Mostrando postagens com marcador poesia amor. Mostrar todas as postagens
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4 de agosto de 2023
15 de fevereiro de 2023
Como te amo?
Como te amo?
Elizabeth Barrett Browning
Como te amo? Deixa-me contar de quantas maneiras.
Amo-te até ao mais fundo, ao mais amplo
buscando, para além do visível dos limites
do Ser e da Graça ideal.
Amo-te até às mais ínfimas necessidades de todos
os dias à luz do sol e à luz das velas.
Amo-te com liberdade, enquanto os homens lutam
pela Justiça;
Amo-te com pureza, enquanto se afastam da lisonja.
Amo-te com a paixão das minhas velhas mágoas
e com a fé da minha infância.
Amo-te com um amor que me parecia perdido - quando
perdi os meus santos - amo-te com o fôlego, os
sorrisos, as lágrimas de toda a minha vida!
E, se Deus quiser, amar-te-ei melhor depois da morte.
Elizabeth Barrett Browning (1806-1861) foi uma poetisa inglesa da época vitoriana. Autora de Sonetos da Portuguesa, reunião de poemas românticos — sua própria história de amor com o marido, o também poeta Robert Browning.
19 de agosto de 2021
É urgente o amor
É urgente o amor
Eugénio de Andrade
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
Eugénio de Andrade (1923-2005), pseudônimo de José Fontinhas foi um poeta português.
10 de julho de 2020
Fumo- Florberla Espanca ❤️❤️💔💔❣️
Fumo
Florbela Espanca
Florbela Espanca
Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas;
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!
Longe de ti não há luar nem rosas;
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!
Florbela Espanca (1894-1930), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.
❤️❤️💔💔❣️
6 de março de 2020
E teus braços me acolheram
Um dia,
nublado e triste,
perdi minh'alma
Dores indizíveis
perpassavam
meu ser
Dores d'alma penada,
insana,
sem prumo,
sem rumo...
E então,
vagando
sem rumo
pelo mundo,
deparei-me
com teu sorriso
belo e terno!
Foi como,
de novo,
ver o brilho do Sol!
E teus braços
me acolheram...
E tua boca me deu calor,
e teu coração me deu amor!
E em ti, mulher
feita de fogo,
amor, afeto e
infinita paixão,
renasci,
para o mundo,
para a vida,
para te amar!
nublado e triste,
perdi minh'alma
Dores indizíveis
perpassavam
meu ser
Dores d'alma penada,
insana,
sem prumo,
sem rumo...
E então,
vagando
sem rumo
pelo mundo,
deparei-me
com teu sorriso
belo e terno!
Foi como,
de novo,
ver o brilho do Sol!
E teus braços
me acolheram...
E tua boca me deu calor,
e teu coração me deu amor!
E em ti, mulher
feita de fogo,
amor, afeto e
infinita paixão,
renasci,
para o mundo,
para a vida,
para te amar!
13 de março de 2019
Devias estar aqui rente aos meus lábios
Devias estar aqui rente aos meus lábios
Eugênio de Andrade
Eugênio de Andrade
Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um
- Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum
Eugênio de Andrade (1923-2005), pseudônimo de José Fontinhas foi um poeta português.
8 de junho de 2018
6 de março de 2018
Saudade maior
Nada é para sempre...
Só a saudade que sinto de ti,
é eterna.
Saudade maior
que o infinito Universo,
embora caiba nestes
nostálgicos versos.
9 de dezembro de 2017
Saudade sem nexo
A saudade,
tua,
sempre chega
pelas lembranças
do teu cheiro,
da maciez de tua pele,
da sofreguidão de teus beijos,
do calor de teu sexo...
E fico, eu,
saudade sem nexo.
tua,
sempre chega
pelas lembranças
do teu cheiro,
da maciez de tua pele,
da sofreguidão de teus beijos,
do calor de teu sexo...
E fico, eu,
saudade sem nexo.
30 de outubro de 2017
No mistério do sem-fim- Cecília Meireles
No mistério do sem-fim
Cecília Meireles
Cecília Meireles
No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta
a asa de uma borboleta
Cecília Benevides de Carvalho Meireles (1901-1964) foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira. É considerada uma das vozes líricas mais importantes das literaturas de língua portuguesa.
31 de agosto de 2017
O ódio
O ódio...
Que ódio!
