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3 de outubro de 2016

Os donos da verdade são um saco

Coisa chata é ver gente culpando uma suposta "despolitização" da política pela derrota de seu candidato na eleição para eleger os novos prefeitos realizada ontem (02/10) em todo o Brasil. Como se o mundo girasse em torno de suas supostas verdades ideológicas. Isso é o cúmulo da arrogância e do autoritarismo, encobertos por um discurso aparentemente político correto. Saco. 

Os donos da verdade são um saco

30 de abril de 2015

Somos autoritários desde Cabral


Somos autoritários. Desde que Cabral aportou no Brasil, trazendo consigo o Absolutismo português. E a escravidão. Passamos dos títulos de nobreza do Império, para os coronéis-fazendeiros de patentes compradas na República que já nasceu Velha. Senhores da vida e da morte nos feudos que eram suas fazendas.
Somos autoritários desde sempre. Como não temos mais títulos de nobreza, nem vende-se mais patentes de coronel da Guarda Nacional, como os de cima podem continuar distinguindo-se da plebe ignara? Virando doutor. Qualquer diploma serve. E qualquer burro que tenha um acha-se superior. Conheço vários. Uma grande manada deles, para ser mais exato.
Reparem nos restaurantes. Os garçons (em geral nordestinos) tratam o cliente (os de cima) por "doutor". O que são empregadas domésticas (domesticadas?!) senão um resquício de nosso sistema escravista.
Diplomas... Diplomas... Não para saber. Não. Para ser superior. Doutores em autoritarismo é o que somos.
Construímos uma sociedade em que roubar do Estado- do que deveria ser de todos- não causa indignação. Mas a sexualidade alheia causa. Ninguém pede pena de morte para os grandes ladrões de dinheiro público. Nunca. Mas exigem o fuzilamento dos pobres, a ampla maioria negra, que cometam crimes. Qualquer crime. Os ladrões de alto coturno são "doutores". Merecem, inclusive, prisão especial". Afinal, são especiais em uma sociedade que guarda em seu "DNA" a memória da escravidão.

26 de janeiro de 2012

" O Doutor deseja mais alguma coisa?"

A Justiça no Brasil funciona mais ou menos assim:
Para os pobres: é sempre culpado, até que se prove o contrário. Para os ricos: é sempre inocente, mesmo que se prove o contrário.
Somos, em geral, autoritários com os mais pobres e submissos aos poderosos, vejam como os garçons tratam seus clientes: " O Doutor deseja mais alguma coisa?"
Por isto somos um país de bacharéis, mesmo que grande parte destes doutores sejam analfabetos funcionais. Valorizamos tanto a doutorice que se um "Dotô" comete um crime, por mais hediondo que seja, tem direito a prisão especial, um dos maiores absurdos jurídicos que já vi na vida. E louvamos os ladrões que ficam ricos roubando dinheiro público, os tachamos de espertos; para os pé-rapados exigimos pena de morte.
Somos ( sempre fomos! ) um dos países mais violentos do mundo e nos achamos um povo cordial, alegre, boa-praça e feliz. Construções culturais e ideológicas difíceis de serem superadas. Mas estamos caminhando, mais devagar que deveríamos, mas estamos.