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24 de janeiro de 2023

Lineu em plena forma

 Lineu em plena forma

Lineu é uma figura lendária e muito querida de São José do Calçado-ES, a cidade onde nasci. O homem nunca contou só uma mentira na vida!
Dias atrás, nosso herói sofreu um acidente em casa e ficou internado alguns dias em Cachoeiro.
Outro dia, em um grupo de amigos de Calçado no WhatsApp, meu primo Calinha disse que o Lineu ainda estava "fora de combate". Eis a resposta do Fabinho do Mané Luís:
- Lineu não está fora de combate nada!! Encontrei com ele aqui na loteria, ele veio logo falando:
- Fabinho, salvei mais de 10 vidas no hospital no período que fiquei lá!! Toda hora tinha um passando mal na enfermaria e eu tinha que correr para chamar o médico!! Não queriam nem me deixar sair de lá!!
A lenda voltou em plena forma, e mais viva que nunca!
😅😂😂😂🤣😅😂🤣

16 de novembro de 2022

A volta do Totó (II)

 Ligação do Totó

Totó, meu querido amigo de infância, que continua morando em São José do Calçado-ES, a cidade onde nasci, depois de um tempo sumido, reapareceu. Um gentleman, o bom Aristides.
-Bom dia, meu amado Aristides, como tá tu?!- atendo falando alto.
- Quem come tatu é teu cu! E amado são meus ovos, seu blogueirinho de merda! Tô achando que o Jilozinho tá certo quando diz que você "enviadou" depois que parou de beber. E não grita que não sou surdo, seu viado!
- Aristides, meu ser de luz, a que devo a honra de sua ligação?
- É que tem muito tempo que não falo com você e fiquei com saudade de te mandar tomar no cu. Vai tomar no cu, seu bloguerinho de merda!
E desligou... Embora não pareça, o Aristides é um doce de pessoa.

29 de novembro de 2019

Mais uma do Lineu, o homem que nunca mentiu

Lambari frito dentro do Rio Calçado
Lineu é uma lenda viva de São José do Calçado (ES), a cidade onde nasci.
A maior virtude do Lineu é a de, do alto de seus mais 70 anos, embora pareça ter uns 20 a menos, nunca ter mentido na vida.
Já passou na ponte que liga o Rio a Niterói quando a mesma ainda era de madeira ("de pau", segundo a terminologia "lineuliana"); é o feliz proprietário de um rádio tão antigo que quando ligado ainda é possível ouvir o grande Fiori Gigliotti narrando Brasil x Uruguai pela Copa de 1950; tem uma mangueira tão antiga no quintal de sua casa que tá tão terceira-idosa (dizer velho é politicamente incorreto) que pegou o mal de Alzheimer. Dá dando jabuticaba, goiaba,laranja, romã e até jaca, menos manga. Que foi?! Podem acreditar, nunca antes na história desse país houve um homem que nunca mentiu como o Lineu.
Um dia, lá pelos inícios dos anos 80 do século passado, estávamos bebendo no boteco do Zé Peres, que ficava próximo ao Rio Calçado, quando chega o Lineu com um embornal cheio de lambaris já fritos. Fomos experimentar e não tinha tempero nenhum nos bichos, que nem limpos haviam sido.
Lineu riu e explicou: -Gente, eu tava roçando o pasto lá de casa (que fica perto do boteco) e tá um calor de rachar o lombo! Resolvi dar um mergulho no Rio pra refrescar... Mas eu tava tão quente, mas tão quente, que quando entrei n'água ela ferveu e fritou os lambaris que estavam à minha volta! Agora é só temperar e comer!
Jilozinho, depois de ouvir atentamente o Lineu, deu uma generosa beiçada no copo de pinga e disparou: - Lineu, vai mentir assim lá puta que te pariu! Você trabalhando é a maior mentira que já ouvi na vida! No sol quente então...
Gargalhada geral no recinto.
E assim, junto a amigos queridos, passei alguns dos melhores momentos de minha vida.

Lambari frito dentro do Rio Calçado  Lineu é uma lenda viva de São José do Calçado (ES), a cidade onde nasci. A maior virtude do Lineu é que, do alto de seus 73 anos, embora pareça ter uns 20 a menos, nunca mentiu na vida. Já passou na ponte que liga o Rio a Niterói quando a mesma ainda era de madeira ("de pau", segundo a terminologia "lineuliana"); é o feliz proprietário de um rádio tão antigo que quando ligado ainda é possível ouvir o grande Fiori Gigliotti narrando Brasil x Uruguai pela Copa de 1950; tem uma mangueira tão antiga no quintal de sua casa que tá tão terceira-idosa (dizer velho é politicamente incorreto) que pegou o mal de Alzheimer. Dá dando jabuticaba, goiaba,laranja, romã e até jaca, menos manga. Que foi?! Podem acreditar, nunca antes na história desse país houve um homem que nunca mentiu como o Lineu. Um dia, lá pelos inícios dos anos 80 do século passado, estávamos bebendo no boteco do Zé Peres, que ficava próximo ao Rio Calçado, quando chega o Lineu com um embornal cheio de lambaris já fritos. Fomos experimentar e não tinha tempero nenhum nos bichos e nem haviam sido limpos. Lineu riu e explicou: -Gente, eu tava roçando o pasto lá de casa (que fica perto do boteco) e tá um calor de rachar o lombo! Resolvi dar um mergulho no Rio pra refrescar... Mas eu tava tão quente, mas tão quente, que quando entrei n'água ela ferveu e fritou os lambaris que estavam à minha volta! Agora é só temperar e comer! Jilozinho, depois de ouvir atentamente o Lineu, deu uma generosa beiçada no copo de pinga e disparou: - Lineu, vai mentir assim lá puta que te pariu! Você trabalhando é a maior mentira que já ouvi na vida! No sol quente então... Gargalhada geral no recinto. E assim, no meu de amigos queridos, passei alguns dos melhores momentos de minha vida.

