Mostrando postagens com marcador pai. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pai. Mostrar todas as postagens

29 de agosto de 2021

"Se eu não for Botafogo meu pai me bota de castigo"

 "Meu pai me bota de castigo"

Recordei um bom caso de paixão exacerbada pelo Botafogo, envolvendo pai e filho. Meu amigo Marcelino, outro fanático sofredor botafoguense, e seu filho mais velho, o Pedro Henrique. O fato ocorreu há mais de 30 anos em Niterói.
O Pedro Henrique vinha passando com sua mãe. Peguei o moleque, uns 3 anos à época, e fui na padaria em frente comprar um picolé pro gulosinho (puxou o pai). Padaria cheia, peguei o picolé (Chicabon) e antes de entregá-lo ao Pedro, fiz a pergunta que liberava os doces em geral:
- Qual seu time?!
- Botafogo!!!- diz o Pedro sem pestanejar.
Seu Fernando, o português que era um dos donos do estabelecimento, diz a ao Pedro:
- Mas, Pedro, você tem de ser Vasco!
O Pedro responde, sem pestanejar, e com a pureza das crianças:
- Não posso ser Vasco! Se eu mudar de time meu pai me bota de castigo!
A padaria veio abaixo em uma uníssona gargalhada!

Botafogo paixão


29 de julho de 2020

Meu filho faz 34 anos hoje

Hoje (29/07/2020) meu filho, Leonardo Lahud, está completando 34 anos. O Léo é a melhor coisa que me aconteceu na vida. Um filho maravilhoso em todos os sentidos. Para não dizer que não tem defeitos, aponto os dois mais graves dele, principalmente o primeiro, ambos herdados da mãe: o time, é torcedor do Fluminense, e o mau humor quando acorda, embora bem melhor que o de sua geniosa mamãe- um ser irascível quando abre os olhos. Do pai, bem, do papai aqui,  herdou a beleza, a inteligência, o bom humor e a extrema humildade.

Parabéns, meu filho! Seu pai te ama!

Seu pai
Meu filho
Pode não ser o melhor pai do mundo
Até porque o melhor pai do mundo
Deve ser o sujeito mais chato do mundo
Mas pode ter certeza:
Eu sou o melhor pai que sei ser
E te amo como o melhor pai do mundo
Beijo!
(09/08/2014) 


Léo com uns 2 anos

28 de agosto de 2019

22 de dezembro de 2016

O dia em que fui Papai Noel

Certa feita, eu tinha por volta de dez anos, em um dia de Natal fui mostrar o presente que havia ganho de Papai Noel aos meus amigos que brincavam na praça de minha querida São José do Calçado. Uns dois ou três deles não foram agraciados pelo elitista  Noel por serem pobres- só mais tarde me dei conta disso . 
Sem entender bem o motivo de meus amigos estarem de mãos vazias fui até à Casa Libaneza, "venda" de meu pai, que era defronte à praça, peguei uns brinquedos e os distribui entre os "sem-presentes". A venda estava fechada e meu bebia com seus amigos no Bar do Tião Cabrito, que ficava ao lado, e logo soube de minha "arte". Me chamou e disse: "Você fez muito bem, foi um belo gesto, mas devia ter me avisado". Com lágrimas nos olhos, me deu um beijo e me mandou de volta aos meus amigos. Foi um bom homem o meu pai. Saudade.

O dia em que fui Papai Noel


19 de dezembro de 2016

Tonicão, meu pai

Tonicão, meu api
Tonicão em foto de 1958
Tonicão, meu pai
Zatonio Lahud

Dia dos Pais, minha mãe avisa a mim e meus irmãos que o pai viria mais cedo para jantarmos juntos em um restaurante. Era uma sexta-feira (no domingo os restaurantes ficam lotados), estranhei a notícia pois meu pai não era dado a comemorações do gênero, Achava puro comércio, comerciante que era.
Marcou para 20 horas.
Antonio Lahud, era seu nome de batismo, Tonicão para todos. Pesava cerca de 110 kg- quando magro, o normal era por volta de 120 kg, distribuídos com fartura por cerca de 1,83 m de altura.

Todo mundo pronto, esperando sua chegada e nada do velho aparecer. Deu nove horas, dez, onze, meia-noite e nada... nem sombra do pai.
- Sabia- diz a mãe, hoje é sexta-feira, deve estar bebendo com os amigos e esqueceu da gente, vou preparar alguma coisa para vocês comerem. Quando ele chegar vai se ver comigo, deixa ele!- exclamou e saiu furibunda, rumo à cozinha.

