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30 de julho de 2013

A morte da Julie e uma carta do Toy, meu fiel companheiro

A morte da Julie e uma carta do Toy, meu fiel companheiro
Uma vez me disseram que os cachorros são anjos enviados por Deus pra ensinar aos homens o verdadeiro significado de algumas palavras, como amor, amizade, fidelidade e perdão. Pura verdade! Hoje, Julie, minha pequena guerreirinha nos deixou após 15 anos de vida. Lutava há 1 ano contra um tumor que não pôde ser removido cirurgicamente. Minha querida, sei que você tá bem, tá com Deus, brincando com Boby. Um dia a gente se encontra... Obrigado por durante 15 anos fazer minhas chegadas em casa ainda mais felizes. ( Cláudio Grangeon )

Fiquei triste ao entrar no Facebook e me deparar como o comunicado do falecimento da Julie, a cadelinha de meu amigo Cláudio Grangeon. Uma Yorkshire, como meu Toy, que este mês faz 11 anos. É a crônica de um sofrimento anunciado... O jeito é aproveitar sua companhia, sua amizade, sua solidariedade, seu companheirismo, como se cada dia fosse o último. Esses bichinhos nos cativam por um único motivo: são muito melhores que nós, humanos. Simples assim.
Abaixo reproduzo uma cartinha que Toy me enviou tempos atrás.

                                                       Carta do Toy, meu fiel companheiro

Oi meu amigo,
estou há muito tempo querendo lhe dizer algumas coisas, mas, como você sabe, eu não falo a língua dos humanos, só a dos cães, contudo em um esforço sobre-canino consegui escrever esta cartinha para você.
Primeiro queria te agradecer pela nossa infinita amizade e companheirismo. Vocês, humanos, têm umas coisas esquisitas, acham que são donos de coisas, animais e até de seus semelhantes, é tudo muito esquisito para mim, por este motivo nós ficamos um tempo separado, você não era o meu "dono" e me afastaram de você. Sofri muito! Só suportei a dor de nossa separação por ter certeza que voltaríamos a nos encontrar e jamais nos separaríamos outra vez. Meu "dono" sempre foi você, meu querido amigo, porque meu coraçãozinho assim o quis, esta é a única medida de valor que usamos: o amor que carregamos no coração!
O dia mais feliz de minha vida foi quando você foi me buscar para morar com você e meu irmão que fala, o Léo. Hoje somos uma família feliz, os três, sem brigas e desavenças. Bem...como nós dois somos Botafogo e ele Fluminense, às vezes acontece um arranca-rabo entre nós, mas nada que atrapalhe nossa convivência.
Só tenho umas pequenas reclamações para fazer: não gosto quando fica muito tempo escrevendo na internet e esquece de mim, aí pulo em seus pernas para te lembrar que estou aqui e, como seu melhor amigo, preciso de carinho; também detesto quando sai e me deixa sozinho, mas quando você volta eu fico tão feliz que a raiva passa; sem falar que de vez em quando você esquece de botar água ou comida para mim, aí sento do seu lado e fico quieto, te olhando bem sério até você se tocar e ir ver o que está faltando. Ah, e me fez ser Botafogo, é muito sofrimento pra um cãozinho!
Fora isso é tudo perfeito, estou muito feliz e não quero que fique pensando em como você vai sofrer quando eu morrer, o importante foram os anos felizes que passamos juntos. Você é meu melhor amigo e te amo profundamente!
Era isso que queria te dizer e vê se não chora quando ler minha cartinha, você é meio bobão e vira e mexe vejo lágrimas escorrendo em seu rosto. Não gosto de te ver sofrer, fico triste.
                            Milhões de lambidas em suas bochechas,
                                                   do Toy Lahud, seu fiel e eterno companheiro.