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26 de dezembro de 2023

Reminiscências

 Reminiscências

No dia do Natal fiquei recolhido em casa. Passei o dia com pessoas muito queridas que já faleceram mas continuam vivas em meu coração.
"Vieram" todas me abraçar. Meus pais, meus avós, a tia Simoni, além de alguns amigos muito queridos que perdi- Zeca Lizador, Tíziu, Ronaldo Oreiudo, Mascarenhas, Carioca, Flávio, Orestes e tantos outros.
Alguns meses antes de morrer, conversando sobre vida e morte com meu avô Djalma, a grande paixão da minha infância, ele me olhou, uma profunda tristeza envolvia seus olhos, e me disse:
- Meu neto, eu já posso morrer, meus amigos quase todos se foram e não tenho ninguém mais para conversar comigo.
Disse a ele que ia ao banheiro e realmente fui, mas chorar...
Todas as r

25 de novembro de 2021

A casa da vó Nedina

 A casa da minha vó Nedina (Enedina) era feita só de amor. Dos tijolos, à pintura, aos pisos. Na casa da vó Nedina moravam ela, meu vô Djalma, a Geni, e todo o amor do mundo.

A casa da vó Nedina, minha avó materna, era uma morada simples, uma casinha sem luxos, com um imenso quintal. Mas a casa da vó Nedina era envolta no mais puro amor. Em nenhum outro lugar deste mundo eu me senti tão amado e feliz.

A casa da vó Nedina não existe mais... Nem os que a habitavam... Mas a casa da vó Nedina vai existir enquanto meu coração bater a imensa saudade que tenho...da casa da vó Nedina!

❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️


1 de julho de 2019

O avô do Gabriel morreu

O avô do Gabriel morreu
Zatonio Lahud

Estava fazendo uns alongamentos na Praia das Castanheiras ( Guarapari), após dar minha caminhada (ficar antigo é inevitável, ficar "empenado" é opção) quando chega uma moça (uns 30 anos) com seu casal de filhos. Gabriel, 8 anos, e Ana, 4 anos.
Gabriel pegou a bola que trazia e pediu à mãe pra chutar pra ele na baliza que estava perto onde eu fazia meus exercícios.
Não deu muito certo a tentativa do Gabriel. A mãe não tinha nenhum jeito para jogadora de futebol e a irmã se metia no meio da brincadeira.
Meio desolado, Gabriel, muito simpático, vira-se pra mim e diz:
- Quer brincar comigo? Você chuta e eu fico no gol!
- Tá bom!- disse eu.
E comecei a chutar para as defesas do Gabriel. A mãe foi brincar com a Ana na beira d´água.
O menino ficou radiante ao perceber que eu sabia chutar e pulava sem medo nas bolas por mim chutadas. Leva jeito, o Gabriel.
Após brincar por uma meia-hora, a mãe veio chamar o filho. Estava na hora de ir embora.
Antes, virou pra mim e disse:
- Obrigado por ter brincado com o Gabriel! Quem fazia isso com ele era o avô, meu pai, que morreu em um acidente de carro têm 3 meses. Ele sente muita falta do avô!- completou a mãe, com lágrimas nos olhos.
- Quantos anos seu pai tinha?- perguntei.
- Sessenta e dois!- respondeu a mãe.
- Da minha idade... Meus sentimentos- disse a ela.
Gabriel veio, me deu um abraço e foram embora.
Eu, lembrando de quando fazia o mesmo com meu filho (que era outro metido a goleiro) na Praia de Icaraí, em Niterói, também peguei o caminho de casa. Com os olhos úmidos. Pela perda do Gabriel e por saudade de meu filho. 

