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22 de julho de 2022

As palavras moldam o que sou

 As palavras fluem

Em minha mente

Umas calmas

E tranquilas

Como um remanso

De águas límpidas

Outras...

Corredeiras caudalosas

Que levam tudo

Que encontram à frente


E assim vou vivendo

Ora um manso remanso

Ora  volúpia e paixão

As palavras moldam o que sou.

7 de fevereiro de 2021

17 de fevereiro de 2020

O sentido das palavras muda para aplacar nossa consciência

Outro dia vi um comentarista esportivo, que virou "especialista" na nova linguagem da "modernidade líquida", como percebeu o sociólogo Zygmunt Bauman, dando uma pretensa "aula" sobre esquemas de jogo. Uns 20 esquemas durante o mesmo jogo, viu o tal "especialista. Eu, como sou apenas um genial, porém humildoso, burrinho sapiens, não consigo ver tantos esquemas em uma partida.
Só sei o seguinte: como antanho, ganha quem tem os melhores jogadores e o melhor técnico.
O resto é conversa fiada de "especialista" de porra nenhuma!
Mudam-se as palavras, em geral, para aplacar nossa consciência. Subemprego, por exemplo, virou empreendedorismo (chique, né?); surdo virou deficiente auditivo, embora se você chamar um surdo de deficiente auditivo ele não vá escutar porra nenhuma, exatamente do mesmo jeitinho de quando era só surdo; e por aí vai...
Mas gosto mesmo é de ser chamado de "contribuinte" pelo nosso Estado ladrão! Acho muito fofo ser roubado e ser intitulado carinhosamente de "contribuinte" pelo assaltante. Num é fofo?
E nem vou falar na plêiade de sinônimos para nossas empreendedoras sexuais, ex-putas, que não quero arrumar confusão com as milícias politicamente corretas.
Zatonio Lahud

O sentido das palavras muda para aplacar nossa consciência



24 de agosto de 2016

Preguiça

Estou com preguiça
De qualquer coisa fazer
Inclusive escrever
Uma daquelas de doer
Tanta que não dá 
Nem pra descrever
Apenas umas poucas 
Palavras rimar
Uma boa tarde
Lhes desejar
E ir para a rede
De minha leseira cuidar
Até já...
Isso se a danada da preguiça
Antes não me matar. 


Preguiça


18 de janeiro de 2015

Sobre mulheres e palavras

Sobre mulheres e palavras

As palavras, por vezes, escondem-se. Não querem serem escritas. Rebelam-se na mente, resistem em formar uma frase. Individualizam-se, querem ser únicas- narcísicas. Protestam quando tento unificá-las para construir um pensamento, misturam-se em minha mente, cansam-me, deixam-me, por vezes, demente.
São rebeldes, as palavras, por isso provocam tanto medo nos homens.
Só homens corajosos e livres amam as palavras, são tão perigosas quanto a mais sensual das mulheres- ambas, por apaixonantes, podem matar.
Mas sem a liberdade e o perigo de amá-las à exaustão, as palavras e as mulheres, de que vale a vida...

30 de agosto de 2014

Em forma de poesia

Em forma de poesia
Roubava...
Sem remorso
Todas que podia
 Depois as amava
E as soltava pelo mundo
Em forma de poesia
As palavras roubadas
O poeta.

18 de julho de 2014

Amo palavras

Amo palavras
Porque são indomáveis
Totalmente livres
Nem sempre dizem 
O que querem dizer
Ou maldizer
E se mal ditas
Viram maldita aflição
Que rasga a alma
Como o chicote lancina à pele

Mas também podem
Ser ternas e leves
Como o mais belo e doce
Eu te amo!

30 de março de 2014

As Palavras

As Palavras
As palavras
Por vezes fogem-me
Vão aventurar-se pelo mundo
Fazer novos amigos
E depois voltarem
Para contarem-me
Suas aventuras de viagem

Umas voltam palavras felizes
Outras amargas palavras
Algumas palavras tristes
Outras exultantes palavras
E palavras ansiosas
Voltam até palavras tímidas
Chegam sem palavras 
E aquietam-se em seu canto
Ruminando vontades 
Que não conseguem externar
Com palavra nenhuma

Mas são todas velhas e fieis amigas
De toda minha vida
As minhas palavras queridas
E sentidas.

14 de dezembro de 2013

Mentiras que soam como verdades

Mentiras que soam a verdade 
Em 1947, o alemão Victor Klemperer (1881-1960) publicou A linguagem do Terceiro Reich, livro no qual denuncia, detalhadamente, a forma como o partido Nazi controlou os alemães… controlando precisamente a linguagem.
O que Kemplerer fez, muito simplesmente, foi estudar a forma como a propaganda Nazi alterou a língua alemã, de modo a que os alemães assimilassem oNationalsozialismus (a ideologia Nazi). Tal como escreveu no seu livro:
“[O] nazismo permeou a carne e o sangue das pessoas através de palavras, idiomas e sintaxes que lhes foram impostas num milhão de repetições, as quais foram interiorizadas de forma mecânica e inconsciente […]. A linguagem não é algo que simplesmente escreve e pensa por mim; também dita, de forma crescente, os meus sentimentos, ao mesmo tempo que governa todo o meu ser espiritual […]. As palavras podem ser como pequenas doses de arsénico: são engolidas sem se dar conta, aparentam não ter um efeito, mas eis então que, após algum tempo, a reacção tóxica instala-se de uma vez por todas.” ( Obvius )
PS: Não são só os nazistas... ( Zatonio Lahud )
Questionem sempre,
tudo...
Não creiam sem questionar,
irão se danar...
Não existe a verdade,
exclusiva e única...
Saber é sempre,
duvidar e viver em eterno questionamento... 





