Lágrimas de felicidade, alegria e nostalgia

 Lágrimas de felicidade, alegria e nostalgia

Fui caminhar e no meio do caminho veio uma chuva. Apenas deixei a água tomar meu corpo. Logo a memória voltou à minha infância em minha querida São José do Calçado-ES, a cidade onde nasci. Das peladas no gramado encharcado do estádio do glorioso Americano Atlético Clube, ao lado do Botafogo e do meu vô Djalma, as maiores paixões da criança feliz que fui.

A água escorre... Os amigos de infância começam a reviver em mim. Saem do meu coração e fazem uma alegre algazarra em meu cérebro. Lágrimas de felicidade, alegria e nostalgia escorrem de meus olhos e misturam-se à água da chuva que limpa meu espírito.

Certa vez vi uma entrevista do grande Chico Anísio em que ele afirmou que deveríamos nascer velhos e morrermos crianças. Concordo com o Chico. Que despedida da vida "melhor" eu poderia ter do que morrer jogando uma gostosa pelada no campo do Americano. Partir para a eternidade do infinito nada logo após fazer um gol, me sentir o próprio Mané Garrincha, meu grande ídolo quando criança, e morrer comemorando nos braços de amigos tão queridos. Ah, vida...

Zatonio Lahud

O primeiro Juízo Final do século XXI será hoje

É hoje! Acordei mais cedo hoje para curtir meu vigésimo nono dia do Juízo Final, que será às 18 horas, dormi feito um anjo, apesar de não saber como os anjos dormem e estou pensando onde vou assistir o espetáculo. Depois que o mundo acabar eu estarei aqui para narrar para vocês como tudo se passou.

O do ano que vem estou querendo assistir em algum país da América Central,lá vivia o povo maia, responsável pelo Juízo Final do ano que vem, vou comemorar condignamente já que será o trigésimo Apocalipse que vou presenciar.

Enquanto a hora do de hoje não chega ficarei por aqui, aporrinhando vocês com minhas brilhantes postagens. Agora me dão licença que vou ao trono divacagar, é...eu adoro divagar quando estou no banheiro e aposto que vocês também.

Tenham um excelente dia do Juízo Final. E juízo!

                                                       

Parabéns Dona Ida

Têm algumas coisas que emocionam a gente, não tem jeito. Ainda há pouco entro no Facebook e me deparo com uma foto de Dona Ida, completando 93 anos. Dona Ida é uma figura marcante lá de minha querida São José do Calçado, filha de família tradicional, era a telefonista da cidade quando eu era garoto- baixinho, pra ninguém ouvir: lá pelos inícios dos anos sessenta do século passado. Vocês não fazem ideia da luta que era dar um telefonema naquela época, levava-se horas para completar um interurbano e a pobre da Dona Ida tinha de ficar aos berros para ser ouvida do outro lado e completar a bendita ligação, sem falar nos braços, que deviam ficar doloridos de tanto rodar um raio de uma manivela que tinha no aparelho. Até hoje não sei pra que servia aquela geringonça.

Mas era engraçado, uma gritaria sem fim, e a cidade toda ouvia o que se falava. E quantas vezes atravessei o velho casarão em que morava, na companhia do Zé Antonio, meu xará e filho dela, que, infelizmente, já nos deixou, para pular o muro do campo do Americano e jogar bola lá. Tive uma infância feliz!

Parabéns Dona Ida! Um grande e saudoso beijo!

                                Dona Ida e sua filha Joana