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6 de janeiro de 2023

A indignação que nos falta

 Um PM

Um tiro

A morte

Inocente

 Atingido

Seu crime:

Ser preto

Ser pobre

Ser favelado

Genocídio

Normatizado

Tão brasileiro

Que vergonha

A indignação

Que nos falta


5 de fevereiro de 2022

DESDE QUE SEJAM PRETOS- André Luiz Davila

 DESDE QUE SEJAM PRETOS

André Luiz Davila

O açoite é corretivo,
Desde que seja nos pretos!
O açoite é pedagógico,
Desde que seja nos pretos!
O açoite é legítimo,
Desde que seja nos pretos!
A bala perdida é um acidente,
Desde que atinja um preto!
O esculacho é livre,
Desde que descarregado em um preto!
A fome negra é invisível,
Porque negra é a cor dos pretos!
Os pretos são livres,
Livres para morrer como pretos!
Africanos, latinos, norte-americanos,
Pretos são sempre pretos!
O joelho do policial pode asfixiar,
Desde que esteja no pescoço de um preto!
Os capitães do mato podem caçar,
Desde que a caça seja preta!
As cadeias podem lotar,
Desde que superlotadas de pretos!
Preto aqui tem várias cores:
Preto, pobre, favelado, mulher, gay, trans...
Petrópolis, verão bárbaro de 2022.

André Luiz Davila é filósofo, poeta, professor, primo e padrinho do meu filho- mas, acima de tudo, é um grande humanista.

29 de agosto de 2015

10 de novembro de 2014

Do jeito que vai Botafogo vai ter de trocar as cores de sua bandeira



Do jeito que vai Botafogo vai ter de trocar as cores de sua bandeira
A situação do Botafogo anda tão negra, que do jeito que a coisa vai, em breve o clube vai ter de trocar as cores de sua bandeira: de preto e branco para preto e negro. Saco

9 de junho de 2013

"Sou Flamengo mas não sou bandida"

"Sou Flamengo mas não sou bandida"- Interrogações

Rindo muito:
Outro dia estava na banca de jornal do Luís, um negão-
afrodescendente-botafoguense muito do gente boa. Uma freguesa folheava uma revista quando passa um amigo dele e diz: "Fala flamenguista?!" O Luiz responde em alto e bom som: "Eu sou preto mas não sou bandido!" Não prestou, a "madaminha" subiu nas tamancas: "Pois fique o senhor sabendo que sou Flamengo mas não sou bandida!" Luis, vira-se pra ela e diz: "Calma, minha senhora, é brincadeira e toda regra tem exceção!"
Saí de fininho chorando de rir.

22 de fevereiro de 2011

Pode voltar, não consigo te ver

dog-165
Beberam todas e retornam para casa cantando Boêmia, a foto me lembrou meus tempos de esbórnia, uma vez lá em minha querida São José do Calçado, estavámos no Bar do Conrado, umas quatro da manhã, eu já só pra lá, não tinha mais pra cá, quando o Itaperuna, amigo de infância, se vira pra mim e diz:
- Chega, você não vai beber mais, vou te levar em casa!
Detalhe: O Itaperuna é afrodescedente da gema, pretinho, pretinho.
Me levantei, apoie-me em seus ombros, que a situação era periclitante, e saimos, trôpegos, em direção à casa de meu avô, no meio do caminho acaba a energia, eu estaco e o Tapera me pergunta:
- Parou por quê?
Eu viro pra ele e digo:
- Pode voltar daqui, acabou a luz, uma escuridão desgraçada e não consigo te ver, pretinho do jeito que é!
- Vai pra puta que o pariu, Toinha!- manda ele.
No dia seguinte a cidade toda já sabia da história, que até hoje ele conta às gargalhadas. Bons tempos!