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20 de janeiro de 2015

Estou deserto

Humanidade

Estou deserto
De futuro
Vagueio pela areia seca
Por caminhos incertos
À procura de um oásis
Que disseram-me
Chamar-se Esperança

É nele que encontrarei
O futuro de uma humanidade
Menos violenta e individualista
E mais justa e solidária
Mas estou perdido
Só vejo areia e miragens...

27 de junho de 2013

Diários de amor perdido XIII - João José de Melo Franco

Um dos mais belos poemas que li nos últimos tempos. Fantástico.

Diários de amor perdido XIII - João José de Melo Franco

Ele esperou… 
Tanto, tanto, tanto… 
E esperou de tal modo, 
como se fora sua sina e o mais íntimo fado, 
que não mais lembrava quantas vezes virara a ampulheta.

E a virara tanto, tanto, tanto… 
que apagou a hora e afastou o pranto, 
até se transformar no girar dessa ampulheta e, depois, 
na areia que caía e recaía e, finalmente, 
no deserto de onde trouxeram a areia.

Assim, homem-deserto, 
na mais negra de suas noites, 
fitou perplexo a abóbada repleta de astros, 
onde divisou as constelações copulando há bilhões de 
anos, 
muito antes da espécie humana florescer sobre a terra, 
então imarcescida…

Assim, homem-deserto, 
entendeu, pela primeira vez, que a vida é portal e passagem 
e, por isso, já passado… 
Que do passado a saudade nos aferra e aprisiona 
e o tempo é seu cárcere.

Todos os homens do mundo já foram esse homem.


João José de Melo Franco nasceu em Barretos, São Paulo, em 1956, e hoje, reside no Rio de Janeiro. É poeta, tradutor, publicitário, cineasta e editor, e estreou, em 1979, com o livro Primeira Poesia. Depois publicou Esse Louco Desejo (1980) e Amor Perfeito (1984). Em 2006, depois de 20 anos afastado do mercado editorial, publicou O Mar de Ulisses, pela Ibis Libris Editora. Em 2010, publicou Pequeno Dicionário Poético.

4 de fevereiro de 2012

Nem ao menos um verso

Sou alma partida
Confusa difusa
Exacerbada paixão
Que me importa a solidão?!
Sou denso...sou tenso
Sou imenso em sentimento
Que me importa a dor?!
Eu voo como beija-flor
Sou infinito
Mas a saudade tua doi
O coração palpita
Os olhos escorrem lágrimas fugídias
Mas sigo caminho incerto
Que seja rumo ao deserto
Seguindo um enxame de gafanhotos
A morte
Vai me encontrar ao norte
E não haverá mais dor
E não haverá mais excesso
E não haverá mais saudade
Nem ao menos um verso restará
Serei nada
O que me importa?!
Vivi...errei...amei...

9 de abril de 2011

Bêbado consegue derrubar a única árvore do deserto

A árvore do Ténéré, uma acácia que ficava no Ténéré, região do deserto do Saara, era considerada a árvore mais isolada do mundo, sendo a única em um raio de 200 km. Era, pois em 1973 foi derrubada por um motorista de caminhão líbio que se encontrava completamente embriagado e, no meio de milhões de quilômetros quadrados de areia, conseguiu acertar a única árvore que havia por lá. Bêbado só faz merda...mesmo!
E a palavra Ténéré, consegue ser oxítona, paroxítona e proparoxítona; Saint-Clair e Maria Lúcia Marangon: Socorro!!!
Quem quiser mais detalhes vá em Wikipédia