘Olé’.
(João Saldanha. “Os Subterrâneos do Futebol”). [Fonte: Deixa Falar]
João Saldanha e Mané Garrinccha

18 de outubro de 2019

Garrincha: o jogador que venceu uma Copa do Mundo "sozinho" e é o maior injustiçado pela mídia do Brasil


Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.( Carlos Drummond de Andrade )

Pernas tortas, quase um aleijado; inocente, pueril mesmo; alcoólatra; nascido em um lugar miserável. Tudo para ser mais um infeliz a vagar por esta terra e morrer como veio ao mundo: ignorado por todos, tirante os que lhes fossem próximos. Mas, apesar dos pesares e apesares, foi um dos maiores gênios que o futebol já produziu. O homem que venceu uma Copa do Mundo "sozinho".
A seleção brasileira que foi disputar a Copa de 1962 no Chile estava envelhecida. Vários de nossos craques estavam acima dos 30 anos e nossas esperanças estavam colocadas nos pés de Pelé, já coroado como rei do futebol, e Mané Garrincha, a alegria do povo.
No segundo jogo da Copa, contra a Tchecoslováquia, Pelé se contunde seriamente e  não joga mais no torneio. Pânico no Brasil!
Eis que Garrincha assume a responsabilidade, se agiganta em campo e passa a jogar por si e por seu genial companheiro.
Suas soberbas atuações nos trazem o bicampeonato mundial de futebol. Jogou tanto Mané que o jornal chileno El Mercurio estampou em uma manchete a seguinte pergunta: "De que planeta veio Garrincha?!"
Anos depois, em um janeiro de 1983, com apenas 49 anos, "o  anjo das pernas tortas", a "alegria do Povo", é encontrado caído em um subúrbio perdido do Rio de Janeiro. Morreu no meio de seu povo, que tanto o amou.
Mané Garrincha foi, é, e será para todo o sempre, o mais amado e querido jogador guardado na memória afetiva do povo brasileiro
Não foi rei, príncipe ou imperador, foi muito mais que isso, foi  a alegria do seu

13 de janeiro de 2017

Ode ao glorioso Botafogo e seus torcedores


Fiz o poema do quadro tempos atrás e guardo-o com muito carinho pois nele, além de homenagear o Botafogo, cito a Teka Felisberto, grande botafoguense, que algum tempo depois que fiz o poema veio a falecer.
Este poema é dedicado à sua memória e a seu infinito amor ao nosso Glorioso.

(Publicado em 22/09/2013)

Um poema em homenagem ao Botafogo e seus torcedores

7 de fevereiro de 2015

Botafogo reabre Engenhão e muda nome do estádio para Nilton Santos, o Niltão

Botafogo reabre Engenhão e muda nome do estádio para Nilton Santos, o Niltão

Hoje é dia de festa. O Botafogo volta para sua casa, que será reaberta com  novo nome: Estádio Nilton Santos, o Niltão.
Homenagem mais que justa a um dos maiores jogadores que o mundo já viu e que em todo a sua longa carreira no futebol, vestiu a camisa de um único clube: o Botafogo!
Nilton que era Santos, acabou virando Nilton Santo do Botafogo.
Certa feita o Botafogo disputava o Torneio Cidade do México e massacrava o poderoso River Plate na final por 4 x 1, quando, indignado com o baile que Vairo, lateral-esquerdo  do River e da Seleção Argentina, levava de Garrincha,  o grande Nestor Rossi chegou perto do companheiro, antes do início do 2º tempo  do jogo, apontou para Nilton Santos  e disse: - Você está vendo aquele jogador ali? Jairo pôs os olhos no zagueiro do Botafogo, num tipo alto, forte, de uniforme limpo, meias lá em cima, tranquilo como si só, como se a partida fosse começar. Enquanto Jairo olhava, Nestor Rossi prosseguiu: - “Chama-se Nilton Santos e é beque esquerdo como você. Pois vá lá perto, passe a mão nas pernas dele, que o seu jogo logo melhora. Vá, ande, que o futebol de todos os beques do mundo está ali naquelas pernas. “
Aliás, foi nesse jogo que foi criado o “Olé” no futebol: o show de Garrincha foi tamanho que o público mexicano, apaixonado por touradas, transferiu, pela primeira vez, o grito que dava quando o toureiro iludia o touro nas “Plaza de Touros” para um estádio de futebol. A cada ginga do Mané um argentino virava não touro, mas vaca, e o povo feliz começou a saudá-lo: Olé!!! Ooooooolé!!! Oooooooooolé!!!
Com a mudança de nome do Engenhão, o Botafogo será o único clube do Brasil, e acho que do mundo, a ter o nome de dois ídolos seus, Nilton Santos e Garrincha, batizando estádios de futebol na ex e na atual capital do país: o estádio de Brasília chama-se Estádio Nacional Mané Garrincha.
Essa é a diferença do Botafogo para os “clubes comuns”, como bem o diz o jornalista PC Guimarães.
Bem, tem outra PC: Nilton Santos era “A enciclopédia do Futebol”; Mané Garrincha: “A Alegria do Povo”. Agora os maiores ídolos dos comuns: Zico... o Galinho de Quintino; Roberto... Dinamite. Quanta falta de títulos mundiais pelo Brasil  e de criatividade.
Parabéns à nova diretoria do Botafogo, comandada por Carlos Eduardo, pela bela e justa homenagem a Nilton Santos, o Santo do Botafogo.



