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6 de junho de 2021

A criação da metafísica

 A criação da metafísica

Foram homens insones que criaram os deuses. É na solidão da madrugada, quando o sono se vai, que nos defrontamos com nossa frágil pequenez. As culpas, arrependimentos e tristezas mais profundas afloram da lixeira da consciência. Dor. Alma lancetada. Desespero. Precisamos de alguém mais forte para nos punir, consolar e perdoar. Um ser infinito, eterno, narcísico, poderoso, imune às culpas, onisciente diante de nossa inconsequência. Eterno e todo poderoso, como gostaríamos de poder ser. Ditadores do destino. Não dores e desatino.
É na solidão da madrugada que nos defrontamos com nós mesmos. E por insuportável culpa, numa madrugada qualquer, surgiu a metafísica. E com ela o primeiro Deus. E o homem, rosto banhado em lágrimas, se ajoelhou e rogou ao senhor eterno que criou: Me perdoe! Me salve!
E o sono voltou...
Zatonio Lahud

2 de julho de 2014

Que venha em sol

Que venha em sol
Madrugada fria
Silêncio e nostalgia
Cortados por alguns latidos
Que machucam os ouvidos

A consciência da madrugada pesa
O silêncio do passado que assombra
Invade a solidão da madrugada fria
Da janela vejo apontar o dia
Que venha em sol
Acalentar essa entorpecida alma vadia...

2 de novembro de 2013

É no frio insone da madruga gelada

É no frio insone da madruga gelada

É no frio insone da madruga gelada
Que a saudade de teu corpo quente arde em mim
Era no frio insone da madrugada gelada
Que mais te desejava mulher
Era no frio insone da madrugada gelada
Quando meu sexo penetrava o teu
Que tu viravas vulcão em erupção
Fazendo o gélido vento virar fogo insano de paixão
Era no frio insone da madrugada gelada
Que suávamos ferventes de desejo
E o gozo explodia
No frio insone da madrugada gelada. 

21 de agosto de 2013

Já fui madrugada boêmia

Já fui madrugada boêmia

Perdi o sono
Que está vagando por aí
Sem dono

Eu abandono
Na madrugada fria
Que invade alma vadia

Já fui madrugada boêmia
Certa vez ganhei várias
Fazendo amor com bela morena
De nome Noêmia

Que mais que uma rima
Era um furor de mulher

Agora quero dormir
O sono fugiu
E a morena Noêmia
Faz tempo que sumiu

Perdi o sono
Perdi a boêmia
Perdi a Noêmia

Madrugada fria
Alma vadia...
 


8 de agosto de 2012

Palavras insanas

Às vezes, palavras me tomam de tal maneira, as insanas, que preciso vomitá-las, sem nexo, como se fizesse sexo. Atravessam meu cérebro como flechas rasgam o vento rumo ao infinito. Engravidam-me. Exigem vir ao mundo, espalharem-se em vendaval de sentimentos d'alma atormentada pela vastidão da madrugada solitária. Umas, poucas e bobas, são benditas, e consolam-me; outras, malditas e exuberantes,  açoitam-me em lembranças estilhaçadas de saudade e dor. Solto-as, que tomem o rumo que quiserem, o mundo é farto e vasto. Mas elas voltam....não são amores banidos, antes, o são, certamente, bandidos. Paixão.

                                                                                    

5 de junho de 2012

Belo Horizante, com Ronaldinho, vira a sede do Galo da Madrugada


E Recife perdeu uma de suas mais tradicionais atrações carnavalescas, com a contratação de Ronaldinho Gaúcho o Atlético Mineiro, o famoso Galo, leva para BH o verdadeiro Galo da Madrugada, bloco que desfila pela noite o ano todo, ao contrário de seu coirmão pernambucano, que só sai no Carnaval.
Vai ser uma festa quando os torcedores do Galo encontrarem Ronaldinho pelas madrugadas treinando nas boates  mineiras: " Uai, sô?!O qui cocê tá rumando aqui sô?! Caça rumo..."

8 de maio de 2012

O sono que foi vadiar

O sono perdeu-me e vaga sem dono
Vagamente vaga minha mente
Em relembranças de falecidos amores
A memória vergasta-me o coração
Reabrindo saudades vãs...
A madrugada fria invade-me
Sentimentos misturam-se com palavras
Solidão dor angústia
Culpa do sono que foi vadiar
Cansado sabe-se lá
De me acalentar

25 de fevereiro de 2012

Sem sono

sem sono
resta-me o abandono
da solidão da madrugada
e sua leve brisa
que conforta a alma
só nela torno-me inconsútil
a solidão não é o fim de quem ama
meu grande de moraes vinícius
é apenas venturoso vício
de quem em nada acredita
e tem certeza da inexistência
do vácuo eterno
nada há de ser tudo
e como tudo é infinito inexcedível
criamos o nada para nos acalentar
e a solidão para nos provar que o nada existe
mas solidão não é falta
é excesso de apensar dor.

28 de outubro de 2011

Madrugada de ausência

A maior companheira da solidão
é a madrugada. Sinto e ouço os
leves e suaves ruídos que acompanham
o silêncio da noite adentro. Até  o leve
pisar do gato que desce às escadas e o
repicar descompassado  e melancólico
de meu coração, depósito telúrico de
saudades descabidas e incabais- só
ele tem espaço para acalentá-las. São
duas da manhã- o que me importa?
Se abro à porta só entra a brisa suave e fria
da noite que adentra e você, que tanto espero,
sorri, ao largo e ao longe. Soberba e bela em
plano alto de fugir do amor, que incendeia
teu corpo. A madrugada, meu consolo, avança.
Estamos sós, eu, você, e a madrugada, guia de todas as solidões.
As linhas que escrevo são tortas e trôpegas, como minhas dores. Amores...