O avô do Gabriel morreu  Zatonio Lahud    Estava fazendo uns alongamentos na Praia das Castanheiras ( Guarapari), após dar minha caminhada (ficar antigo é inevitável, ficar "empenado" é opção) quando chega uma moça (uns 30 anos) com seu casal de filhos. Gabriel, 8 anos, e Ana, 4 anos. Gabriel pegou a bola que trazia e pediu à mãe pra chutar pra ele na baliza que estava perto onde eu fazia meus exercícios. Não deu muito certo a tentativa do Gabriel. A mãe não tinha nenhum jeito para jogadora de futebol e a irmã se metia no meio da brincadeira. Meio desolado, Gabriel, muito simpático, vira-se pra mim e diz: - Quer brincar comigo? Você chuta e eu fico no gol! - Tá bom!- disse eu. E comecei a chutar para as defesas do Gabriel. A mãe foi brincar com a Ana na beira d´água. O menino ficou radiante ao perceber que eu sabia chutar e pulava sem medo nas bolas por mim chutadas. Leva jeito, o Gabriel. Após brincar por uma meia-hora, a mãe veio chamar o filho. Estava na hora de ir embora. Antes, virou pra mim e disse: - Obrigado por ter brincado com o Gabriel! Quem fazia isso com ele era o avô, meu pai, que morreu em um acidente de carro têm 3 meses. Ele sente muita falta do avô!- completou a mãe, com lágrimas nos olhos. - Quantos anos seu pai tinha?- perguntei. - Sessenta e dois!- respondeu a mãe. - Da minha idade... Meus sentimentos- disse a ela. Gabriel veio, me deu um abraço e foram embora. Eu, lembrando de quando fazia o mesmo com meu filho (que também era goleiro) na Praia de Icaraí, em Niterói, também peguei o caminho de casa. Com os olhos úmidos. Pela perda do Gabriel e por saudade de meu filho.

19 de setembro de 2015

Discursos de Tia Dilma Sapiens fazem neto de meu amigo estudar

Discursos de Tia Dilma Sapiens fazem neto de meu amigo estudar

 Fazer o Bruno, neto de 8 anos de um amigo meu, estudar  era quase impossível. O pestinha é inteligente, simpático, folgado como ele só e detesta estudar. A mãe, também inteligente e esperta, acho uma maneira infalível de fazer o bichinho fazer seus deveres.
- Bruno, tá na hora de estudar!- diz a mãe.
- Num vô! Quero é ir pra casa de meu vô!- responde ele, que é apaixonado por meu amigo, o avô babão.
Ah, num vai mesmo- ralha a mãe- se não vai estudar, vai ficar em seu quarto ouvindo os discursos da Dilma.
-Tô indo estudar mãe...- diz o desconsolado Bruno, já a caminho de sua mesa de estudo.
Pátria educadora é isso.


2 de maio de 2015

Avô acolhe neto expulso de casa por ser gay e manda carta emocionante à mãe


Avô acolhe neto expulso de casa por ser gay e manda carta emocionante à mãe

Cara Christine,
Você me desapontou como filha. Você está certa sobre termos uma “vergonha na família”, mas errou sobre qual.
Expulsar seu filho de sua casa simplesmente porque ele disse a você que era gay é a verdadeira “abominação”. Uma mãe abandonar o filho é que “é contra a natureza”.
A única coisa inteligente que ouvi você dizer sobre tudo isso é que “não criou seu filho para ser gay”. Claro que não criou. Ele nasceu assim e escolheu isso tanto quanto escolheu ser canhoto. Você, entretanto, fez a escolha dele ser ofensiva, mente-fechada e retrógrada. Então, já que esse é um momento de abandonarmos filhos, acho que chegou a hora de dizer adeus a você. Sei que tenho um fabuloso (como os gays dizem) neto para criar e não tenho tempo para uma filha que é uma b. sem coração.
Se encontrar o seu coração, ligue pra gente. 
Dad

Amor de verdade não tem sexo. Parabéns a esse grande avô. Que seu exemplo frutifique.

24 de janeiro de 2014

Ser pai e ser avô

Ser pai e ser avô
Pai tem amar,
cuidar,
tratar,
brincar,
educar, 
dizer não...

Avô tem de amar,
paparicar,
dar "porcaria",
brincar,
"deseducar",
dizer sim...

Por isso dizem
os espertos netos:
Eu quero meu vô!
Já vô...

25 de outubro de 2013

Pai deu mole para filho inteligente e se ferrou

Pai deu mole para filho inteligente e se ferrou

O Bruno, 4 anos, é neto de meu amigo Saint-Clair Mello, pai do Pedro. Todos os três botafoguenses e umas figuraças, como podem constatar pelo caso abaixo.

Meu sogro chega de viagem e o levo para buscar as crianças na escola. Chegando lá o Bruno o recebe todo feliz e surpreso com a sua presença na porta da sala de aula. Eles não se viam desde fevereiro e a saudade era grande. O avô empolgado puxa o papo mas, pelo visto, não deveria...

- Cara, você cresceu muito!
- É, vô?
- Muito mesmo. E tá muito forte também, Brunão!

Sem perder tempo o moleque saca o braço direito, puxa a manga da camisa e faz o muque pro avô ver.

- Nossa...você tá muito forte mesmo!

Eu aproveito o gancho e mando.