14 de outubro de 2014

Pelo Jorge do Biné ninguém passava, nem Garrincha e Pelé

O time do Americano de São José do Calçado ( ES ) em 1969. O Jorge do Biné é o 3º da esquerda para a direita
Quando eu era garoto
Lá em minha querida
São José do Calçado
Era torcedor do Americano
Que tinha um time
Danado de bão!
Não tinha
É certo
Garrincha e Pelé
Mas tinha o craque Faustinho
E o grande Jorge do Biné
O maior lateral-direito
Que o mundo já viu jogar
Nunca ninguém
Teve tanta categoria
Para distribuir tanto pontapé
Da cabeça para baixo
Era tudo alvo
Das cacetadas
Do raçudo Jorge do Biné
Quando a bola passava
O adversário estatelado
No chão ficava
Ao Jorge do Biné
Ninguém driblava
Nem mesmo o genial Garrincha
Ou o inigualável rei Pelé.

10 de setembro de 2014

Mané Garrincha e as promessas dos candidatos à Presidência do Brasil

Mané Garrincha e as promessas dos candidatos à Presidência do Brasil
O Brasil ia jogar com a Rússia na Copa de 1958. O técnico de nossa Seleção, o bonachão Vicente Feola, dá diversas instruções a Mané Garrincha, que cumpria tudo, menos instrução de técnico. Quando Feola acabou de falar, Mané virou-se para ele e disse: "Mas o senhor já combinou com os russos para deixarem eu fazer tudo isso?"
Quando começou a partida, Garrincha fez o que sabia e, nos primeiros 5 minutos, destruiu os russos com seus dribles infernais. Esses minutos eternos e geniais de nosso Mané são considerados, até hoje, os mais belos da História do futebol.
Lembrei-me disso ao ver a quantidade de promessas inexequíveis feitas pelos candidatos à Presidência da República e pergunto: "Será que eles já combinaram com os russos?"
Garrincha não combinou mas fez e por isso se tornou a alegria do povo.

17 de junho de 2014

Garrincha por Carlos Drummond de Andrade

Garrincha por Carlos Drummond de Andrade

"Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.

— Carlos Drummond de Andrade

Pode haver algo mais belo para um homem que ser chamado de A Alegria do Povo?

Hoje, 17 /06/2015, está fazendo 52 anos que o Brasil conquistou o bicampeonato mundial de futebol, no Chile. Garrincha, que jogou por ele e por Pelé, que se contundiu logo no início da competição, foi o maior responsável pela conquista de uma equipe que contava com 4 companheiros seus de Botafogo no time titular- Nilton Santos, Didi, Amarildo e Zagalo. Fato inédito na História do futebol brasileiro. 
Garrincha é, ainda hoje, o jogador mais querido na memória afetiva do povo brasileiro. Mais até que Pelé. Obrigado, seu Mané, por tanta alegria.

