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24 de outubro de 2012

Uma Foto Para a Prosperidade



Uma Foto Para a Prosperidade

Se vocês são como eu, amantes ferrenhos e defensores da nossa língua pátria, devem estar agora se revirando todos ante a tela, pensando estar diante de mais um energúmeno matador de idiomas.
Sinto dizer que se enganam. Talvez melhor fosse dizer, acalmem-se. Não perdi de todo o juízo.
Enquanto houver um neurônio funcionando nesta minha cabeça pirracenta, implicarei com os que tentam matar nossa linda língua, os assassinos de palavras e expressões.
Deixo bem claro que sei que faria mais sentido, e nenhuma comoção, se houvesse escrito que a foto seria para a "posteridade". Mas isso é mais do que óbvio. Todas as fotos que tiramos são para a posteridade. Mas só algumas são para a prosperidade.
Explico-me. Sempre acreditei que nossas lembranças são nosso melhor tesouro. Fazem parte do baú que carregamos atrelado ao peito e que, vez por outra, fazemos questão de exibir aos que julgamos merecer. Nesse baú próspero, guardamos as nossas melhores e caras recordações: amigos de infância, casamentos um dia felizes, colos de pai e mãe, sorrisos de avós, juventude, amores perdidos, cabelos ao vento, sorrisos sem razão, nascimentos de filhos... Enfim, todas as coisas que verdadeiramente enriquecem nossa existência.
Por isso, caros colegas e amantes do Português, não me sacrifiquem antes da hora. Espero que tenham agora compreendido meu devaneio linguístico e que ainda me tenham como uma de vocês, ferrenhos defensores das palavras, frases e orações.
Um beijo  para a prosperidade.


Silvia Britto                                Primavera de 2012