- É...ele tá comendo bem pra caramba. Fala pro vô o que você tá comendo, filho.

- Unha!

14 de agosto de 2013

Cenas do dia-a-dia: moleque levado senta a mão em Toy

Cenas do dia-a-dia: moleque levado senta a mão em Toy
Próximo de minha casa tem um jardim de infância. Sempre via um moleque, por volta dos 3 anos, arrumando confusão com seu avô, que é quem quase sempre vem buscá-lo. Curioso, num desses dias perguntei ao avô porque seu neto- daqueles gorduchos socados, de cara-larga e simpática- estava empacado. Rindo, ele me disse: "É que ele está escolhendo o lado que quer ir embora, só vai por onde quer!"
Sai rindo e deixei os dois lá, devidamente empacados.
Ainda há pouco encontrei-os novamente e Toy, meu fiel companheiro, espaçoso como só ele sabe ser, foi logando pulando nas pernas do avô do Igor, pedindo carinho. Se danou! O "pestinha", achando que Toy queria morder seu avô, meteu a mão na cabeça dele. Um belo tapa. Toy deu um grunhido e veio logo se estabelecer entre minhas pernas, seu local preferido quando se sente ameaçado.
Rimos muito da cena, eu e o avô do Igor, o pestinha simpático. E corajoso.

15 de janeiro de 2013

Um texto emocionante de um neto que acabou de perder o avô


Como diz seu pai, Saint-Saint-Clair Mello, e fillho desse seu vô maravilhoso, minou água nos olhos por aqui. Meus sentimentos e guarde seu querido vô com carinho. Abraço( Zatonio Lahud )


Meu Vô inventor.

Meu avô foi um grande inventor de coisas. Não foi um cara criativo ou pensador. Foi um homem comum. Era prático e introspectivo, mas mesmo assim inventou muitas coisas. Não teve fama nem grana. Nem seu nome escrito na patente destas coisas, mas foi ele quem as inventou, garanto. 

Ontem, enquanto me despedia dele, fiz uma lista destas invenções fantásticas. Vejam que vocês conhecem todas elas. Foi o meu avô quem as inventou.

Foi meu avô quem inventou a bicicleta! Uma marrom da Monark. Ela tinha um selim com escudo do Botafogo e franjinhas pretas e brancas. Saia de casa com ele para o trabalho toda manhã. Também com ele vinha apontando na equina da rua às 17 h. Era hora de parar o futebol no quintal e tocar os vizinhos para suas casas pra ele entrar com a bicicleta sem sustos. Nunca tinha visto uma bicicleta tão bonita. Nunca mais vi uma bicicleta assim. Foi meu avô que fez.

Foi meu avô quem inventou o leste europeu! Nunca esteve lá ou em qualquer país europeu, mas no seu Atlas, com as pontas dos dedos, descortinou o ferro e inventou países que ainda não existiam. Foi assim que nasceu a Romênia do Drácula, a Hungria de Puskas e a Tchecoslováquia que tinha uma capital com nome do assistente de palco da Xuxa. Ninguém, nem eu nem meus primos, nunca ouvimos falar destes países até o meu avô tê-los inventado.

Foi meu avô que inventou o futebol arte! Nunca o vi jogar bola. Já era um senhor quando nos conhecemos. Mas o futebol arte também não nasceu de seus pés, mas de sua boca. Coisa de inventor. Foi ele que entortou as pernas do Mané, mitificou Pelé, emoldurou Nilton Santos, temeu Fontaine, idolatrou Paulinho Valentim, fez os gols do Quarentinha. Foi o Vô quem criou a folha seca e a bicicleta. Criou todos eles sentado em sua cadeira de balanço no quintal em Bom Jesus. 

Meu avô foi um homem comum exceto pelas coisas que inventou. Vi todas elas serem concebidas ali na minha frente. Vi todas elas nascerem. Nada disso existia antes do meu avô. Foi ele quem as fez pra mim.

Bjs, Vô!



Avô passeando com neto
                                                                                             

24 de outubro de 2012

Viva o Vô Beethovem

‎[Viva Vô Beethoven]
Pedro Neiva de Mello

Já munido de seus 96 anos, meu avô, saiu de casa para cumprir o ritual diário de conversar com os amigos no centro de convivência do idoso em Miracema - RJ, sua cidade. Foi com as próprias pernas, como sempre. 