10 de maio de 2014

Lá em São José do Calçado ninguém mente- muito menos o Lineu e o Zé Paraná

Lá em São José do Calçado-ES , a cidade onde nasci, ninguém mente, mormente o Zé Paraná e o Lineu. Ambos afirmam já ter passado na ponte Rio-Niterói quando a mesma era de madeira. Tocando uma boiada. Têm fotos do evento e tudo.
Uma noite estávamos bebendo no Bar do Conrado, quando o Lineu começa a contar o caso do chute mais forte que um homem já deu. Desferido por ele, claro.
O petardo teria ocorrido no campo do glorioso Fazenda Velha, em um confronto entre o time da casa- que jogava no “prego”- e a valorosa equipe da Vala.
Jogo duro, o pau-quebrando ( literalmente ), quando sobra uma bola quicando na marca do pênalti. Lineu, com toda a categoria que Deus não lhe deu, encheu o pé na pelota com uma potência inimaginável para nós, pobre mortais!
A bola, atingindo velocidade próxima à da luz, tamanho foi o vigor do chute desfechado por nosso herói, explode no peito do goleiro- que, com a força do impacto, expele um de seus pulmões.
Silêncio no recinto...
- Então você matou o goleiro?!- indaguei, perplexo e depois de respirar fundo.
- Matou uma ova!- o goleiro era eu, que continuei jogando só com um pulmão. O outro guardei no embornal e depois botaram o danado no lugar lá no hospital- diz, impávido, o Zé Paraná.
- Nunquinha que o Lineu ia fazer gol “nimim”!- gabou-se o Zé, muito do sério, encerrando o assunto.
E assim eu “ganhei” muitas noites de minha vida. Ouvindo as mais verdadeiras verdades e bebendo com amigos queridos. Ah, e incapazes de mentir!

São Jose´do Caldo-ES

4 de fevereiro de 2013

Histórias engraçadas de São José do Calçado


Seu Jovelino e Pedro Teixeira

Pedro Teixeira, grande figura humana, escritor, jornalista e boêmio, havia se mudado para o Rio. Tempos depois volta a Calçado e encontra-se como seu Jovelino Tatagiba, já um tanto ou quanto surdo devido ao avançar da idade. E dá-se o seguinte diálogo:

- Oi, seu Jovelino, tudo bem com o senhor?
- Indo...Você tá trabalhando em que no Rio, meu filho?
- Sou jornalista- responde Pedro.
-Não, meu filho, farrista você já era quando saiu daqui, perguntei qual seu trabalho?

Zezé Borges e Alcebíades Gonçalves

Seu Alcebíades havia comprado uma fazenda vizinha à Fazenda Velha, de propriedade de Zezé Borges, pai do Antonio Borges e avô do Juquita e do Saragaia. Muito caprichoso, havia deixado a fazenda um brinco. Na divisa das fazendas havia uma nesga de terra ainda virgem chamada Matinha, que pertencia a seu Zezé, que já estava bem idoso. Um dia encontram-se os dois fazendeiros na bela praça de Calçado e dá-se o seguinte diálogo:

- Zezé, você não quer me vender a Matinha?
- Quero não, Alcebíades!
- Mas é só um pedacinho de terra à toa?
- E pra que você quer?
- Prometo que vou manter como está, é só pra enfeitar minha fazenda, eu arrumei ela toda, viu como ficou?
- Vi, você é muito caprichoso e trabalhador...
- Então, vai me vender?
- Não, mas se é só pra enfeitar, pode dizer a todo mundo que é sua que eu confirmo, só não te dou a escritura!

Adelino Tatagiba e Tonico

Um sujeito havia comprado umas terras vizinhas à Fazenda de Adelino Tatagiba lá pelas bandas de São Benedito, se não me engano. Surgiu um boato que o tal cidadão, que tinha fama de bravo, andava mudando a cerca que dividia as terras dele e do Adelino, que também era bravo. Um belo dia, na porta da Casa Libaneza, meu pai, Tonico, que adorava uma molecagem, encontra com Adelino e provoca:
- Adelino, tão dizendo que o fulano anda invadindo suas terras, você vai deixar por isso mesmo?
- Antonico, disse ele, puxando sua  calça com os cotovelos como era de seu feitio, mexendo na cerca ele tá, mas se chegar nas minhas terras eu encho a cara dele de tiro na hora!

Altanor e Jilozinho

Altanor era um severo professor de matemática. Prova oral. Ele, sério e compenetrado, pergunta ao Jilozinho:

- Ricardo, dezena dezoito, quais seus seus vizinhos?
Jilozinho, com sua cara larga e cínica manda, com a maior certeza do mundo:

- Essa é mole, "fessor"! Do lado esquerdo o Jamil da Verconda, do lado direito o Mané Luís!
Dizem que para preservar sua sanidade mental, o pobre Altanor o aprovou.