Que ódio?
Aos que odeiam,
o diferente,
apenas por não ser igual
ao "mundo ideal meu".
O mundo ideal é anormal...
Normal é o diferente,
o outro, que me contrasta
e me completa.
E me ama...
Sem ódio.
Que ódio!
Que ódio?
Aos que odeiam,
o diferente,
apenas por não ser igual
ao "mundo ideal meu".
O mundo ideal é anormal...
Normal é o diferente,
o outro, que me contrasta
e me completa.
E me ama...
Sem ódio.
7 de agosto de 2017
da tua ausência
eu sonhei contigo.
sempre sonho contigo...
estarás para sempre comigo.
em sonhos,
em saudades...
nos dias nublados,
feitos para a triste solidão
da tua ausência.
sempre sonho contigo...
estarás para sempre comigo.
em sonhos,
em saudades...
nos dias nublados,
feitos para a triste solidão
da tua ausência.
17 de julho de 2017
Vem,serenidade!
Vem, serenidade!
Vem cobrir a longa
fadiga dos homens,
este antigo desejo de nunca ser feliz
a não ser pela dupla humidade das bocas.
Vem cobrir a longa
fadiga dos homens,
este antigo desejo de nunca ser feliz
a não ser pela dupla humidade das bocas.
Vem, serenidade!
faz com que os beijos cheguem à altura dos ombros
e com que os ombros subam à altura dos lábios,
faz com que os lábios cheguem à altura dos beijos.
faz com que os beijos cheguem à altura dos ombros
e com que os ombros subam à altura dos lábios,
faz com que os lábios cheguem à altura dos beijos.
Raul Maria de Carvalho (1920-1984), foi um poeta português. Foi incluído no lote dos 100 melhores poetas do século XX português, por Jorge de Sena e Eduardo Lourenço considerou-o herdeiro de Álvaro de Campos
25 de março de 2017
Súplica- Miguel Torga
Súplica
Agora
que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se
a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Miguel
Torga (1907-1995), pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, foi um dos
mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX.
Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também
romances, peças de teatro e ensaios.
Miguel Torga |
Resumo
22 de março de 2017
Se uma saudade ficou
Se uma saudade ficou,
Se uma lágrima
Derramaram por você,
Então, sua vida
Não foi em vão.
1 de fevereiro de 2017
16 de janeiro de 2017
Um sorriso de criança
Um sorriso de criança...
De vez em quando ainda consigo cometer um assim... tão terno, tão belo, tão puro, tão feliz!
4 de janeiro de 2017
26 de dezembro de 2016
A compaixão é o mais belo dos sentimentos
Não feches suas mãos
Com pedras dentro
Para atirá-las
Em quem precisa
De afeto amor ternura
E colo... muito colo!
Não apedrejes
A solidão d'alma dilacerada
Por sofrimentos indizíveis
Não julgue...
Acolha
Dê colo
Una os braços
Em torno de quem
Em desespero
E de maneira
Às vezes errada
Pede socorro
Um terno abraço
Não custa nada
Mas pode valer
O salvar uma vida
Abra os braços
Acolha...
Abra seu coração
E chore junto
A dor do outro
A compaixão
É o mais belo
Dos sentimentos
Cultive-a...
Sinta-a...
Acolha...
Não julgue
Perdoa...
E serás livre!
Com pedras dentro
Para atirá-las
Em quem precisa
De afeto amor ternura
E colo... muito colo!
Não apedrejes
A solidão d'alma dilacerada
Por sofrimentos indizíveis
Não julgue...
Acolha
Dê colo
Una os braços
Em torno de quem
Em desespero
E de maneira
Às vezes errada
Pede socorro
Um terno abraço
Não custa nada
Mas pode valer
O salvar uma vida
Abra os braços
Acolha...
Abra seu coração
E chore junto
A dor do outro
A compaixão
É o mais belo
Dos sentimentos
Cultive-a...
Sinta-a...
Acolha...
Não julgue
Perdoa...
E serás livre!
30 de novembro de 2016
Que dó do povo de Chapecó
A garganta
Deu um nó
Ao ver
A tragédia
Que se abateu
Sobre o povo
De Chapecó
E só consigo
Triste exclamar:
Que dó!
Que dó!
Que dó!
O jornal esportivo argentino Olé publicou a mais bela charge em homenagem à Chapecoense. |
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