Mostrando postagens com marcador início. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador início. Mostrar todas as postagens

1 de novembro de 2012

Não há nada depois do fim

o sono, foi-se
ou não veio
ou veio e foi-se
não sei...

na janela fumo um cigarro
olho o céu e divago
a fumaça rodopia
e toma o rumo do infinito
funde-se ao nada

converso com deuses inexatos
sobre a inconsequência de seus atos

na calçada vejo um rato
revolve o lixo

palavras chocam-se em minha mente
pergunto aos deuses por que são tão doentes

um diz-me que sou insolente
outro ri, benevolente

sadismo latente!

o cigarro está chegando ao fim
tudo um dia chega ao fim

e renasce indiferente aos deuses
que nos atormentam

não há nada  depois do fim
no início haviam deuses.