Brasil de misérias mil
Dizem-te varonil
De céu azul anil
Mas tratam seu povo
Como se vivesse em um canil
Tu só mudarás quando a baioneta
Na ponta do fuzil rasgar suas entranhas
E o sangue fétido dos corruptos que o governam
Derramar-se com fartura rumo ao esgoto pútrido
E misturar-se às fezes dos milhões de deserdados
Que perambulam por sua terras férteis em busca
De uma migalha de pão para enganar sua fome
Assim como são enganados pelas promessas vãs
Dos falsos profetas que vos guiam rumo à iniquidade
Da desesperança que vaga por sobre a "ordem e o progresso".
