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8 de maio de 2014

Poema Vagabundo



Poema Vagabundo
Quando está lento o talento,
que já não é dos maiores,
o  que resta-me é rir do mundo,
e cometer um poema vagabundo,
para debochar de tanto poder imundo.
Nada é mais ridículo que os salamaleques
do poder.  Como não tenho poder, mas sou
um tanto quanto moleque, rir é o que mais me apetece.
Um dia- de preferência à noite- a morte virá a todos igualar,
em sua grotesca frieza. E lá estará, esticado e gelado, o todo-poderoso,
tal qual o mendigo da cova-rasa um pouco mais acima. Acima do todo-poderoso,
o  pedinte passará à eternidade. É ou não é para rir das ironias deste mundo vagabundo?

20 de agosto de 2012

Macho vencedor

no mundo, em verdade
o que vale é vaidade
o nariz empinado
o olhar de cima
a menosprezar à ralé obtusa
 desfilar com uma ferrari
em alta velocidade
jogando poeira
na plebe da cidade
ao lado uma bela mulher
para mostrar minha superioridade
de macho vencedor
eu era o maior do mundo
até encontrar o maldito poste vagabundo
que minha vida injustamente arrancou
um mendigo que passava
da ferrari meu corpo retirou
viu que eu morto estava
e nada me roubou
apenas sorriu e seguiu
ele não tem nada a perder
eu tenho tudo
dinheiro, carros, mulheres e avião
mas estou aqui deitado em um caixão
frio...e só...eu...tão poderoso
que fim odioso.