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23 de março de 2021

Foram homens insones que criaram os deuses

 Foram homens insones que criaram os deuses. É na solidão da madrugada, quando o sono se vai, que nos defrontamos com nossa frágil pequenez. As culpas, arrependimentos e tristezas mais profundas afloram da lixeira da consciência. Dor. Alma lancetada. Desespero. Precisamos de alguém mais forte para nos punir, consolar e perdoar. Um ser infinito, eterno, narcísico, poderoso, imune às culpas, onisciente diante de nossa inconsequência. Eterno e todo poderoso, como gostaríamos de poder ser. Ditadores do destino. Não dores e desatino.

É na solidão da madrugada que nos defrontamos com nós mesmos. E por insuportável culpa, numa madrugada qualquer, surgiu a metafísica. E com ela o primeiro Deus. E o homem, rosto banhado em lágrimas, se ajoelhou e rogou ao senhor eterno que criou: Me perdoe! Me salve!
E o sono voltou...
Zatonio Lahud, inverno de 2013
😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇😇

18 de março de 2015

Eu nunca quis ter razão

Eu nunca quis ter razão
As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras. (Nietzsche)

Eu nunca quis ter razão
Só sempre quis
Ter o sagrado direito
De discordar
Dos que dizem ser donos da razão
De questionar suas
Quase sempre
Irracionais e totalitárias razões
Ideológicas ou religiosas

Gente que invariavelmente
Explora a boa-fé do povo
Prometendo-lhe salvação
Espiritual ou terrena

 Eu nunca quis salvar ninguém
Prefiro dar às pessoas direito à educação
E assim poderem salvarem-se por si próprias
E não precisarem ser guiadas como manadas
Por homens e deuses autoritários e sanguinários.

12 de janeiro de 2015

Não quero e não aceito vossa liberdade

Não quero e não aceito vossa liberdade

A única liberdade que me oferecem, os fanáticos religiosos e seus deuses intolerantes e sanguinários, aliados aos fanáticos ideológicos e seu futuro e inexequível paraíso terrestre, é a de pensarem por mim através do terror e do medo.
E eu vos digo: não quero, não aceito...

6 de dezembro de 2014

Nem o Apocalipse é mais o mesmo

Nem o Apocalipse é mais o mesmo

Bem, nem o Apocalipse é mais o mesmo, antes ele viria através da ira de algum Deus desses únicos ( são vários o único Deus ) que vagam pelo mundo; agora, pelo que ando lendo, o Apocalipse também virou tema da ciência, toda semana um cientista anuncia que um meteoro vai destruir à Terra.
Besteira deles, enquanto o imortal Zé Sarney não morrer, nada nos atingirá.

5 de novembro de 2014

Um poema sobre as divindades do Poder Judiciário



Um poema sobre as divindades do Poder Judiciário
Um juiz de direito
Dirigia com o carro
Todo errado
Foi parado numa blitz
Para ver se não estava 
Dirigindo embriagado
Cheio de petulância
Discutiu com a agente
Que do caso cuidava
A moça desavisada
Disse ao magistrado
Que ele era apenas um juiz
E não um Deus
O homem que deveria
Ser da lei
Não gostou de ter
Sua deidade questionada
E na Justiça contra a agente
Que tão grave ofensa
Contra ele assacou 
Solenemente entrou
Um desembargador
Que não acha que é Deus
 Mas tem a mais plena das certezas
À funcionária de tão grave desacato
Sem pestanejar condenou
Dizendo em sua sentença
Que ela de Deus zombou
E a divindade do magistrado confirmou
Diante de tanto abuso de poder
Dos deuses do judiciário
Só resta ao nosso povo orar
E perante eles
De joelhos se prostrar
Mas alguns 
Como eu
Que são indignos ateus
Preferem contra a covardia
Dos falsos deuses se indignar
E à pobre agente
Que cumpria seu dever
Poeticamente apoiar...



13 de maio de 2014

Onde estão vossos deuses?

