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26 de novembro de 2012

Grande promoção: Black Friday de dentaduras


Entonces!? Lá em São José do Calçado ( ES ), onde nasceu o mais inteligente, gostoso, bonito e humildoso homem que já habitou este planeta, euzinho aqui, os políticos recorriam a várias formas de comprar o voto de seus eleitores: uns davam sapato, mas só um pé, o outro só se fosse eleito; outros notas de dinheiro, mas pela metade, a outra parte só se fossem eleitos; o mesmo ocorria com as dentaduras, o eleitor ficava com a dentição de baixo e só levava a de cima se o canalha de seu candidato se elegesse.
Ah, e os defuntos cumpriam religiosamente seu sagrado direito democrático de eleger seus representantes. Todos votavam, sempre no candidato da situação. Defuntada reacionária!

24 de outubro de 2012

Viva o Vô Beethovem

‎[Viva Vô Beethoven]
Pedro Neiva de Mello

Já munido de seus 96 anos, meu avô, saiu de casa para cumprir o ritual diário de conversar com os amigos no centro de convivência do idoso em Miracema - RJ, sua cidade. Foi com as próprias pernas, como sempre. 

Lá chegado se deparou com a notícia que haveria uma grande feijoada para eles. Bom de garfo salivou e prontamente foi buscar seu lugar à mesa quando lembrou que não poderia se esbaldar, pois lhe faltava ferramenta. Não foi um problema: passou a mão num lápis e papel e chamou um moleque de recados para cumprir a tarefa de fazer a mensagem chegar ao seu destino. Nada deve ter pago ao moleque pois sofria de pão-durice crônica.

Minutos depois a empregada de minha avó ouve alguém bater na porta de casa e vai atender. Chegando lá estava o moleque com o bilhete de meu avô que dizia : "Hoje é dia de feijoada, mande minha dentadura que eu esqueci."

O Vô Beethoven faleceu semana passada, era sogro de meu amigo Saint-Clair, pai do Pedro. Mas, é como sempre digo, ou li em algum lugar, um homem que deixa boas lembranças não morre.


O "Vô Beethoven" 
                                                                                  


                                                                                              


17 de setembro de 2012

A Barganha

Davi era protético em São José do Calçado, um dia me chega o Cibidão reclamando que sua dentadura estava machucando suas gengivas. Davi, prontamente, o senta na cadeira, retira a dentadura, pergunta onde machucava e lixa a bicha, depois a recoloca na boca de seu atarantado cliente e pergunta se o serviço ficou bom: "Não, continua doendo", responde o Cibidão, um negão afrodescendente de seus metros e noventa e poucos. O pobre do Davi, já quase bêbado com o bafo de cana que Cibidão exalava de sua bocarra, retira novamente o apetrecho, repete o procedimento e retorna com a dentama ao seu local de origem. De nada adiantou, Cibidão continuava sentindo dor.
Davi, então lhe pergunta:
- Ô, Cibidão, quem foi que fez essa dentadura procê!?
- Foi feita pra mim não, eu peguei ela numa barganha por uma mula!
Fui...