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5 de novembro de 2014

Um poema sobre as divindades do Poder Judiciário



Um poema sobre as divindades do Poder Judiciário
Um juiz de direito
Dirigia com o carro
Todo errado
Foi parado numa blitz
Para ver se não estava 
Dirigindo embriagado
Cheio de petulância
Discutiu com a agente
Que do caso cuidava
A moça desavisada
Disse ao magistrado
Que ele era apenas um juiz
E não um Deus
O homem que deveria
Ser da lei
Não gostou de ter
Sua deidade questionada
E na Justiça contra a agente
Que tão grave ofensa
Contra ele assacou 
Solenemente entrou
Um desembargador
Que não acha que é Deus
 Mas tem a mais plena das certezas
À funcionária de tão grave desacato
Sem pestanejar condenou
Dizendo em sua sentença
Que ela de Deus zombou
E a divindade do magistrado confirmou
Diante de tanto abuso de poder
Dos deuses do judiciário
Só resta ao nosso povo orar
E perante eles
De joelhos se prostrar
Mas alguns 
Como eu
Que são indignos ateus
Preferem contra a covardia
Dos falsos deuses se indignar
E à pobre agente
Que cumpria seu dever
Poeticamente apoiar...



26 de setembro de 2012

A liberdade não pode ter vírgulas, pontos e reticências

Andei lendo que um juiz resolveu proibir a exibição do filme sobre o profeta Maomé no Brasil; um deputado andou pedindo a censura de um outro. Vamos mal, estamos caminhando para uma ditadura do Judiciário, um desequilíbrio nefasto entre os 
poderes. Na França nem passou pela cabeça do governo socialista impedir qualquer manifestação de um jornal que publicou charges provocativas ao profeta e seus seguidores. Criticou a publicação mas colocou a polícia para garantir a integridade dos jornalistas. Aqui um juizinho qualquer se arvora em censor indo de encontro à Constituição. A liberdade não pode ter vírgulas, pontos ou reticências...


Ah...o deputado é o glorioso Protógenes Queiroz. Pobres de nós!





                                                                                 

2 de fevereiro de 2012

Ministro do STF quer vitimizar Poder Judiciário

É interessante como funciona o corporativismo brasileiro, estava lendo o discurso proferido ontem pelo presidente do Superior Tribunal Federal, César Peluso, quando me deparo com esta pérola: "Só uma nação suicida ingressaria voluntariamente em um processo de degradação do Poder Judiciário."
Refere-se, claro, às atuais críticas ao corporativismo reinante neste poder- e no Executivo e Legislativo também, diga-se de passagem-, só que ele inverte a questão: quem criou a crise foram ele e boa parte de seus pares que defendem a manutenção do status quo atual, onde, por exemplo, um magistrado que vende sentença é "punido" rigorosamente com uma bela aposentoria compulsória; um país onde criminosos provenientes das elites raramente vão para a cadeia por seus crimes; um país onde o nosso STJ proporciona aos seus ministros muito mais mordomias  do que dispõe a Suprema Corte dos EUA; um país onde pagamos impostos escorchantes para sustentar uma elite estatal que se acha- e quase sempre está!- acima das leis; um país com uma Justiça cara, morosa e burocrática, o que a torna, mais das vezes, injusta.
Vossa excelência está enganado, ministro,  quando a sociedade se coloca ao lado da ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, é porque não suporta mais trabalhar para sustentar a orgia generalizada com nosso dinheiro que é usado para manter uma casta estatal privilegiada, insensível e, boa parte dela, corrupta e impune.
Quem desmoraliza os poderes constituídos da Nação não somos nós, honorável excelência, são os que exercem os poderes que lhes conferimos para usá-los em proveito próprio. O resto é diversionismo barato, embora pretensamente democrático e culto, para manter vossos privilégios. As vítimas somos nós, meu douto ministro, não vossa excelência e seus pares.
Mas, apesar das dificuldades, o país está mudando e a sociedade aprendendo que não tem só deveres, mas direitos e não é obrigada a sustentar castas de marajás.
Relembrando o velho e genial Chico Buarque: " Apesar de você amanhã há de ser outro dia..."