Todos de cara feia, com fome, sexta-feira perdida, quando entra o pai- já meio alto, uma sacola em umas das mãos, na outra um pequeno embrulho.
- Poxa, pai!- digo- começando a reclamar.
- Ninguém fala nada, eu explico, mas antes peguem uma cerveja para mim. Minha irmã foi lá, pegou a cerveja, o serviu e sentamos para ouvir a explicação:
- Demorei por causa disso aqui- disse- colocando o pequeno embrulho por sobre a mesa.Ganhei de presente dos meninos lá do posto- completou, já chorando.

O presente era uma carteira de dinheiro, daquelas feita em plástico barato, e ornada com o escudo do Flamengo. Os meninos eram dois garotinhos negros e muito pobres, que ficavam calibrando pneus no posto. Eram simpáticos e meu pai logo se tomou de amores pelos dois. Passou a dar almoço, comprou camisa do Flamengo, acompanhar os estudos... Essas coisas de pai.
- Mas por que está chorando?- indaguei.

- Vocês não vão entender! Quando estava saindo do posto, os meninos vieram e me deram a carteira de presente pelo dia dos pais. Compraram com o dinheirinho que ganham lá, calibrando pneus- disse ele, aos prantos.

- E aí?- perguntei.

- Me deram um abraço, um beijo e não aguentei! Comecei a chorar, botei os dois no carro e levei-os para jantar em um restaurante. Nunca tinham ido em um na vida deles! Comeram à vontade, tomaram sorvete, uma farra danada! Por fim, comprei seis galetos para cada um levar pra casa e comprei mais seis pra vocês: tão aí nessa sacola! Foi isso que aconteceu, agora podem zangar- terminou, lágrimas escorrendo por seu rosto.

Como que combinados, levantamos os três, eu, meu irmão e minha irmã e fomos dar um abraço no velho- todos com lágrimas nos olhos.

As lágrimas que escorrem em meu rosto agora não são só de tristeza e saudade por sua ausência, não pai, são antes lágrimas de alegria e orgulho por ter sido você o meu pai.

Saudade.


PS: Hoje, 19/12/2016, completam-se 25 anos da morte de meu pai.



                                                                                 

                                                                         



20 de setembro de 2016

Quando se trata de futebol não perdoo nem meu filho

 Hoje cedo fui andar e comprar escovas de dentes. Uma pra mim, outra para meu filho. Filhos não compram escova de dentes, já perceberam?
Comprei um pacote com uma azul e outra rosa. Cheguei em casa ele estava tomando banho. Entrei no banheiro e disse: - Comprei escova de dente nova! Você, como é Fluminense, fica com a rosinha, eu com a azul, entendeu?!
Ele, rosnando debaixo do chuveiro: Vai à merda, papai! A azul é minha!
Tô rindo até agora...
Mas fico me perguntando como um filho tão bom, bonito e inteligente não é Botafogo como o pai.
Ahhh...Teve parte de seu DNA estragado pelo da mãe, o pobrezinho. Saco.

Quando se trata de futebol não perdoo nem meu filho

26 de setembro de 2015

O Estado mimado

Pensamento estatal
Sabe aquele filho muito mimado, sem limites, que não tem limites pra nada e quanto mais você dá mais ele quer?
Pois é... O Estado brasileiro é igualzinho. E nós, o povo, somos os "pais" que não sabem dizer não ao "filho" pródigo. Precisamos aprender... Afinal. nós pagamos as contas do perdulário.

9 de agosto de 2015

Para meu filho

Seu pai,
Meu filho,
Pode não ser o melhor pai do mundo.
Até porque, o melhor pai do mundo
Deve ser o sujeito mais chato do mundo.
Mas pode ter certeza:
Eu sou o melhor pai que sei ser.
E te amo como o melhor pai do mundo!

(09/08/2014)

Seu pai Meu filho Com certeza Não é  o melhor pai do mundo Até porque o melhor pai do mundo Deve ser o sujeito mais chato do mundo Mas pode ter certeza: Eu sou o melhor pai que sei ser E te amo como o melhor pai do mundo Beijo!
Leonardo Lahud, meu filho, quando criança
                                                                          

2 de novembro de 2014

Mas saudade não tem fim

E morremos um pouco a cada dia: com a perda de um pai, de uma mãe, de um filho, de um amigo. E os renascemos ao relembrá-los em saudosas lembranças como um gesto de carinho, um caso engraçado, um abraço apertado que não podemos mais dar, um beijo que ficamos devendo....
Finados vem de fim, mas saudade não tem fim... tem início e sempre.


