O triste fim de um boêmio

O triste fim de um boêmio...

Estava na fila da carne no mercado, na dos terceiros-idosinhos, e quando dou por mim estou trocando receita de bolo de carne com a simpática "menina" que estava à minha frente.
Ela me disse que tem 83 anos, mas como mulher sempre diminui umas duas décadas na idade,suspeito que minha companheirinha de fila já passou dos 100...
Vim pra casa rindo de minha desdita. Logo eu, pinguço afamado tempos atrás, e um boêmio jurado e sacramentado nos melhores botecos e prostíbulos de Niterói e Rio, trocando receita de bolo de carne com uma senhorinha em uma fila de idosos em um mercado de Brasília.
Ahhh...Também fiz mais esbórnia que uns.. uns... uns... um monte juntos!

Sou um terceiro-idosinho encrenqueiro e folgado

Sou um terceiro-idosinho encrenqueiro e folgado!

Faz pouco fui no mercado. Vou comprar carne e vejo uma bela fila (hoje é dia de promoção). Na fila tinham várias terceiras-idosinhas, as nossas simpáticas ex-velhinhas, que adoram uma fila para poderem fofocar à vontade.
Cheguei e, como um terceiro-idoso novato e rebelde, entrei na frente de todo mundo, e fui logo falando pro simpático corintiano que me atende: "Aqui agora é a fila da terceira-idade, me vê 1 quilo de patinho moído!"
Logo tinha umas 8 ex-velhinhas atrás de mim, uma delas, com uns 90 anos, suspeito até que estava me paquerando...

Fiz 60 anos e fiquei um nojo

Eu, que já era folgado, agora que fiz 60 anos e estou protegido pelo Estatuto do Idoso, tô um nojo! Confusão em fila então, arrumo uma todo santo ou ateu dia! 

Exclusivo: foto de desempregados do PMDB na fila do seguro desemprego

Com a saída do PMDB do governo de Tia Dilma Sapiens, milhares de filiados do partido ficaram sem suas boquinhas. 

O resultado da decisão do PMDB foi um crescimento expressivo do desemprego no País- que, aliás, vá vinha em curva ascendente.

Na foto uma fila exclusivamente de peemedebistas desempregados pleiteando receber o seguro desemprego. 

Vão continuar mamando nas tetas da Viúva por mais um tempo... Depois Michel Temer, o vice-presidente do PMDB, assume a Presidência no lugar da Tia e eles voltam a mamar, mas com muito mais prazer e vigor! 

Pobre Brasil...

Tá feia a coisa para Eike Batista- o novo pobre emergente mais famoso do Brasil

 Tá feia a coisa para Eike Batista- o novo pobre emergente mais famoso do Brasil. Ele foi visto na fila para o almoço de um dos restaurantes populares criados pelo Garotinho, que servem comida a R$ 1,00 no centro do Rio.
Tadinho do Eike... 

Vai ser mais um lindo e produtivo dia de fila

Morrer não é bom, mas tem lá suas vantagens: você não vai mais precisar fazer barba, cortar cabelo, escovar dente, passar fio dental, tomar banho, fazer cocô, limpar o mesmo, discutir relação, casar, separar, casar de novo, pagar pensão, pagar imposto, fazer regime, trabalhar, enfrentar fila... Melhor parar. É tanta coisa chata que não vai ter de fazer, que pode estar pensando em se suicidar. Mas viver é ótimo! Amanhã mesmo vou ao dentista, depois ao banco, depois à Receita Federal e ao INSS... Vai ser mais um lindo e produtivo dia de fila!... Fila, não, vida!

A fila que anda

 A fila que anda

Enganam-se os que acham que a conquista é uma parte finita do amor. Talvez ela seja a parte mais importante de um relacionamento de sucesso. É o que mantém acesa a vontade de ir sem mais voltar.

Deve ter sua dose diária de imposição sutil. Poesias diárias são sonhos impossíveis. Não é necessário que se tenha jantares românticos todas as semanas. Ou que todos os meses se vá ao cinema. Nem sequer que se ganhe alianças de prata todos os anos.

A conquista se dá no ouvido atento ao outro. No cafuné feito de maneira inesperada. No beijo roubado no cangote. No mimo vindo do nada. No olho no olho. Mas há certas ocasiões que merecem um destaque especial. Quem não gosta de se sentir importante para seu amor?

O que deixamos de perceber é que a fila da vida anda e, se não nos apressarmos em acompanhá-la, ficamos sozinhos, para trás. Normalmente há um comodismo preguiçoso depois da conquista. E é aí que a relação nos escapa das mãos. Quando nos damos conta, as mãos não mais se tocam. A fila andou e ficamos sós, absortos em nosso mundo autista e confortável.

Há muito desisti de conforto. Chutei e chuto o balde quantas vezes forem necessárias para a fila não parar. Ando de mãos dadas nessa fila, tento acompanhar o passo. Mas, às vezes, mãos não conseguem manter-se unidas. E vêm outras. E vão. É assim que é. É assim que deve ser nessa fila que insiste em andar.

Silvia Britto                                             Verão de 2013