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14 de novembro de 2013

A República foi proclamada por um monarquista convicto

A República foi proclamada por um monarquista convicto

O Brasil é assim, pândego: o homem que proclamou a República, o marechal Deodoro da Fonseca, era um monarquista convicto. A esculhambação ideológica nacional é antiga e, suspeito eu, genética.
Pensem nos dias atuais e me digam se alguém conseguiria imaginar, poucos anos atrás, uma aliança, a cada dia mais umbilical, entre PT e PMDB, e que Lula e Sarney virariam "amigos de infância" ( atenção viúvas do Lulinha, não estou fazendo juízo de valor, apenas uma simples constatação ).
Abaixo o que diz o historiador Laurentino Gomes sobre o marechal Deodoro da Fonseca, o monarquista que proclamou a República:

Deodoro, o fundador da República, era monarquista

Aparentemente, o marechal alagoano Manoel Deodoro da Fonseca derrubou a monarquia brasileira,em Quinze de novembro de 1889, mais por ressentimentos pessoais do que por convicções ideológicas. Pelo menos é isso que indica a correspondência que ele trocou um ano antes com o sobrinho Clodoaldo Fonseca, aluno da Escola Militar de Porto Alegre.
Integrante da chamada “mocidade militar” liderada por Benjamin Constant e ardoroso defensor da república, Clodoaldo escreveu uma carta ao tio em meados de 1888 na qual expressava suas ideias. Deodoro reagiu contrariado. “República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça”, respondeu o marechal. “Os brasileiros estão e estarão muito mal educados para republicanos. O único sustentáculo do nosso Brasil é a monarquia. Se mal com ela, pior sem ela”.
Em outra carta, pouco depois, o marechal recomendou ao sobrinho: “Não te metas em questões republicanas, porque República no Brasil e desgraça completa é a mesma coisa; os brasileiros nunca se prepararão para isso, porque sempre lhes faltarão educação e respeito”. Essas cartas demonstram que, até as vésperas do golpe contra o império, o fundador da República não era republicano. Blog do Laurentino Gomes