Mas saudade não tem fim
                                                                                 

24 de janeiro de 2014

Ser pai e ser avô

Ser pai e ser avô
Pai tem amar,
cuidar,
tratar,
brincar,
educar, 
dizer não...

Avô tem de amar,
paparicar,
dar "porcaria",
brincar,
"deseducar",
dizer sim...

Por isso dizem
os espertos netos:
Eu quero meu vô!
Já vô...

23 de dezembro de 2013

"Pai perdoa-lhes pois eles não sabem o que fazem."

"Pai perdoa-lhes pois eles não sabem o que fazem."
Estou triste
Não por Cristo
Mas por toda a falsidade
Em torno de seu nome
A que legado pesado o condenamos
Primeiro o crucificamos
Depois passamos a dar presentes
Os que posse têm
Para comemorar o nascimento
Do homem que assassinamos...
"Pai perdoa-lhes pois eles não sabem o que fazem."

25 de outubro de 2013

Pai deu mole para filho inteligente e se ferrou

Pai deu mole para filho inteligente e se ferrou

O Bruno, 4 anos, é neto de meu amigo Saint-Clair Mello, pai do Pedro. Todos os três botafoguenses e umas figuraças, como podem constatar pelo caso abaixo.

Meu sogro chega de viagem e o levo para buscar as crianças na escola. Chegando lá o Bruno o recebe todo feliz e surpreso com a sua presença na porta da sala de aula. Eles não se viam desde fevereiro e a saudade era grande. O avô empolgado puxa o papo mas, pelo visto, não deveria...

- Cara, você cresceu muito!
- É, vô?
- Muito mesmo. E tá muito forte também, Brunão!

Sem perder tempo o moleque saca o braço direito, puxa a manga da camisa e faz o muque pro avô ver.

- Nossa...você tá muito forte mesmo!

Eu aproveito o gancho e mando.

- É...ele tá comendo bem pra caramba. Fala pro vô o que você tá comendo, filho.

- Unha!

18 de abril de 2013

A sabedoria de Tonicão, meu pai

A sabedoria de Tonicão, meu pai- Interrogações

Um dia belo dia, anos atrás, tomávamos o café da manhã em uma padaria aqui em Niterói. Eu, meu pai e uns amigos. Pouco mais e chega o Fernando Vida Fácil, à época, dono de uma imobiliária e trambiqueiro afamado em todo a região. Entra, cumprimenta todo mundo ( todo 171 é carismático e gosta de aparecer, reparem na imensa maioria de nossos políticos ), vira-se para meu pai, em alto e bom som, e diz:
- "Tonico, quero comprar seu posto ( meu pai tinha posto de gasolina ), agora, bota o preço?!"
Meu pai coçou a cabeça, pensou um pouco, e disparou:
- "Fernando pra você eu não vendo, eu "dô" o posto!
O Vida Fácil, meio aparvalhado com a resposta, pergunta:
- "Dá!?" Como assim?"
- "Ora, Fernando, você vai comprar e não vai me pagar, aí vou ter de mandar te matar, como não sou assassino e não quero virar um depois de velho, é melhor eu te dar o posto!"
Risadaria geral no estabelecimento. Fernando, vermelho e sem graça, diz:
-" Porra, Tonico, sacanagem!"- e tratou de caçar um rumo. Meses depois foi assassinado na porta de sua imobiliária. Por um cliente que havia passado para trás.

22 de novembro de 2012

Foi o maior e melhor exagerado pai do mundo! Obrigado, meu pai...Saudade!

Na  primeira foto , minha vó Bela, com seus filhos, Antonio ( Tonicão ) Lahud, meu pai e Ivan José Lahud, o tio Ivan. Na segunda, meu pai comendo "moderadamente", como sempre o fez.
Era exagerado em tudo, o Tonicão, em beber, comer, amar seus filhos, seus amigos, o seu Flamengo ( Ai...ai...nem os pais são perfeitos! ), em viver...
Saudade dos três, muitas! Meu pai é a maior saudade que tenho na vida, a maior falta. Foi o maior e melhor exagerado pai do mundo! Obrigado, meu pai...Saudade!

