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6 de fevereiro de 2017

Brasil, desastre e desilusão

O Brasil,
como país,
é um desastre!

Como nação,
uma triste e amarga
desilusão...

Onde o futuro perdeu-se
em algum lugar do passado.

Brasil, desastre e desilusão

25 de janeiro de 2017

Brasil está deixando de ser um país para virar um tempo verbal: a República Federativa do Futuro do Passado

"A mulher deve obedecer e ser submissa ao marido".
A frase acima é do atual presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, o mais cotado para substituir Teori Zavascki no STF.
Quando eu digo que o Brasil está deixando de ser um país para virar um tempo verbal, a República Federativa do Futuro do Passado, vocês riem deste lindo, gostoso, genial, porém humildoso, Barão de General Severiano aqui. Saco.

A notícia está na Folha de São Paulo- Cotado para o STF defende que mulher obedeça ao marido 

Brasil está deixando de ser um país para ser um tempo verbal: a República Federativa do Futuro do Passado

31 de maio de 2012

Olhos sem brilho

Sua vida se resume ao passar dos dias sentado na calçada. Acomoda-se, estrategicamente posicionado, na saída, ou chegada, do supermercado. Esmola, o jovem. Dezesseis anos, se tanto. Magro, magérrimo. Os olhos, olhei seus olhos. Dor. Desesperança. Olhos sem futuro. Dizem que é viciado em crack. Mas não. É viciado em mau-destino. Não tem passado. Novo demais para ter saudade. O futuro ficou no ventre da mãe. Pessoas passam, desviam daquele quase nada. Umas, culpa piedosa, cedem uns trocados.
Sigo-me com a imagem daqueles olhos. Vejo-os nos meus. Entrelaçados. Eu tive um futuro. De erros. Mas o tive. Aqueles olhos, não. A calçada. Dura. Fria. Inerte. Eis seu destino. Como será o não futuro? A não saudade? Nascer desesperança?
Amanhã, ou depois, ou ontem, ou trasantontem. O atemporal não futuro daquele jovem estará sentado na calçada. Olhando, debaixo, o futuro que passa e se vai. E se vem. Idas e vindas ao mercado. Um quase nada no caminho. De olhos sem brilho.

7 de abril de 2012

Só a morte poderá nos salvar

Vivemos em um mundo cada vez mais rápido,
breve, muito breve, saberemos os fatos
dantes deles acontecerem:
nõa haverá passado, ou presente,
só futuro presente e passado,
não haverá História d'antanho,
narraremos o advir.
Estamos perdendo a memória passada
para a velocidade das coisas,
não saboreamos mais nem a desgraça,
engolimos tudo, sem tempero, sem têmpera,
seremos todos Big Macs, insossos.
Robôs de nossa ambição, duramos cada vez mais,
vivemos cada vez menos.
Como pode alguém viver sem paixão,
sem a dor de uma saudade?
Só a morte poderá nos salvar- se, no porvir, ainda
nos restar o direito de morrer...

2 de dezembro de 2011

E não foi feliz


e não foi feliz
não o é
não será
inda mais
indo ao passado
buscar o futuro

o passado é saudade
que pode ser dor
ou nostalgia
do que passou
não do que está no porvir