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28 de fevereiro de 2020

RESTOS DE INFÂNCIA- Saint-Clair Mello

RESTOS DE INFÂNCIA
Saint-Clair Mello
persistem dentro de mim certas lembranças [tolas
fragmentos de nuvens perdidas da infância
entre os morros e as vargens de taboa
ente a lama e a poeira das estradas.
e fora delas sou perda e desacerto
procura frustra desses outros tempos
que acrescenta aos cabelos brancos
[a cada momento
as questões de quem e quando e por que e [onde.
afora um choro seco e um nó estreito da [garganta
o mais que resta agora é vaga e vento.

Saint-Clair Mello, além de poeta e contista dos bons, é um amigo muito querido, companheiro de muitas jornadas, a imensa maioria delas sofridas, de Maracanã, nos contorcendo por nosso destrambelhado e querido Botafogo, paixão um tanto quanto masoquista de ambos.
RESTOS DE INFÂNCIA  Saint-Clair Mello  persistem dentro de mim certas lembranças [tolas fragmentos de nuvens perdidas da infância entre os morros e as vargens de taboa ente a lama e a poeira das estradas. e fora delas sou perda e desacerto procura frustra desses outros tempos que acrescenta aos cabelos brancos [a cada momento as questões de quem e quando e por que e [onde. afora um choro seco e um nó estreito da [garganta o mais que resta agora é vaga e vento.

9 de maio de 2017

Até burros têm bom coração

Estava conversando com meu amigo Saint-Clair Mello sobre outro  amigo (só meu) que tem dois defeitos graves-um futebolístico, outro político.

Digo ao Saint-Clair que apesar disso o cara é boa gente, e que até burros têm bom coração.

- Ninguém é totalmente imperfeito!- responde o Saint-Clair

Ô língua, sô! 

Até burros têm bom coração

9 de outubro de 2016

São José do Calçado (ES): em uma foto e um poema

A bela foto foto é obra de meu amigo Saint-Clair Mello e retrata a igreja matriz de São José do Calçado (ES), a cidade onde eu nasci, ao fundo a bela Pedra do Jaspe.
Obrigado pela bela foto meu amigo.
Abaixo um poema em homenagem à minha terra que obrei.

Às Montanhas de Calçado 
Zatonio Lahud

Saudade das montanhas de minha terra
De ver a lua nascer por detrás do Pontão
O sol a brilhar na Pedra do Jaspe
Em cada ladeira uma lembrança
De cada amigo um aperto no coração
Dos banhos de rio no poço do Chicão
Das tardes vadias no Bar do Crissaf
Das 'verdadeiras' mentiras do Lineu
Das animadas tardes de domingo
Futebol no campo do Americano
À noite a paquera na praça
Moças andando para um lado
Rapazes para o outro
E os olhares se encontravam

Mais tarde
Baile no Montanha Clube
E os olhares uniam-se
Na pista de dança

No bar, a farra comia solta
Eu, Juquita, Adézio e Pedro Mello
Ronaldo Oreiudo, Calinha e Jilozinho
Carlim Caçapa, Zé Augusto, Orlando Gostoso 
Saragaia, Ferrugem e Totó
E chega o Nem com seu pandeiro
Trazendo a tiracolo o Lineu
“Se ele não pagar nem eu!”
Dizemos todos
Às gargalhadas
E fazemos um brinde
Que sem o sabermos 
Era uma homenagem
À eternidade da amizade
À felicidade de ter tantos
Bons e queridos amigos

Um brinde!
Este agora sei:
Às montanhas de Calçado
Terra querida
Entalhadas para todo o sempre
Em meu coração. 