18 de julho de 2013

Precisamos de um pouco de Garrincha para alegrar os dias tristes

Garrincha “desrespeita” o Juiz

Numa partida contra o Vasco da Gama, Garrincha iniciou um ataque fulminante, deixando Bellini, Orlando e Coronel para trás e seguiu em flecha para a meta vascaína.
O juiz Amílcar Ferreira tentou acompanhar a jogada, mas Garrincha parou bruscamente, girou e seguiu noutra direcção. O árbitro enrolou-se nas próprias pernas e caiu no relvado, tal e qual um ‘João’, com o público em delírio.
Quando passou por Garrincha na jogada seguinte deu bronca: “Mais respeito comigo. Se me der outro drible destes, te boto pra fora”.

Andamos precisando de um pouco de Garrincha para alegrar os dias tristes e tumultuados que o Brasil anda vivendo. Quem, senão a A Alegria do Povo poderia nos alegrar ao relembramos seus dribles geniais, sua pureza d'alma e suas histórias lúdicas e impagáveis?
Obrigado, grande Mané.

                            
Precisamos de um pouco de Garrincha para alegrar os dias tristes

15 de junho de 2013

Elitizaram os estádios e Dilma é vaiada por público que não é de futebol nem vota no PT

Brasil x Paraguai em 1969, o povo vendo sua Seleção, 183 mil pagantes
Elitizaram os estádios e Dilma é vaiada por público que não é de futebol nem vota no PT
Brasil x Japão, lugares vazios e o povo afastado da Seleção

Ao se submeter às pressões da FIFA e elitizar os novos estádios- agora batizadas de Arenas, o que não deixa de ser justo, afinal, por ironia do destino, ou do desatino, no caso, ARENA era o partido de apoio à ditadura militar, que tinha como base social as nossas agora denominadas elites, pois não é de bom tom o uso do tradicional mas mais agressivo e marxista "classe dominante"-, o governo está colhendo o que plantou, resultado: a presidente Dilma foi vaiada pelo público presente ao jogo de abertura da Copa das Confederações entre as seleções da Rede Globo, ex-Seleção Brasileira, e a do Japão. Querem saber: Bem feito! Quem se mistura com porcos, farelo come.
Para resumir: não vi, grosso modo, um negro ou "pobre" no Estádio Nacional Mané Garrincha, todos brancos, "bem-nascidos" e mal-educados, como é característico de nossa... "elite". E ainda batizaram o estádio, homenagem mais que justa, diga-se de passagem, exatamente com o nome do jogador mais amado por nosso povo: Mané Garrincha, A Alegria do Povo- povo que hoje não pode mais frequentar o estádio que leva seu nome. Triste.
O jogo? Bem, a Seleção da Globo venceu os japoneses por 3 x 0. Sei quem fez os gols mas não digo, aqui neste democrático espaço só o glorioso Botafogo faz gols. Vão ver quem os fez lá no site da dona da Seleção. Saco!

26 de maio de 2013

Flamengo e Santos disputam pelada na inauguração do Estádio Mané Garrincha; ele não merecia

Flamengo e Santos disputam pelada na inauguração de estádio que chama Mané Garrincha; ele não merecia
Mané Garrincha: A Alegria do Povo

Flamengo e Santos disputaram uma pelada monumental no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Foi o primeiro jogo oficial  no estádio, que foi reformado ao custo da bagatela de quase um  bilhão e meio de reais. Eu disse  reforma...
Mas o assunto aqui é outro: Mané Garrincha, A Alegria do Povo, o mais lúdico jogador que já pisou nos gramados do mundo, merecia um futebol de mais qualidade na inauguração de um campo ( como se dizia em sua época ) que leva seu nome. Um jogo melhor que um insosso 0 x 0, em que a maioria dos jogadores maltratou a bola sem dó ou piedade.
Vai mal, o futebol brasileiro, muito mal...

