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29 de maio de 2015

Deles são meus braços

Era pobre
Não tinha bens
O único bem
Que tinha
Era um bom coração
E com ele
Saiu pelo mundo
Distribuindo amor

Disseram-no louco
E internaram-no no hospício
Ao atravessar o corredor
Por detrás dele
Começou uma procissão
De maltrapilhos
Loucos varridos
De sua humanidade

Caminhou até o meio do pátio
Virou-se para a turba
Que o acompanhava
Em louco silêncio
E disse:
Vinde a mim os loucos!
Vinde a mim os despossuídos!
Deles são meus braços!

E  naquele eterno momento
Deu-se o mais louco e belo abraço
De todos os tempos.

6 de maio de 2014

Vão "reescrever" a obra de Machado de Assis, que suicidou-se no túmulo ao saber da péssima nova


 No mundo de hoje até o que era certo ficou incerto, a Revolução das Antas vai dominando o mundo.
Agora me apareceu uma "professora" afirmando que vai reescrever a obra de Machado de Assis. Segundo ela para "facilitar" a leitura para os jovens de hoje.
Se ela fosse inglesa e resolvesse "reescrever" a obra de Shakespeare, muito provavelmente seria fuzilada. No mínimo passaria o resto de seus dias em um hospício. Aqui, além de dar uma estúpida machadada na obra de nosso maior romancista, ainda o fará com dinheiro público, através da Lei Rouanet.
Vontade de morrer. Aliás, já soube que  Machado suicidou-se em seu túmulo ao saber da péssima nova.


A sandice está na  Folha de São Paulo