25 de outubro de 2012

Meu filho vai partir

Meu filho vai partir
Em busca de seu futuro
Vai morar em Brasília
Que- dizem-me
É logo ali
Ali é o longe infinito
Para meu coração de pai
Que queria-o sempre aqui
Sob minhas corujas asas
Mas chegou a hora de voar
Vá filho...
Volta filho...Te amo.

Eu e Léo
                                                            

30 de julho de 2012

A crise no Flamengo e meu pai

Têm coisas que me espantam no Brasil, uma delas é a quase sempiterna crise do Flamengo. Brinco, sacaneio, implico, mas tenho um profundo respeito por todos os grandes clubes brasileiros, foram eles que construíram a grandeza de nosso futebol.
Meu pai era flamenguista doente e morreu em 19 de dezembro de 1992, dia em que o Flamengo se sagrou campeão carioca vencendo o Fluminense por 4 x 2. Ele faleceu pela manhã e o jogo foi disputado em uma quarta-feira à noite, após o encerramento da partida, pedi a um amigo que estava no velório que comprasse uma faixa de campeão. Gentilmente meu amigo foi até as imediações do Maracanã e trouxe a faixa que depositei no peito de meu pai.
Vejam vocês a desorganização que impera na Gávea: em 1961 o Flamengo fez uma campanha entre seus torcedores pedindo dinheiro para construir um estádio, carnês foram distribuídos e meu pai, que à época morava em São José do Calçado ( ES ), pagou todas as prestações para ajudar seu clube, minha tia tem o carnê quitado  até hoje. Nada foi feito, ficaram com o dinheiro e nem satisfação deram.
Hoje, cinquenta anos depois, a bagunça continua e ninguém é punido.
Que verdadeiros flamenguistas assumam o clube e o coloquem em seu devido lugar. Ontem, pasmem vocês, depois da derrota deles para o São Paulo por 4 x 1, não senti vontade de sacanear os urubus, perdeu a graça. Gosto é quando estão com o ego exacerbado e tomam uma sova bem dada. Gozar urubu morto não me dá o mínimo tesão. Até a Dani, um nojo quando se trata de Flamengo, anda soturna, depenada, vagando sem rumo por aí. De dar dó, tadinha!
Eu quero o Flamengo de volta, o arrogante, o egocêntrico, o que se acha o maior em tudo, ganhando roubado e dizendo que foi na raça. É este que gosto de sacanear! Não bato em humilhados...

                                                                           

29 de julho de 2012

Parabéns, meu filho!

Hoje é um dia muito especial, é aniversário de meu filho, Leonardo Lahud! Um filho maravilhoso, inteligente, bonito e humildoso como o pai. Os defeitinhos que tem são por conta da mãe: meio rabugento e torcedor do FlorminenC. Pagando o que fiz com meu querido pai, que era urubu doente. Mas nada que atrapalhe nossa convivência. Parabéns, meu filho! Seu pai tem imenso orgulho de você! Beijo!!!


                                                                                     

23 de julho de 2012

Fiquei devendo um abraço

Vontade de dar um abraço em meu pai
Sinto que fiquei lhe devendo este abraço apertado
Mas não posso
E dói...

10 de julho de 2012

Quer apostar?

Esta charge me fez lembrar meu pai que sempre dizia que se jogo fosse bom não se chamaria jogo de azar e sim de sorte, e ninguém iria querer bancar. Jogo é ótimo para quem banca!
Ah, e quanto te oferecerem um negócio "bom demais", desconfie, muito, se fosse tão bom quem ofereceu não abriria mão dele.
O resto é Armazém de Secos & Molhados, como dizia o grande Millôr Fernandes!

10 de junho de 2012

O dia em que o maior gênio da Humanidade foi gerado

A foto acima é do casamento de meus pais, Antonio Lahud e Carmen Junger Lahud, realizado em 23 de outubro de 1955, em São José do Calçado. Como eu nasci em 20 de julho de 1956, exatamente 9 meses depois, eu sou o único gênio da história da humanidade a saber o dia em que foi gerado.
Mas sou humilde em minha genialidade incomparável e modesta, por isto resolvi dar-lhes a honra de apreciarem a foto do casal que gerou tamanha sumidade.
Só não gostei do local em que fui feito: a cidade Campos dos Goytacazes. O mais sapiente, belo, gostoso e  humilde ser humano que já existiu merecia uma lugar mais agradável e simpático para ser produzido.
Mas, como nada é perfeito, só minha humildosa pessoa, eu perdoo meus queridos pais pela falha.