Mostrando postagens com marcador palhaço. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador palhaço. Mostrar todas as postagens

4 de janeiro de 2019

O "Bolsonaro" do lar é quem manda

- Onde o senhor pensa que vai?- pergunta a esposa ao marido.
- Vou no boteco beber com meus amigos. Ordem do Bolsonaro: homem agora só pode beber em boteco!- responde o maridão cheio de si.
- Vai porra nenhuma! O Bolsonaro aqui de casa sou eu, seu palhaço! Pega uma cerveja na geladeira, senta no sofá e fica caladinho lá até eu terminar o jantar. Depois você vem lavar as panelas!

E assim foi, ou melhor, não foi... 
O "Bolsonaro" do lar é quem manda  - Onde o senhor pensa que vai?- pergunta a esposa ao marido.  - Vou no boteco beber com meus amigos. Ordem do Bolsonaro: homem agora só pode beber em boteco!- responde o maridão cheio de si. - Vai porra nenhuma! O Bolsonaro aqui de casa sou eu, seu palhaço! Pega uma cerveja na geladeira, senta no sofá e fica caladinho lá até eu terminar o jantar. Depois você vem lavar as panelas!  E assim foi...


8 de novembro de 2012

Eu vi um circo

Eu vi um circo. Por fora apenas. Sua lona colorida. Havia esquecido que ainda existem circos.E a imagem me remeteu à minha infância. Quando o circo chegava era dia de festa em São José do Calçado. A criançada em polvorosa. O palhaço, com suas pernas de pau, saía pelas ruas. A molecada atrás. E gritava, o palhaço:
- "Hoje tem espetáculo!?"
- Tem sim senhor!!!- respondíamos a plenos pulmões.
- " E o palhaço o que que é !?"
- É ladrão de "muié!"
E subíamos e descíamos as ladeiras de Calçado. A meninada. Depois o palhaço organizava uma fila e fazia uma cruz com carvão em nossa testa. Quem chegasse na hora da sessão com a cruz intacta, entrava de graça. Confusão certa na hora do banho. Ah, como é simples a felicidade. Ah, como é difícil ser simples...
Vou ficando mais velho e cada vez mais nítidas são as memórias de minha feliz infância. Suspeito que seja defesa contra a morte- cada vez mais próxima com o tempo indo...
" Hoje tem espetáculo!?" Tem sim, senhora...Saudade.

                                                                             

30 de outubro de 2012

Revivendo a vida

Revivendo a vida
Silvia Britto


Ser mãe é a oportunidade ímpar que a vida nos dá de revivê-la.
O minuto exato em que nos tornamos mãe confunde-se com o instante preciso em que nascemos de novo.
Ao som do primeiro choro e à primeira visão do nosso fruto, sentimos uma alegria imensurável. 
Com ela, atingimos a plena sensação de renascimento.
Normalmente não nos contemos ante tal emoção. Choramos.
Nesse momento, fundimo-nos àquela pequena criatura.
Tornamo-nos um só ser.
E a vida recomeça naquele momento mágico. 

Somos, mais uma vez, bebês.
Reaprendemos a enxergar o mundo através daqueles pequenos olhos.
Conseguimos adivinhar-lhes os desejos. 
Inferimos seus sentimentos e vontades pelo timbre de seus choros.
É fome. É sono. É dor. É dengo...
Cada sorriso nos faz sorrir junto e fazem
De repente, estamos reaprendendo a falar. Falando errado com eles. Repetindo seus sons.
Rimos das coisas mais óbvias.  Das situações mais simples. Do pum do palhaço.
Redescobrimos o mundo e lembramos que o céu é azul. Que o fogo queima. Que o cachorro faz au-au.
Recomeçamos a freqüentar  festas coloridas, cheias de bolas e brigadeiros. 
Quando percebemos, estamos lá no meio do salão, dançando e pulando ao som de Ilariê.
Respondemos bem alto, com toda força de nossos pulmões, qual é o nosso time, quando o mágico pergunta.
Damos vida a animais de massinha, sentamos no chão, tomamos picolé, contamos histórias, corremos no parque.

E eles vão para a escola. 
Ficamos os dois com o coração apertado e inseguros.
Quando tiram notas boas, ficamos prosas. 
Quando brigam, queremos defendê-los.
Quando dizem que são lindos, ficamos orgulhosas.
É uma sensação extremamente narcísica. 
Tomamos os elogios como se fossem pessoais.
Daí eles crescem. E nós também! 
Chega a hora de nos encantarmos com a primeira paixão. 
De nos emocionarmos com o primeiro beijo. 
De chorarmos juntos com a primeira decepção amorosa.
Dos conselhos. Dos consolos. Dos avisos.
Dos  "eu te avisei". Dos "é porque é". Dos "tá de castigo".
Das brigas necessárias para a independência.
Da luta que travam para conquistar sua individualidade.
Castigos dados também nos machucam a alma.
Doem em nós. Apesar de eles não acreditarem!

E assim vamos, vida afora com a constante sensação de déjà-vu.

Até que, finalmente, eles nos deixam.
A sensação agora é de vazio. 
O mesmo que sentimos quando saímos de casa.
Só que dessa vez estamos do outro lado. 
O vazio agora não vem mais acompanhado de excitação.
Vem acompanhado de saudade.
É como se um pedaço nos fosse arrancado.
E, como lá no começo, novamente choramos. 

Entretanto, nunca mais estaremos sós. 
Ser mãe é para sempre.
Sei que a separação física acontecerá.
Ela já ganha forma.
Ainda tenho alguma estrada a percorrer antes que esse momento me chegue.
Prossigo acostumando-me com a idéia. A vida não para. 
Mas se tudo seguir seu curso, mais uma vez renascerei.
E com esse novo renascimento aprenderei uma nova e linda palavra: vovó!
E novamente chorarei.


Primavera de 2011

                                                 
               


22 de junho de 2012

Eduardo Tiririca Suplicy

Senador Eduardo Tiririca Suplicy
Sem comentários, se ainda fosse o Tiririca, o original, mas o genérico...sem comentários...