Lá chegado se deparou com a notícia que haveria uma grande feijoada para eles. Bom de garfo salivou e prontamente foi buscar seu lugar à mesa quando lembrou que não poderia se esbaldar, pois lhe faltava ferramenta. Não foi um problema: passou a mão num lápis e papel e chamou um moleque de recados para cumprir a tarefa de fazer a mensagem chegar ao seu destino. Nada deve ter pago ao moleque pois sofria de pão-durice crônica.

Minutos depois a empregada de minha avó ouve alguém bater na porta de casa e vai atender. Chegando lá estava o moleque com o bilhete de meu avô que dizia : "Hoje é dia de feijoada, mande minha dentadura que eu esqueci."

O Vô Beethoven faleceu semana passada, era sogro de meu amigo Saint-Clair, pai do Pedro. Mas, é como sempre digo, ou li em algum lugar, um homem que deixa boas lembranças não morre.


O "Vô Beethoven" 
                                                                                  


                                                                                              


9 de março de 2011

Avôs e avós são os guardiões da liberdade dos netos

De ficar velho vou percebendo que as duas melhores coisas são ter tempo para não fazer nada ou fazer o que quiser no tempo que você determinar, e aqui precisamos  aprender a ser, nós, donos de nosso tempo, o que em geral as pessoas não sabem e não gostam pois, como ser livre, dá muito trabalho e fomos condicionados a entregar nosso tempo e nossa liberdade na mão de outrens: patrões, políticos, governos, etc.e ter tempo passa a ser quase um suplício para a maioria das pessoas que se aposentam; a outro coisa é ser avô, muito melhor que ser pai ou mãe, pois não demanda compromissos como " impor limites" aos rebentos, ao contrário, é arrebentar com os limites impostos pelos pais. Tenho uma profunda inveja, eu que sou um sem-neto, dos amigos que já têm os seus para babar e "estragar". E sinto uma profunda saudade de meu avô e de minhas avós, já que o meu avô paterno, de quem herdei o nome, não tive o prazer de conhecer.
Talvez seja por isso que avô rima com amor, pois são eles os verdadeiros anjos que nos acalentam, paparicam e protegem da "ditadura" paterna e materna. Avôs e avós são verdadeiros "anarquistas" a proteger a liberdade absoluta de seus netos. Que sejam eternos em nossos corações. Saudade!
avos

9 de novembro de 2010

Charles, Samantha e Charles novamente

Tá complicado, o mundo, vejam vocês, Charles Kane, cidadão britânico, casado e pai de dois filhos, encheu o saco de ser homem e resolveu virar mulher, gastou uma grana, tirou o pimpolho fora, botou uma perseguida novinha em folha e virou   Samantha Kane, casou-se novamente, agora com um homem e viveu assim durante sete anos; aí cansou de ser mulher- diz que não aguentava mais gastar dinheiro, dirigir mal, ter de sentar para fazer xixi, encher a paciência do companheiro discutindo relação, essas coisas de mulher- e resolveu voltar a ser homem. Nova operação, tirou a perseguida, agora já usada, e botou o pimpolho novamente.

Fico aqui imaginando- é claro que só pode ser besteira!- a família do futuro: o Charles tem um casal de filhos, vira mulher e tem mais dois filhos, passam-se os anos, ele volta a ser homem e tem mais um filho; anos depois reune-se a família, os filhos já casados. Charles agora é avô de dois netos de seus filhos quando era homem; e avó de outros dois, de seus filhos quando era mulher. O filho que teve no último casamento, quando nosso Charles era homem novamente, puxou o pai, mas precavido com a experiência do pai, virou travesti, e atualmente vive com seu namorado e a namorada deste, com quem tem uma filha. Ufa...me perdi...

Uma gracinha, o Charles, indo ao shopinng, com seus dois netos, duas netas e o outro neto, filho do seu filho travesti. Melhor parar por aqui, posso dizer besteira e a turma do politicamente correto pode achar ruim, já estão querendo até proibir Monteiro Lobato nas escolas. Algum tempo atrás um zangou comigo porque zombei de um cientista(?) que disse que o responsável pelo Efeito Estufa eram as vacas, por soltarem muita flatulência( peido senhores, flatulência é peido, mas não uso termos chulos aqui no blog, tá!); mas que é muita babaquice, lá isso é. Não sei como ainda não resolveram cair de pau no Machado de Assis, um mulato pernóstico, que abandonou os seus e se tornou o maior escritor do Brasil. Um absurdo...afinal se seu talento é reconhecido até pelas elites brancas, boa coisa não deve ser. Estão duvidando do que digo? Aguardem e verão. A burrice se espraia com a velocidade da luz.

Charles, com a mulher e como samantha
Charles novamente