7 de outubro de 2013

É preciso ser só tudo

escrever é mudar
não o mundo
que o mundo muda-se por si
é mudar a ti
estraçalhar o sentir
ir aos confins da alma
escrever é a mais forte das drogas
mas se o que escreves é uma droga
seja absinto ou heroína
estraçalhe-te em álcool maconha ou cocaína
arrebatar palavras
arrebentar sentimentos
destroçar o sentir
mergulhar em ti
doer-se
ser só feliz não basta
é preciso ser só tudo...

8 de abril de 2013

Palavras o vento leva...

Palavras o vento leva...

Palavras o vento leva...
Disseminando a beleza de um poema,
o prazer de se ler um bom romance.

Palavras o vento leva...
Para arrancar lágrimas, sorrisos, silêncios
em cada leitor.

Palavras o vento leva...
Para penetrarem em teu coração
e te avisarem que te amo.

Palavras o vento leva...
Que viva o vento,
o entregador de palavras,
tão sábio.

14 de março de 2013

Escrever nada mais é que sentir

Escrever nada mais é que sentir- Interrogações
Escrever nada mais é que sentir
Através de palavras rasbiscadas
E tingir a vida com o inatingível
E ao perder-se pelos olhos de cada leitor
( Quem sabe um sorriso ou lágrima )
As letras frias viram sentimentos
E é do sentir que vive quem escreve.

25 de fevereiro de 2013

Escrever sem rumo

Calor...Vontade de escrever sobre nada. Aleatoriamente. Disparando palavras ao leo ( saudade do Léo, meu filho )... Como uma metralhadora, que mata indistintamente. Sem piedade. Apenas mata. Apenas palavras. Escrever sem rumo. Como o mundo, que segue indiferente às palavras. De dor. De amor. De consolo. Apenas segue... Nada faz sentido. Pensar dói. E é inútil. A morte vem e leva tudo. Somos infinitos porque mortais. Depois a imortalidade. Do nada. Tenho medo. De quê? Não sei. Palavras, talvez. Inócuas, vazias, vadias. Dia após dia passeiam em minha mente. Me torturando. Demente, sou. Doente de palavras. Que me machucam. Açoitam sem cessar. Querem sair de meu eu. Conquistar o universo. Virar um verso. Transverso. Convexo. Inutilmente livres. Metafísica idiota. Mente calhorda. Idiota, sou. Sei...E daí? Não há tempo. Presente, não. Só passado. Que se foi. E futuro. Que se esvai. Elucubrações insensatas. Inúteis. Estou suando. As palavras atiram...E ricocheteiam. E voltam. Controlam-me. Estou só. Louco de palavras. Benditas. Malditas. Impuras. Putas...Palavras. Sem início... Ou fim.

20 de outubro de 2012

Eu gozo palavras

Eu gozo palavras
Orgasmo insensato
De penetrar seus sentidos
Virá-las ao avesso
Como um menino travesso
Vai descobrindo o mundo

Eu não tenho palavras
Palavras não têm dono
Eu simplesmente as amo
Mas não sou seu amo
São livres...


                                                                   


8 de agosto de 2012

Palavras insanas

Às vezes, palavras me tomam de tal maneira, as insanas, que preciso vomitá-las, sem nexo, como se fizesse sexo. Atravessam meu cérebro como flechas rasgam o vento rumo ao infinito. Engravidam-me. Exigem vir ao mundo, espalharem-se em vendaval de sentimentos d'alma atormentada pela vastidão da madrugada solitária. Umas, poucas e bobas, são benditas, e consolam-me; outras, malditas e exuberantes,  açoitam-me em lembranças estilhaçadas de saudade e dor. Solto-as, que tomem o rumo que quiserem, o mundo é farto e vasto. Mas elas voltam....não são amores banidos, antes, o são, certamente, bandidos. Paixão.

                                                                                    

29 de julho de 2012

As palavras sumiram de mim

parece-me que as palavras sumiram de mim
ou esconderam-se em recôndito canto de minh'alma
não as acho mais...
eu que tanto as amo
as que aqui escrevo não saem de mim

será que se exauriram de minha orgia mental
que mistura política, paixão, sexo, futebol
e se foram?

estou inerte...sem palavras...
preciso que voltem-me palavras minhas.


                                                        
                                                                 

10 de julho de 2012

Palavras são muito mais que palavras

palavras são palavras
muito mais que palavras
nasci encantado por elas
que nos permitem recriar o mundo
reviver o tempo em saudade
amar sem limites em paixão
sermos delicados em ternura
ou sermos brutos em ódio

em verdade podemos mentir palavras
exprimi-las ou reprimi-las
construir sonhos
destruir pessoas
construir belezas imensuráveis
em versos que enlevam o espírito

mas palavras também matam
e mentem quando saem de bocas
de homens dementes

por isto sempre duvidei
de palavras ditas por políticos
ditadores deuses e seus profetas

não tenho fés
tenho duvidas
questiono palavras absolutas
e suas verdades irresolutas

palavras são palavras
muito mais que palavras
são infinitas quando dizes
eu te amo...