São José do Calçado (ES) Foto: Saint-Clair Mello


29 de setembro de 2016

Maldita política nacional- Saint-Clair Mello


Tenho remoído bem lá no fundo do meu sentimento um horror pela política nacional. Não tanto pelos inúmeros e variados casos de denúncia de corrupção dos mais diversos matizes políticos e ideológicos, mas sobretudo pela devastação que o maniqueísmo a que foi lançada a sociedade brasileira – como se houvesse alguém que merecesse nossa solidariedade cega –, está causando entre nós, colocando velhos companheiros em campos opostos.
Nós, os eleitores e contribuintes aqui embaixo, nos engalfinhamos, nos ofendemos, perdemos amizades construídas há dezenas de anos, solidificadas que foram no respeito e na camaradagem, nós aqui embaixo, repito, os sonhadores de sempre que almejam por uma ética inquebrantável, deixamos esgarçar os laços de amizade em nome de uma classe política que está pronta a fazer as alianças mais estranhas e espúrias, pela cobiça do poder.
Não há na política nacional nenhum político inocente. Todos eles, salvo raríssimas exceções entre os mais extremistas, estão dispostos a todo tipo de acerto, de acordo, de conluio. Eu e meu amigo, no entanto, nos estranhamos, esquecemos a amizade profunda que nos une – ou nos uniu até agora – porque queremos que a classe política reflita o que somos. E mesmo nós não somos santos, nem castos. Somos éticos certamente, pois não compactuamos com pessoas sem ética, mas a política tem uma ética extremamente relativa.
E, por causa desta política conspurcada, torpe, gananciosa, perco amigos queridos.
Até então nenhum de meus amigos – e os tenho e tive de todos os matizes ideológicos, políticos, religiosos, sexuais – deixou afrouxar os laços que nos uniam, malgrados os governos que se sucederam no país. Contudo, nesses últimos anos, fomos levados a acirrar as dissensões, como se as ideias tivessem a castidade como norma.
Pois não há religião, ideologia, filosofia ou cachaça de alambique, como já disse alhures, que esteja isenta de erros. Todas são criações do espírito humano, portanto passíveis de erros e falhas.
A amizade que se construiu sobre a verdade de sentimentos não pode sucumbir a uma ideologia, a uma política que, daqui a cinquenta ou cem anos, estará caduca, pelo surgimento de outras tantas, passíveis dos mesmos erros destas que aí estão, porque todas são produtos de nós mesmos, falíveis humanos.
Mas o valor milenar da amizade tem sucumbido à verdade precária destes tempos maniqueístas, como se qualquer dessas personagens que abundam a política nacional merecesse isto.
Maldita política nacional!
Saint-Clair Mello

Quem quiser conhecer a obra do Siant-Clair vá no seu blog Gritos&Bochichos

Maldita política nacional- Saint-Clair Mello

27 de julho de 2016

Eu, meu amigo Saint-Clair, e nossa eterna falta de vergonha botafoguense

- Nunca mais venho ao Maracanã ver esse time safado!
- Nem eu!
O breve diálogo acima se deu tempos atrás entre eu e meu amigo Saint-Clair, após uma daquelas derrotas vexaminosas com que vez ou outra o Botafogo brinda seus sofredores-torcedores”.
Promessa devidamente feita, trunfamos nossas envergonhadas caras e caçamos o rumo de casa, com os rabos devidamente recolhidos entre nossas pernas.
Botafogo nunca mais!- juramos.
Três dias depois, uma quarta-feira, me liga o Saint-Clair, com seu jeito jeitoso de ser: - “Zé Antônio, tô te ligando pra te dizer que vou ter de ir ao Maracanã domingo no jogo do Botafogo”.
- Mas nós não juramos nunca mais ir ao Maracanã ver jogos do Botafogo!?- indago.
- Juramos... Mas é que o Bruno, meu sobrinho que mora em Muriaé, me ligou e disse que quer ir ao jogo. Vou só pra fazer companhia a ele e matar a saudade, tem muito tempo que não o vejo. Quer ir com a gente?!
Respirei fundo e, diante de tamanha desfaçatez alvinegra, arrumei um argumento tão safado quanto o do Saint-Clair: - Bem, se é assim, eu vou, também estou morrendo de saudade do Bruno!
Detalhe: eu nunca tinha visto o Bruno na vida. Fui conhecê-lo naquele domingo.
O resultado do jogo? Não faço a mínima ideia... Só fui ao Maracanã, assim como o Saint-Clair, matar a saudade do Bruno. E renovar minha gloriosa falta de personalidade quando se trata do Botafogo, que me maltrata como não deixaria ninguém fazer. Ah, mas um vitória apaga tudo e a paixão reacende. Sempre renovada pelo brilho de nossa linda estrela solitária!


Botafogo nunca mais!