5 de abril de 2013

Os canalhas da FIFA impedem que estádio de Brasília leve o nome de Garrincha

Os canalhas da  FIFA impedem que estádio de Brasília leve o nome de Garrincha
Garrincha: A alegria do povo

A FIFA agora manda no Brasil! Que ingerência é esta? E como nosso governo aceita coisas deste tipo? Por que tanta subserviência?
A FIFA chegou ao cúmulo de impedir que o estádio de Brasília seja chamado de Estádio Nacional Mané Garrincha. Quem são eles para dizerem como batizar nossos estádios? Não podemos aceitar coisas assim. Nunca.
Mané Garrincha foi um dos maiores jogadores de todos os tempos e merece ter seu nome em um estádio dito "nacional, pois é, sem dúvida, o jogador de futebol mais querido na memória afetiva de nosso povo. Pelé pode ser rei, título merecido. Mas a alegria do povo ( nada mais belo ) foi, é, e sempre será Mané Garrincha.
E o estádio foi construído com dinheiro dos impostos pagos por nosso povo e podemos batizá-lo como quisermos. Já passou da hora de alguém mandar a dona FIFA e seus corruptos dirigentes à merda!
Viva o Estádio Nacional Mané Garrincha!
 A absurda notícia está no Redação Sportv

9 de janeiro de 2013

Pelé: o maior de todos

Com a conquista, pela quarta vez, do título de melhor jogador do mundo pelo argentino Lionel Messi, reabre-se a velha e chata discussão de quem foi o maior jogador de futebol de todos os tempos.
Eu vos garanto, apesar de me tornado Botafogo por causa do excepcional Mané Garrincha, meu maior ídolo no futebol, foi Pelé. Atenção: estou falando do jogador, não do homem Pelé e suas atitudes extra-campo de quem muitos não gostam.
E por que digo com tanta certeza que foi Pelé? Por dois motivos principais, que passam desapercebidos nesta inócua discussão: sempre que surge um grande jogador logo vem a discussão se ele é melhor que Pelé. Foi assim quando surgiram Zico, Cruyff, Maradona, Zidane e agora Messi. O  Rei é sempre a referência comparativa. O ideal a ser superado. Sinal que na memória coletiva dos povos foi o melhor.
E foi o único jogador a transformar seu clube, o Santos, em um dos grandes clubes do mundo. Antes de Pelé, o  Peixe era um clube médio, tendo conquistado um único título paulista, em 1935, e mesmo assim dividido com a Portuguesa de Desportos. Foi só após o surgimento de Pelé que o  Santos se tornou a potência do futebol mundial que é hoje. Todos os outros que citei sempre jogaram em clubes já consagrados, ou se transferiram para algum, o que facilitou sua ascensão. Pelé não, sempre jogou no Santos.
Racionalmente o maior de todos foi Pelé, mas aqui, neste sofrido coração botafoguense, o maior foi Mané Garrincha, que tem o maior de todos os títulos: A Alegria do Povo! O que de mais belo pode querer um homem que levar alegria a seu sofrido povo? Nada, creio eu.

Pelé e Mané, 33 jogos juntos na seleção brasileira, nenhuma derrota
                                                                               

17 de junho de 2012

Há 50 anos a Selefogo conquistava o bi mundial para Brasil

Em 17 de junho de 1962 o Brasil conquistava seu segundo campeonato mundial de futebol. Em verdade a selecão era o time do Botafogo, reforçado por alguns jogadores de outros clubes. Tínhamos cinco titulares: Nilton Santos, Didi, Garrincha, Amarildo e Zagallo, fato inédito em uma seleção brasileira campeã do mundo. O Vasco tinha oito em 1950, mas, como não poderia deixar ser, o Brasil foi vice-campeão nesta maldada Copa. Ô Sina!
A seleção campeã de 1962 era formada por: Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nilton Santos; Zito e Didi; Amarildo, Garrincha, Vavá e Zagallo.
Como Mané Garrincha, nesta Copa, jogou por ele e por Pelé, se houvesse justiça neste mundo, o diploma de campeão mundial dado pela FIFA à CBD, antecessora da CBF, deveria ter sido entregue ao Botafogo e estar exposto na sala de troféus de nossa sede em General Severiano.
Os invejosos de desde sempre dizem, por pura inveja e despeito, que vivemos do passado, é verdade...é verdade...quem vive de futuro é adivinho!


