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2 de maio de 2022

Ingrato mundo

 Dedo  em riste

Ódio nos olhos

Urrava diatribes


À sua frente

Um homem triste

Olhos cegos

Sequer ouvia


Em grata melancolia

Do ingrato mundo

Alegremente se despedia...

😥

1 de fevereiro de 2015

Caroços de azeitona


Caroços de azeitona
Estava vendo uma maratona,
meus olhos cansaram de correr...
Levantei-me e fui comer um pouco de azeitona...
Pronto,
acabou a porcaria do poema.
Sobraram apenas uns caroços de azeitona,
alguém quer lamber?

11 de dezembro de 2012

Sem medo de errar


Eu, que sou exagero
Quando os olhos para sempre cerrar
Podem-me dizer sem medo de errar
Ali jaz o exagero de viver sofrer amar
De tudo muito, fui-me...

1 de dezembro de 2012

O excesso é minha pele

Ah... A saudade
Que rasga-me o peito
E umedece-me os olhos
É a mesma que me dá vida

O excesso de sal eleva minha pressão
O excesso de saudade enleva meu coração

Tenho alma tatuada de saudade
De vida desvairada
Paixão ilimitada

Eu nunca fui pouco amor
Pouca paixão pouca dor

O excesso é minha pele
A saudade sua herança.


                                                                           

2 de julho de 2012

Preciso esquecer

e quando a madrugada adentra
a solidão assoma
no céu nuvens sombrias
estrelas de brilho fusco
uma coruja voa ao longe
meus olhos não cansam de ver
preciso esquecer...
                               
                                                   


9 de junho de 2012

"Deve ser legal ter um pai"

Posso te fala uma coisa
diga?
Eu só vi o meu pai uma vez
que triste
Deve ser legal ter um pai

Este diálogo tive com uma mocinha que me adicionou no Facebook. Quando li a última frase algumas lágrimas minaram em meus olhos, como diz meu amigo Saint-Clair
Ah!...eu acho que serei um eterno bestão! Não é, Clarinha?!

31 de maio de 2012

Olhos sem brilho

Sua vida se resume ao passar dos dias sentado na calçada. Acomoda-se, estrategicamente posicionado, na saída, ou chegada, do supermercado. Esmola, o jovem. Dezesseis anos, se tanto. Magro, magérrimo. Os olhos, olhei seus olhos. Dor. Desesperança. Olhos sem futuro. Dizem que é viciado em crack. Mas não. É viciado em mau-destino. Não tem passado. Novo demais para ter saudade. O futuro ficou no ventre da mãe. Pessoas passam, desviam daquele quase nada. Umas, culpa piedosa, cedem uns trocados.
Sigo-me com a imagem daqueles olhos. Vejo-os nos meus. Entrelaçados. Eu tive um futuro. De erros. Mas o tive. Aqueles olhos, não. A calçada. Dura. Fria. Inerte. Eis seu destino. Como será o não futuro? A não saudade? Nascer desesperança?
Amanhã, ou depois, ou ontem, ou trasantontem. O atemporal não futuro daquele jovem estará sentado na calçada. Olhando, debaixo, o futuro que passa e se vai. E se vem. Idas e vindas ao mercado. Um quase nada no caminho. De olhos sem brilho.

24 de março de 2012

Vou te ver

ela quer
mas diz não
faz drama
enreda a trama
me liga
e diz
que para mim
não liga
tem medo
eu sei de quê
vou te ver
aí vai ter de dizer
olhos nos olhos
pele a pele
coração a coração
que não me deseja
que não me ama
assim é que vai ser
não gosto de perder
não você
e sua risada
a mais bela
que deus
pode conceber
pode esperar
vou te ver
nada tenho a perder
só você que não vê
[ou não quer  ver]
a saudade que sinto!