Onde estão vossos deuses?
O dorso nu.
A pele negra
brilha sobre o
sol escaldante

Está acorrentado
ao tronco
o negro homem

O chicote sibila
no ar e rasga
a pele- dor lancinante!
Uma.... duas...trinta vezes...
O sangue escorre.
Vermelho,
como o meu
o seu
o do feitor
e o de seu dono.
Não soltou um ai.
O suor escorre
misturado ao sangue,
o corpo desfalecido
acorrentado ao tronco.
Onde estão vossos deuses?
Onde está vossa humanidade?
Mais no chicote que no tronco,
que acolhe o corpo torturado.
Precisamos aprender a ser troncos,
rijos e acolhedores.
É um longo caminho, pegajoso,
pelo sangue que brota
de corpos inocentes,
vítimas de homens e deuses
covardes e indecentes!

16 de fevereiro de 2014

Depois de ver cariocas implorando por chuva já posso morrer

Depois de ver cariocas implorando por chuva já posso morrer
http://cadeiranteemprimeirasviagens.wordpress.com/

É, o mundo mudou mesmo, e muitas vezes para pior, muito pior...
Depois de estar vendo cariocas implorando por chuva, nada mais, acho!, pode  surpreender-me neste mundo de Deus, Alá ou Jeová... Só espero que o Buda, ou os 33 milhões de deuses do hinduísmo não me apareçam aqui para reclamar por não os citar. Sem falar nas entidades das religiões afros.
Eu quero chuva!!!

21 de novembro de 2013

Um Mozart de sangue

Um Mozart de sangue
"É uma sabedoria básica: Onde quer que a multidão vá, corra na outra direção. Eles estão sempre errados. Por séculos estiveram errados e sempre estarão errados."

__________________________Charles Bukowski.

Não adianta provar ou argumentar
Multidões não são racionais
Precisam acreditar...

Deem-lhes deuses
Para se prostarem
Deem-lhes profetas
Para ensandecerem o rebanho
Deem-lhes uma ideologia
De preferência bem tosca
E eles virarão os mais puros 
E loucos assassinos

Música! Música! Música!
A musa música...
Ouçam o tropel
Um Mozart de sangue
Se aproxima...

16 de outubro de 2013

A violência pela violência

A violência pela violência

Black Block; torcidas organizados; o trânsito; as lutas do UFC; milícias controladas por agentes do Estado que cobram o que já são pagos para fazer e não o fazem por omissão de seu patrão, além de exerceram atividades ilegais nas comunidades que controlam; o próprio Estado, em geral corroído pela corrupção. Tempos violentos. De desesperança. De pragmatismo capitalista, também intrinsecamente violento. Excludente e autoritário.
A violência pela violência. É preciso destruir o futuro... Não há futuro em tempos digitais. Tudo é infinitamente veloz. Passado, presente e futuro se misturam ao sabor de um click. Resta-nos tentar destruir o que nos escraviza, controla e pune.
Talvez a violência seja a maior prova de humanidade que nos restou. Foi ela que nos fez sobreviver como espécie. A natureza é violenta. A sobrevivência uma guerra diária. O Estado é a mais violenta criação da humanidade. Quando autoritário, excludente e corrupto, como o nosso, pior ainda, resta-lhe a violência pura e simples para se impor sobre seus vassalos.
Mas sobreviveremos, a história da humanidade é a história da violência. Admiramos os conquistadores. Nossos heróis são os que se impuseram sobre o "inimigo'. Todos assassinos cruéis. Louvamos ditadores; criamos deuses onipotentes e cruéis- espelhos do que somos.
Na verdade, continuamos sendo simplesmente humanos e violentamente desumanos. Nada de novo. Só que com maior rapidez e violência. O futuro... Passou.