                                                                            

5 de junho de 2012

A triste situação de Nilton Santos, santo do Botafogo

Nilton Santo do Botafogo
Eu me tornei Botafogo "vendo" pelo rádio, lá em minha querida São José do Calçado ( ES ), a categoria de Didi; os dribles de Garrincha e a elegância de Nilton Santos ao tratar a bola como o mais apaixonado dos amantes. Um gigante do futebol, um dos maiores jogadores de todos os tempos, um apaixonado por seu Botafogo- foi a única camisa de clube, a outra foi a da seleção brasileira, que honrou por longos dezessete anos-; um gênio do futebol, e acima de tudo, um ser humano maravilhoso, um homem simples, bom e generoso.
Este monstro sagrado do futebol, santo do Botafogo, está, no final de sua vida, passando por dificuldades. Sofre do Mal de Alzheimer e Parkinson e está internado há alguns anos em um clínica no Rio, paga pelo Botafogo, grande medida tomada pelo ex-presidente Bebeto de Freitas e mantida pelo atual, Maurício Assumpção. O Botafogo, como nenhum outro clube, ama e cuida de seus ídolos. Mas a situação do Nilton se complicou: sua esposa, d.Célia, que cuidava dele com desvelo e um carinho infinito, está com câncer no cérebro.
Onde está a CBF que não move uma palha para ajudar um homem que foi bicampeão mundial pelo Brasil? Onde está o governo, que não ajuda um patrimônio da Nação?
Onde está a imprensa que não cobra de nossas autoridade auxílio ao grandíssimo Nilton e fica promovendo jogadores sem caráter como Ronaldinho Gaúcho e Adriano?
Que tal fazer um jogo em homenagem ao Nilton, com toda a renda revertida para ele e sua esposa?
É o mínimo que o Brasil poderia fazer por um de seus grandes ídolos. Que tenham, ao menos, ele e sua mulher, um fim digno.
Obrigado por tudo, grande Nilton, que não é  Santos, é Santo de nosso querido Botafogo!
Ah, e o que estão esperando para batizar o Engenhão com seu nome? Poderia ser uma grande festa botafoguense, a inauguração do Estádio Nilton Santos, com toda a renda revertida para nosso Santo.
Que se mobilizem os alvinegros!

A notícia completa está na Globo.com 

13 de maio de 2012

Eu não acredito neste time do Botafogo, mas acredito no Botafogo. À luta!

Que a História do Botafogo se sobreponha ao atual time do Botafogo, que já nos deu provas de ser uma equipe sem o brilho dos grandes campeões que já envergaram nossa gloriosa camisa e consigamos reverter um situação quase que irreversível. Só com muita coragem e determinação poderemos sair vencedores na segunda e derradeira partida do Campeonato Carioca de 2012.
Que se unam, lá no céu do Glorioso, Carlito Rocha; João Saldanha; Sandro Moreira; Walter Alfaiate; Paulo Azeredo e tantos outros alvinegros ilustres e vencedores, para injetarem coragem e ousadia em uma equipe que anda rateando na hora de decidir. Que consigam, ao menos hoje, aliar a raça e o amor de Heleno de Freitas pelo seu Botafogo, com o futebol de Mané Garrincha.
Se fizerem isto poderão conseguir o impossível e entrarem para a galeria de herois do Glorioso. Ninguém, com honra, perde uma batalha de véspera, por mais adversa que seja a situação. Só temos uma opção: lutar...lutar...lutar...À luta, Botafogo!

4 de maio de 2012

As duas maiores goleadas em decisões no Rio: Botafogo 6 x 1 e 6 x 2 no Flu

Botafogo: de pé: Adalberto, Tomé, Servilho, Nílton Santos, Pampolini e Beto.Agachados: Garrincha, Paulo Valentim, Didi, Édson e Quarentinha.

As duas maiores goleadas em decisões do Campeonato Carioca foram aplicadas pelo Botafogo nas alegres e saltitantes gazelas tricolores: a primeira foi em 1910, quando os sovamos por 6 x 1 na final, foi após esta vitória homérica que o Alvinegro passou a ser conhecido como Glorioso. A outra foi na final de 1957, quando enfiamos 6 x 2 neles, com uma atuação histórica de Garrincha, que fez um dos gols e Paulo Valentim, autor dos outros cinco, quase todos em jogadas do Mané. Vale lembrar que nosso técnico era o grande João Saldanha, que não recebia um mísero tostão para exercer o cargo. Sua paga era seu amor e paixão infinitos pelo Fogão!
Como a decisão de 2012 será em 2 jogos vamos ganhar, na soma das duas partidas, por 12 x 3, para homenagear nossos heróis d'antanho!