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17 de junho de 2015

Um brilhante texto sobre a falta de assunto

Tenho amigos, bons amigos, que passam suas vidas fieis às suas convicções, como se isso fosse uma grande virtude. Seria, se o mundo não mudasse... Mas muda, e eles continuam arraigados  em suas antigas verdades, ainda que a realidade insista em mostrar o quão estão errados.
Por isso a única convicção definitiva que tenho é a de que sou Botafogo. Ainda que isso também seja um grande erro, pago com décadas de sofrimento.
Mas o Botafogo é sublime em sua inconstância louca, e este é um dos motivos do Botafogo não ser para os óbvios, para os que gostam de seguir manadas ignaras que acham que quantidade é qualidade. Não é, nunca foi, nunca será...
Perceberam!?  É assim que  escrevo um texto sobre o nada quanto estou sem assunto. Coisa de gênio...

16 de junho de 2015

Filosofia é a explicação da existência humana que ninguém consegue entender

Filosofia: razão da existência humana; conjunto das reflexões particulares que buscam entender a realidade, a partir da razão.
A frase acima é uma das definições do que é filosofia que encontrei em um dicionário.
Filosofar, então,  é procurar entender a realidade a partir da razão. Em geral, através de longos tratados herméticos escritos por filósofos que ninguém consegue entender, muito menos os próprios autores das exegeses, que são tão incompreensíveis quanto as entrevistas de Tia  Dilma Sapiens ou Gilberto Gil. Daí eles escrevem outro tratado metafísico ( li em algum lugar, que metafísica é como procurar uma agulha em um palheiro, mas sem que ela ao menos encontre-se no local) para explicar o primeiro que ninguém entendeu... E, quase sempre, são barbudos os filósofos- os que não usam barbas não são confiáveis. Motivo: não têm tempo de fazer a barba, pois gastam todo o seu tempo tentando encontrar uma explicação para a explicação anterior do que afirmaram, e a qual ninguém conseguiu decifrar.
Não, Tia Dilma, não é filosofa, por isso não tem barba, já a dona Marilena Chauí... Esqueçam.
Resumindo: filosofia é a explicação da existência humana que ninguém consegue entender. Entenderam?

3 de junho de 2015

Alguém pode me explicar pra que estudar economia durante anos

Alguém pode me explicar o motivo de um sujeito estudar economia durante anos para, em um momento de crise no sistema, usar sempre a mesma fórmula: causar desemprego, aumentar impostos e juros e fazer promessa de um futuro radiante. Isso até um burrinho como eu faz, e sem perder anos lendo aquelas maçarocas intragáveis nas quais os economistas, em linguagem hermética, tentam explicar os motivos da realidade sempre insistir em desmoralizar suas previsões. Saco.

13 de abril de 2015

Sãos são os loucos

Em verdade
O mundo
É um vasto
Manicômio
Que chama
De loucos
Os que veem
A dura realidade
De nossa
Estúpida
E cruel
Insanidade

Sãos são
Os loucos
Que trancamos
Em manicômios
Para esconder
A nossa triste 
E cruel
Loucura.

21 de março de 2014

Pensamento de um radical

Pensamento de um radical
Pensamento de um radical

Se a realidade diverge de minha ideologia, que mude-se a realidade.

Por falar em radicalismo, um recado aos saudosos da ditadura militar: "O suposto milagre, no entanto, foi efêmero. O crescimento econômico começa a declinar a partir de 1973. No final da década de 1970, a inflação chega a 94,7% ao ano."
Sabem de onde é o texto acima? Da revista Veja!

Eis o link :Veja.com 

14 de novembro de 2012

Em defesa das migalhas


 Em defesa das migalhas

Por ter sempre sido uma pessoa que não tinha outra maneira de sobreviver se não fosse contentando-me com migalhas, 
criei um carinho muito especial por elas e lanço-me aqui em sua defesa. 
É certo que tudo pelo que passamos contribui para nos fortalecer e definir nosso papel no mundo. 
E é aí que entram as migalhas. Parece que não, mas elas nos fortalecem.