7 de março de 2016

Percu us amigus mas num percu a piada: PT diz que vai expulsar quem fizer Caixa 2

Percu us amigus mas num percu a piada: PT diz que vai expulsar quem fizer Caixa 2

Percu us amigus mas num percu a piada
O presidente do PT, Rui Falcão, com pompa e circunstância, anunciou hoje (07/03/2016) ao mundo que membro do partido que fizer Caixa 2 vai ser expulso da organização.
Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... Suspeito que, muito breve, o número de filiados ao PT será menor que o de torcedores do América. 
Como disse meu amigo Saint-Mello, foi instituído o Caixa 3.Emoticon tongue

19 de abril de 2015

Telescópio Hubble localiza bola chutada por Diego Cavalieri perto de Marte

Telescópio Hubble localiza bola chutada por Diego Cavalieri perto de Marte

A agência espacial norte-americana, NASA, acaba de divulgar um boletim informando que a bola chutado pelo goleiro do Fluminense, Diego Cavalieri, no pênalti que bateu contra o Botafogo no jogo de ontem, foi localizada pelo telescópio Hubble, o mais potente do mundo, aproximando-se do planeta Marte.
A pobre bola está viajando em velocidade próxima à da luz, tal a força do pontapé que levou do Cavalieri. 
Hoje, pela manhã, meu amigo Saint-Clair Mello, que está em Vitória visitando seu filho, Pedro, avistou-a voando pelos céus capixabas, rumo ao infinito...

3 de novembro de 2014

Pardais corruptos desviaram milhares de sacos de arroz em Bom Jesus do Itabapoana

Pardais corruptos desviaram milhares de sacos de arroz em Bom Jesus do Itabapoana
Anos atrás a Secretária de Agricultura do Rio de Janeiro, para garantir a produção agrícola do Estado, pagava um preço mínimo aos produtores. A iniciativa, assim como ocorre ainda hoje, acabou virando uma grande fonte de corrupção; para terem uma ideia, o governador do Estado era o probo Moreira Franco, hoje ministro de Coisa Nenhuma no governo de tia Dilma. 
 Em Bom Jesus do Itabapoana ( RJ )- cidade que tem como maiores glórias ser berço do meu amigo Saint-Clair e vizinha de São José do Calçado ( ES ), terra onde veio ao mundo este lindo, gostoso, genial e humildoso escriba-, a dita secretária comprou antecipadamente a produção de arroz dos pequenos agricultores da região e alugaram diversos armazéns para estocarem os grãos adquiridos. Um dos armazéns pertencia ao seu Quininho, figura querida na cidade, além de  emérito e afamado contador de causos. Encheram o armazém de seu Quininho de arroz- que, como dono do imóvel,  ficou sendo o responsável pela guarda do grão. 
 Tempos depois, bastante tempo depois, apareceram dois fiscais do Estado atrás do arroz. Vão direto na casa de Seu Quininho e são recebidos com todo o respeito e as mesuras de praxe, como é de bom tom em cidades do interior. Após  um lauto café, regado a muita prosa, seguem os três até o armazém onde estava o arroz. Quando chegam ao local, seu Quininho vai logo abrindo o cadeado e abrindo as pesadas portas do armazém. Os fiscais entram e, surpresos!, se deparam com um mundo de nada lá dentro... nadica de nada! 
O local estava mais vazio que repartição pública em dia de ponto facultativo.
Do lado de fora uma pequena multidão já havia se formado, todos querendo saber como seu Quininho ia sair daquela enrascada.
Refeito do susto, um do dos fiscais indaga a ele:
- Ué, mas não tem nada aqui, onde foi parar o arroz?
Seu Quininho, sério como político corrupto negando suas falcatruas, responde:
- Meu filho, vocês demoraram tanto para vir buscar o arroz que os pardais comeram tudo!
Algumas risadas do lado de fora, os dois fiscais ficaram entre atônitos e aparvalhadas, mas o segundo ainda questiona:
- Mas se os pardais comeram o arroz, ao menos os sacos deveriam ter ficado e não estou vendo nenhum aqui?
Seu Quininho, sem perder a majestade, responde na bucha:
- Meu filho, os sacos ele levaram para fazerem seus ninhos! Muita demora de vocês...
Gargalhada geral do lado de fora e foram todos para o Bar do Salim comemorar a saída genial de seu Quininho.
Dizem que um rigoroso inquérito foi instaurado para apurar o destino do arroz. Como já lá se vão mais de vinte anos, passados mais uns cem e o rigoroso procedimento judicial chegará ao fim. Muito provavelmente condenando o bando de pardais corruptos pelo desvio dos sacos de arroz. O que é mais que justo, diga-se de passagem, já que seu Quininho era um homem probo e de reputação ilibada.

