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27 de novembro de 2014

A decisão da Copa do Brasil entre Cruzeiro x Galo foi um exemplo de profissionalismo amador



A decisão da Copa Brasil entre Cruzeiro x Galo foi um exemplo de profissionalismo amador
Profissionalismo amador
Estava vendo a decisão da Copa do Brasil entre Atlético Mineiro x Cruzeiro ontem à noite no Mineirão, um belo jogo, mas impressionado com uma coisa: as partes centrais do Mineirão, as mais bem localizadas do estádio, estavam entregues às moscas. Parece que os ingressos naquele setor custavam a bagatela de R$ 1200,00. O jogo anterior, com mando do Galo, foi realizado no simpático, mas acanhado, Estádio Independência, que mesmo comportando apenas cerca de 23.000 pessoas, também não estava lotado. 
O que deveria ser a maior festa do futebol mineiro em todos os tempos, com o Mineirão abarrotado de gente nos dois jogos, foi ofuscada pela insanidade financeira das diretorias dos dois clubes. Tudo com a devida complacência da corrupta CBF, a ( des ) organizadora do futebol brasileiro.
É por coisas assim, e outras piores, que a imensa maioria de nossos clubes estão à beira da insolvência.  Enquanto isso... Gol da Alemanha!

Dentro de campo o título, mais que merecido, ficou com o Atlético, que derrotou o eterno rival nas duas partidas ( 2 x 0 e 1 x 0 ). Parabéns ao raçudo e bom time do Galo!

8 de abril de 2014

Negócio de Minas: Brasil inventa o prejuízo que dá lucro

O negocião do Mineirão
POR LEONARDO DUPIN*
No ano passado publiquei neste blog um texto sobre o repasse de dinheiro público pelo governo de Minas ao consórcio Minas Arena.
“A concessionária Minas Arena terá direito de operar o Mineirão por 25 anos. Para isso investiu R$ 654,5 milhões, dos quais recolheu do BNDES R$ 400 milhões. Nesse período, a empresa terá um retorno assegurado (em parcelas fixas e variáveis), conforme seu desempenho financeiro. Por exemplo, se o negócio não render lucro e a empresa tiver prejuízo, o governo repassaria ao consórcio um valor mensal que pode chegar até R$ 3,7 milhões por mês. O contrato assinado estabelece uma faixa de garantia: se o negócio render até R$ 2,59 milhões por mês, o governo completa a diferença entre R$ 3,7 milhões e R$ 2,59 milhões. (…) o contrato assinado impossibilita a chance de prejuízo para a empresa, o mesmo não acontecendo com os cofres públicos. Ainda que o estádio fique fechado durante esses 25 anos, o faturamento do consórcio nesse período vai passar de R$1,1 bilhão”.
Um ano depois, de acordo com matéria do jornal “O Tempo”, as previsões se confirmam:
“Em 2013, por força de um contrato firmado entre o governo mineiro e a Minas Arena, o Executivo repassou à companhia R$ 44,4 milhões apenas para garantir o lucro mínimo de R$ 3,7 milhões mensais à empresa. A obrigatoriedade de assegurar o lucro da parceira é contratual. O repasse equivale a cerca de R$ 700 por assento do estádio – são ao todo 64 mil. A empresa registrou prejuízos em todos os 12 meses de 2013.”
E o dinheiro público, repassado às empresas que compõem a Minas Arena (Egesa, Construcap e Hap Engenharia), depois irriga a campanha do Lacerda (PSB) e dos Tucanos mineiros. Aliás, um bom dado para ser atualizado nesse ano de eleição.
Resta saber, onde está o Ministério Público mineiro?
*Leonardo Dupin é jornalista e Doutorando em Ciências Sociais pela Unicamp.

Isto sim, é um negócio da China... quer dizer de Minas! Mais uma fantástica criação brasileira que vai revolucionar o capitalismo: um empreendimento que mesmo dando prejuízo dá lucro! Não é genial?
Pena que quem garante o lucro da empresa são os contribuintes mineiros.
Ah, coisa de pouca monta, afinal o Brasil é um país riquíssimo e sem problemas sociais para resolver. Além do mais, o mundo vai reconhecer a genialidade dos autores da brilhante ideia do prejuízo que dá lucro. Algo impensável na História econômica mundial até então.
O prêmio Nobel de Economia de 2014 já tem dono!
Zatonio Lahud

O espantoso artigo que transcrevi acima está no Blog do Juca Kfouri