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11 de junho de 2021

Os "homens de bem" nazistas- Hannah Arendt

 Os "homens de bem" nazistas

"[...]Era assim que as coisas eram, essa era a nova lei na terra, baseada nas ordens do Füher; tanto quanto podia ver, seus atos eram de um cidadão respeitador das leis. Ele cumpria o seu dever, como repetiu insistentemente à polícia e à corte; ele não só obedecias ordens, ele obedecia à lei."
(Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém - Um relato sobre a banalidade do mal)

Hannah Arendt (1906-1975) foi uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX. A privação de direitos e perseguição de pessoas de origem judaica ocorrida na Alemanha a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar.

21 de maio de 2021

A "banalidade do mal" em Eduardo Pazuello

 A banalidade do mal

Adolf Eichmann, um dos principais cúmplices do outro Adolf, o Hitler, foi citado hoje (20) na CPI do Genocídio.
Finda a II Guerra, Eichmann, como outros nazistas de alto coturno, fugiu para a Argentina pela "Rota dos Ratos", com a colaboração da Igreja católica, diga-se de passagem, onde viveu tranquilamente até1961, quando um comando israelense o sequestrou e o enviou para ser julgado em Israel.
A filósofa Hannah Arendt assistiu ao julgamento e cunhou o termo "a banalidade do mal". Grosso modo, ela afirma que homens comuns- bons cidadãos, bons amigos, bons vizinhos e bons pais de família- podem cometer atrocidades inomináveis sob a alegação de estarem apenas cumprindo ordens.
"Como a maior parte do público, a filósofa imaginava que a ação judicial fosse revelar um ser monstruoso e desprovido de humanidade, um sádico, um sanguinário, o demo em pessoa. Para seu espanto, ao sabor do desdobramento dos debates, delineou-se um funcionário zeloso, obediente, cumpridor dos deveres, dedicado e confiável. Em nenhum momento, o acusado demonstrou dar-se conta da hediondez de seus atos. Parecia até sincero ao repetir que não fizera mais que desempenhar-se e cumprir ordens e obrigações.
Hannah Arendt identificou, nesse comportamento, os efeitos da banalização do mal. De tanto ser repetido, martelado e repisado, o que era monstruoso tinha-se tornado corriqueiro. A noção do mal se diluíra a ponto de converter-se em trivial burocracia." José Horta Manzano
Eduardo Pazuello não aparenta ser um sujeito bonachão, boa praça e cumpridor e seus deveres? Pois é...

P.S: Hannah Arendt (1906-1975) foi uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX. A privação de direitos e perseguição de pessoas de origem judaica ocorrida na Alemanha a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar.

23 de setembro de 2018

Governabilidade, no Brasil, virou apenas uma forma de complacência com a corrupção

No Brasil é exatamente o contrário do que afirma Hannah Arendt. Os políticos dizem uma coisa e fazem outra. E, para justificarem suas amorais atitudes, inventaram uma platitude em que muitos acreditam: "fazemos isso para termos governabilidade", dizem cinicamente.
Governabilidade, no Brasil, virou apenas uma forma de complacência com a corrupção. O fatiamento do Estado por vários grupos de vampiros dos cofres públicos.
O caos que tomou conta da Nação não é obra do acaso, é um projeto bem engendrado de saque ao Estado, manutenção de privilégios e, com o que sobra, distribuição de esmolas ao povo. 

Hannah Arendt e a corrupção no Brasil

1 de março de 2017

O Brasil e a "banalidade da corrupção"

A filosofa alemã Hannah Arendt criou o termo a "banalidade do mal" para tentar explicar como homens supostamente normais, pais de famílias comuns, foram capazes de cometer atrocidades terríveis contra seus semelhantes durante o nazismo.
Hoje, no Brasil, temos a "banalidade da corrupção".
Muita gente aceita a corrupção como se fosse parte intrínseca do caráter do povo brasileiro; outros, os cínicos ideológicos, a combatem, mas só a cometida por seus adversários políticos.
Corrupção mata! Mata em filas de hospitais, mata através da violência nossa de cada dia, mata sonhos e esperanças de um futuro melhor para milhões de nossos jovens.
Corrupção é crime hediondo... o pior deles!

Hannah Arendt, a banalidade do mal e da corrupção

2 de outubro de 2014

Sobre a "banalidade do mal" que nos torna insensíveis

Sobre a "banalidade do mal" que nos torna insensíveis
Hannah Arendt
Morreu hoje uma menina que foi torturada em uma favela do Rio. Como está virando moda, os torturadores filmaram a barbárie.
Ao ver o vídeo lembrei-me da filosofa alemão de origem judaica, Hannah Arendt, que foi cobrir o julgamento do carrasco nazista, Adolf Eichmann, por Israel em 1961, e produziu uma das obras seminais do século XX, o livro "Eichmann em Jerusalém", onde surge a expressão "a banalidade do mal".
"Arendt concluiu que Alfred Eichmann não era um sujeito especialmente antissemita nem particularmente perverso. Era só um odioso burocrata cumprindo ordens sem questioná-las. As conclusões da filósofa causam até hoje muita polêmica. Eichmann foi enforcado em 1962 em Tel Aviv."
Segundo Arendt, o mal, quando atinge grupos sociais, é político e ocorre onde encontra espaço institucional. A banalidade do mal se instala no vácuo do pensamento, trivializando a violência.
Pioramos... Hoje faz-se o mal por puro niilismo, por descrença em tudo, principalmente em nossa humanidade.
Luto todo dia comigo mesmo para não perder minha capacidade de me indignar com barbaridades como essa. Mas estou perdendo a luta, é tanto desprezo pelo "outro"( s ) que vou me tornando insensível perante o mal.
Estou triste e decepcionado, comigo e com nossa a cada dia mais desumana... humanidade.


Aqui um excelente texto de LADISLAU DOWBORum homem que foi torturado pela ditadura militar brasileira Outras Palavras- A atualidade brutal de Hannah Arendt