27 de maio de 2013

Melhor tomar um café com meu amigo Saint-Clair

Melhor tomar um café com meu amigo Saint-Clair- Interrogações

É tanta burrice,
disfarçada de profunda filosofice,
que anda cansada minha parca "belezice"

Vivemos a era dos rótulos,
embalados em néscios invólucros:
Comunista! Esquerdista! Fascista! Direitista!

Rotula-se sem raciocinar,
e tudo solucionado está

Não se pode discordar,
debater ou divergir,
só concordar e convergir

O que fazer?
Sei lá...

Melhor ir prosear e tomar um café
com meu amigo Saint-Clair,
alguém quer?


26 de fevereiro de 2013

Gosto de vida simples

gosto de vida simples
como bater-papo
e beber um café
com meu amigo saint-clair
olhar as insinuantes curvas
de uma bela mulher

andar por aí a pé
olhando prédios e pessoas
sem pressa
que depressa a vida passa

gosto de ver a multidão
olhar seu rosto disforme
que vaga sem cessar
indo e vindo

sem rumo
como eu no mundo.


18 de fevereiro de 2013

Vejam o motivo de Niterói ser mais bonita que o Rio

Vista do Rio de Janeiro- Interrogações
Hoje, fim de tarde, fui papear, beber café e apreciar as formosas bundas que passam rebolando em abundância estonteante pela Rua Moreira César, com meu amigo Saint-Clair Melllo. Após jurarmos nunca mais ir ver um jogo do Botafogo- promessa que fazemos há anos e nunca cumprimos-, desta feita com a participação de nosso vizinho de mesa, outro sofredor Alvinegro incurável, meu amigo tirou a foto acima.
Saint-Clair, além de poeta de palavras é poeta de imagens. Vejam se cidade alguma no mundo tem uma vista tão bela? Duvido muito. E fica provado, através da sensibilidade de meu amigo, o motivo de Niterói ser mais bonita que o Rio. Só nós temos a vista do Rio. E tenho dito.

30 de janeiro de 2013

Saudade de pegar um bicho-de-pé

Caipira- Interrogaçoes

Saudade de pegar um bicho-de-pé
Bem sob a unha do dedão do pé
Coçar sem parar
Até minha vó comigo ralhar
A agulha esquentar
E delicadamente 
O bicho-de-pé arrancar

Pra cidade grande me mudei
E nunca mais bicho-de-pé peguei
Me contento em encontrar com meu Saint-Clair
Para na Moreira César beber um café
E apreciar belas bundas de mulher

O que pensando bem
É mais prazeroso
Do que coçar bicho no pé
Ainda mais quando o nosso "bicho" ainda fica de pé
Até...Vou apreciar umas bundas e degustar um café.


Bicho-de-pé
O Tunga penetrans, mais conhecido como bicho-de-pé, é um inseto sifonáptero da família dos tungídeos, de presumida origem sul-americana, relativamente comum nas zonas rurais. Wikipedia

28 de janeiro de 2013

E não é que tenho um amigo que é viciado em ouvir A Voz do Brasil

A voz do Brasil- Interrogações

Um poeta de primeira grandeza, professor de literatura, pai de dois filhos, avô de três netos, marido exemplar, amigo dedicado e zeloso, botafoguense histórico, o maior traficante de colesterol do País- é meu fornecedor exclusivo de torresmo,  linguiça e chouriço-, profundo conhecedor de música e ouvinte da...da...Voz do Brasil!
Como todo ser com inteligência superior, meu amigo é dado a esta extravagância inaudita. Confesso-vos que me espantei ao saber do fato, digno de ser estudado por especialistas em, sei lá em quê!? Mas que merece uma análise profunda, disso não tenho a menor sombra de dúvida.
Nunca pensei, ainda mais se tratando do Saint-Clair, que tivesse um amigo viciado na Voz do Brasil. Suspeito que sei o motivo de sua dependência: como nasceu e foi criado em Carabuçu, sendo um "carabucetense" orgulhoso de sua origem atavicamente vaginal, progressista distrito de Bom Jesus do Itabapoana, meu amigo deve ter adquirido seu extravagante vício quando ainda jovem. Naquela época, lá pelos antanhos da década de cinquenta do século passado, o rádio era a única formar de se conectar com o mundo por aquelas embocetadas terras. Deve ter sido assim que meu amigo se "aviciou", como diz o Totó.
Só pode ser isso, vícios adquiridos na juventude são difíceis de abandonar. É cada uma.

Aproveitem o ensejo e visitem o blog do Saint-Cair, o único fã declarado da Voz do Brasil que conheço: Asfalto & Mato