14 de setembro de 2013

Foram homens insones que criaram os deuses

Foram homens insones que criaram os deuses
Foram homens insones que criaram os deuses. É na solidão da madrugada, quando o sono se vai, que nos defrontamos com nossa frágil pequenez. As culpas, arrependimentos e tristezas mais profundas afloram da lixeira da consciência. Dor. Alma lancetada. Desespero. Precisamos de alguém mais forte para nos punir, consolar e perdoar. Um ser infinito, eterno, narcísico, poderoso, imune às culpas, onisciente diante de nossa inconsequência. Eterno e todo poderoso, como gostaríamos de poder ser. Ditadores do destino. Não dores e desatino.
É na solidão da madrugada que nos defrontamos com nós mesmos. E por insuportável culpa, numa madrugada qualquer, surgiu a metafísica. E com ela o primeiro Deus. E o homem, rosto banhado em lágrimas, se ajoelhou e rogou ao senhor eterno que criou: Me perdoe! Me salve!
E o sono voltou...

7 de agosto de 2013

O burro animal e seu genérico humano

O burro animal e seu genérico humano

O burro animal, zurra, empaca e dá coice.
O burro humano, leva coice, abaixa a cabeça, mas segue seguindo os que o maltratam, humilham e são responsáveis por sua ignorância e miséria- espiritual e econômica. Como se não bastasse, ainda se ajoelham perante deuses que lhes são impingidos pelos de cima, os ditos inteligentes. São mais burros, os genéricos humanos, que os burros originais. E são vasta maioria. Os humanos, burros.
Eu, como sabem, estou evoluindo, não sou mais um burro, sou só burrinho.

19 de fevereiro de 2013

Mas por ti me ajoelho

Homem humilhado- Interrogações
Uns veneram deuses metafísicos.
Outros, deuses humanos.
Ambos são desumanos.
Impiedosos em volúpia de poder.
Escolhi descrer. De tantos, ambos.
Jamais me ajoelharei ou louvarei
deuses nenhuns.
Mas por ti me ajoelho. E rogo perdão.
Homen vão. Que se ajoelha em vão.

15 de dezembro de 2012

Onde estava Deus na hora da matança das crianças americanas?

Vinte e seis mortos. Vinte delas crianças. À queima-roupa. Onde estavam seus anjos da guarda? Onde estava Deus? Ah, dirão os crentes, ele nos deu o livre-arbítrio...Mas, como assim? E o livre-arbítrio dos assassinados? Queriam eles ser mortos? O livre-arbítrio de um se sobrepõe ao de muitos?
Respeito a fé de todos, mas não me peçam para acreditar em deuses que permitem, e toleram, monstruosidades dessa monta.
Eu era jovem, criança ainda, quando um gato comeu dois passarinhos que amava. Ao ver as penas deles espalhadas pelo chão, chorei. Muito. E, no quarto, fiquei pensando: se Deus é tão poderoso, por que fez um mundo em que para se viver, temos de comer uns aos outros? Uma matança diária sem-fim.
Ninguém nunca me explicou. Uns diziam: "É a vontade dele que seja assim". Outros: "São insondáveis os caminhos do senhor."
Desisti... De procurar explicações e de crer em um ser tão sanguinário e sádico. Mais tarde fui descobrir que Deus tinha rivais. Outras religiões. Iguais, em sangue.

A nova matança está aqui O Globo.com

3 de dezembro de 2012

Talvez a única fotografia de escravos em um navio negreiro

Como somos capazes?
Com que direito se não o da ignomínia!?
Que malditos deuses inventamos que permitem coisas assim?
São cegos, vossos deuses?
Ou surdos?
Ou serão sádicos?
Covardes, certamente são.

 ÚLTIMA E TALVEZ A ÚNICA FOTOGRAFIA DE UM NAVIO DE TRÁFICO NEGREIRO,EXECUTADA PELO FABULOSO MARC FERREZ!!!DETALHES CURIOSOS:O NAVIO ERA FRANCÊS E A FOTO FOI FEITA DE FORMA CLANDESTINA...

