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7 de outubro de 2017

Em Paraty, a dor da saudade

Estou percorrendo a Estrada Real com um amigo. Hoje chegamos a Paraty.
Enquanto Reinaldo tirava fotos, fiquei em um canto (eu amo os cantos, é deles que vejo o mundo) relembrando... amores.  Os maiores que tive na vida. Duas mulheres maravilhosas com as quais passei momentos inesquecíveis em Paraty.
Viajei no tempo. No tempo do coração, que é eterno. E doeu... Doeu muito. 
Saudade, muita saudade... Da primeira uma saudade mais suave, pois, apesar de intenso, o fogo da paixão durou até se exaurir. Da segunda, uma saudade dolorida de dois corpos que a paixão tornava um só, mas as almas não. Como no belo poema de Manoel Bandeira A Arte de Amar:

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

Com este amor que, ainda, nunca teve fim só me resta vivê-lo como o alcoólatra que não bebe mais: Só por hoje não vou te amar, só por hoje, sempre... 

Em Paraty, a dor da saudade