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Geir Campos, orgulho de minha querida São José do Calçado |
Tarefa
Geir Campos
Morder o fruto amargo e
não cuspir
mas avisar aos outros quanto é amargo,
cumprir o trato injusto e não falhar
mas avisar aos outros quanto é injusto,
sofrer o esquema falso e não ceder
mas avisar aos outros quanto é falso;
dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a noção pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.
Geir Nuffer Campos nasceu em São José do Calçado
(ES) no dia 28/02/1924. Foi piloto da marinha mercante e ex-combatente civil na
Segunda Guerra Mundial. Formou-se em Direção Teatral (FEFIERJ-MEC, Rio), mestre
e doutor em Comunicação Social pela Escola de Comunicação da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da qual foi professor. Sempre engajado nas
lutas de seu tempo, foi um dos fundadores do Sindicato dos Escritores do Rio de
Janeiro e da Associação Brasileira de Tradutores, hoje Sindicato Nacional dos
Tradutores, de que foi presidente. Em 1962 candidatou-se a vereador na cidade
de Niterói, mas foi derrotado.
Jornalista, colaborou no "Diário Carioca", "Correio da
Manhã", "Última Hora", "O Estado", "Diário de
Notícias", "Para Todos", Letras Fluminenses", "Jornal
de Letras" e no jornal "A Ordem", de sua terra natal.
Radialista, apresentou na Rádio MEC, por mais de 20 anos, o programa
"Poesia Viva".
Geir Campos faleceu no dia 08 de
maio de 1999, aos 75 anos, em Niterói (RJ).
Poema extraído do livro "Geir Campos - Antologia Poética", Léo
Christiano Editorial Ltda. - Rio de Janeiro, 2003, pág. 89, organizada por
Israel Pedrosa.
Mais sobre Geir
Campos no site Releituras