16 de novembro de 2012

Recolham os Cadáveres

discutimos pelos outros
matamos por poderes insanos que a homens pérfidos outorgamos
entregamos nossas vidas às mãos de tiranos,
que prometem nos salvar do mundo
nos cobrirão de glórias se os seguirmos servis
profetas,
os arautos da aurora de nossa liberdade mouca
e marchamos por eles que nos fazem livres de nossos fantasmas
anunciadores do paraíso? 
vendem fé,
compram a liberdade
que vendemos com a certeza inaudita de estarmos livres
ser livre é açoitar a alma
melhor crer,
ajoelhar perante deuses
crer na liberdade dos proxenetas da verdade iluminada
recolham os cadáveres,
cavem covas rasas para enterrar a imundície dos que ousam não serem livres
dos que ousam negar,
a alvorada!
morte aos fanáticos que não creem no paraíso
aos questionadores niilistas...
reduzam-nos ao nada de seu ceticismo infame
sejam livres,
matem-nos!
por sua sanidade
por nós,
que os guiamos.

                                                                           



1 de novembro de 2012

Não há nada depois do fim

o sono, foi-se
ou não veio
ou veio e foi-se
não sei...

na janela fumo um cigarro
olho o céu e divago
a fumaça rodopia
e toma o rumo do infinito
funde-se ao nada

converso com deuses inexatos
sobre a inconsequência de seus atos

na calçada vejo um rato
revolve o lixo

palavras chocam-se em minha mente
pergunto aos deuses por que são tão doentes

um diz-me que sou insolente
outro ri, benevolente

sadismo latente!

o cigarro está chegando ao fim
tudo um dia chega ao fim

e renasce indiferente aos deuses
que nos atormentam

não há nada  depois do fim
no início haviam deuses.

                                                                       

31 de outubro de 2012

Vade Retro Homo Sapiens

Eu já vi saci pererê
E mula sem cabeça
Com estrela na testa
Já até corri de lobisomem

Mas tenho medo mesmo
É do tal bicho-homem
Que é pior que qualquer assombração

Mata para roubar
Rouba para enriquecer
E vende su'alma por poder

Inventa deuses
Para o perdoar
E suas ignominias justificar

Vade Retro Homo Sapiens!



                                                                               



25 de setembro de 2012

A Liberdade é Solidária e Solitária

vivemos tempos de homens medíocres
incapazes de enxergar um palmo além da própria ideologia
que defendem a liberdade desde que seja a sua liberdade

a liberdade sem grilhões que a aprisionem
é sempre a liberdade do outro
se todos concordarem com o que digo
nunca seria livre

jamais acreditei em messias ou messianismos
sim, sou cético
não acredito em guias geniais ou pais do povo
sou órfão de deuses espirituais ou humanos
todos carregam milhões de cadáveres em seus ombros
para nos imporem sua farsesca liberdade

a vida é muita curta para que me guiem
prefiro errar sozinho
por minha conta e risco

a liberdade é antes solidária e solitária...


                                                                                            

24 de agosto de 2012

Sou egoísta

sou egoísta
não sigo multidões
sou egoísta
não acredito em deuses
sou egoísta
tenho horror a profetas
sou egoísta
não acredito em governos
sou egoísta
não creio em líderes carismáticos
sou egoísta
gosto de solidão
sou egoísta
mas tenho em mim todo o sentir
e me basto. Sou egoísta...

                                                                       

6 de agosto de 2012

Não quero ser salvo

Eu, que já fui rijo como carvalho
Machuquei-me tanto
Que choro saudades
Como gotas de orvalho

Fiz da vida um grande aventura
Colhi algumas venturas
Outras tantas desventuras

Mas não tenho medo de sofrer
Tenho pânico do não viver
Prefiro a solidão
A seguir néscias manadas
De homens e seus deuses
De reduzir minha mente a ideologias
De profetas que virão me salvar

Não preciso de ditadores
Para me ditar dores
Me dito as minhas

Não quero ser salvo
Não creio em vossos paraísos
Não preciso de vossas iníquas verdades

Vade retro...

Guernica- Pablo Picasso