No nosso Brasil varonil
Faz-se política com ideias
Quase sempre as mesmas:
Como posso encher os meus bolsos
E o dos comparsas que me seguem
Uma licitação viciada aqui
Um emprego fantasma ali
Tudo em nome do bolso
Que como por alguém já foi dito
É a parte mais sensível de nosso corpo
Ao povo restar escolher quem vai o roubar
E algumas esmolas de volta entregar
O estado virou um grande e corrupto supermercado
Onde seus sócios compram por atacado com preços subsidiados
E distribui bolsas esmolas aos que são miseravelmente roubados
É preciso mantê-los vivos
Para verem como são generosos e patriotas
Os mais vivos.