Há sempre um tom pejorativo em volta do termo "migalhas". 
Todos possuem uma ideia muito negativa a respeito delas. 
Mas não é bem assim.

Devemos prestar mais atenção às nossas pequenas e insignificantes conquistas do dia a dia. 
Graças a elas conseguimos caminhar e chegar aonde estamos. 
Quando se é pequeno, literalmente falando, são as pequenices da vida que nos enchem o coração de alegria. 
Quer coisa mais sublime do que ouvir uma história bem contada? Rir de uma piada boba?
Do que dar vida a uma página em branco com uma caixa de lápis de cor? 
Do que ter a profissão dos seus sonhos concretizada em uma tarde, enquanto se dá aula de Português para bonecas ou se brinca de Miss Brasil?

Mas não falo apenas de coisas concretas. 
Quero defender também as migalhas emocionais. 
O pouquinho de amor e atenção que nos deixam felizes no cotidiano e que costumamos relegar ao segundo plano.
O abraço do amigo. O "muito bem" do professor. O sorriso rápido do pseudo-paquera. O cheirinho de roupa limpa.

Fui uma criança que sobreviveu de migalhas. 
Emocionais e materiais. 
A princípio parece uma coisa triste. 
E é. Recolhia cacos. 
Passei muitos momentos de privação. 
Sentia-me triste e solitária. 
Mas é inerente ao ser humano a necessidade de sobreviver. 
E fomos dotados de pensamentos e emoções que nos ajudam nessa tarefa diária. 
Muitas vezes isso sucumbe à realidade de tocar a vida. 

Mas por que falo disso? Ah, sim, por causa das migalhas.
Não nos damos conta num primeiro momento de como migalhas são importantes. 
Apesar de com certeza já termos ouvido ou pensado o contrário. 
Quem nunca ouviu o ditado: "de grão em grão a galinha enche o papo"?
E é assim mesmo. É um pouco aqui e um pouco ali. 
E ao longo da vida, as migalhas acumuladas vão formando um "muito". 

Ter essa percepção faz com que eu agora olhe para trás e sinta um carinho especial pelas minhas pequenas grandes miudezas. 
Felizmente, embora envergonhada, tive a humildade de acolhê-las. 
Por inúmeras vezes senti-me inferior ao perceber que muitas pessoas que conviviam comigo as ignoravam por completo. 
Com certeza, pensava eu, por sentirem que delas não precisavam. 
Arrogância de gente confiante. 
E eu ali, a recolher meus caquinhos. Uma verdadeira mendiga de emoções.

Mas a vida mostrou o contrário. 
Hoje, com certa tristeza, me dou conta de que muitas daquelas pessoas possuem um saco cheio de vazio.
Já o meu, está cheio. De migalhas. De pequenices. De miudezas. 
É a minha caderneta de poupança de vida, que agora transborda de lembranças coloridas. 
São meu orgulho e a certeza de que valeu a pena recolhê-las e guardá-las com carinho.

Quer um conselho? Elas ainda abundam por aí.
(Abundam... Palavra feia, né? Mas no momento ela é mais-que-perfeita!) 
Ainda há tempo de sair recolhendo-as. 
Elas são o nosso feijão com arroz de cada dia. O que nos fortalece para irmos à luta em busca do resto do pão. 
Se há migalhas, é porque certamente haverá um pão inteiro nas proximidades. 
Elas são pistas de que algo maior nos ronda e nos preparam para abocanhá-lo. 
Portanto, procure. Fuce. Vasculhe. Garimpe. E não deixe nada passar despercebido.
Aprenda apenas a separar o que é reciclável do descartável.
Boas migalhas pra você!

Silvia Britto                 Primavera de 2011


                                              



10 de março de 2011

Eu me concentrava em meus desejos

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Viu como você pode ser poderoso. Eu, quando tinha meus dezoito anos, me concentrava, emitia minhas vibrações e logo a realidade vinha na forma de Brigitte Bardot ou Claudia Cardinale, aí meus desejos se realizavam e eu ficava lá, ora com uma, ora com outra, até alguém bater na porta do banheiro gritando educadamente: " Quer fazer o favor de parar de tocar punheta aí que eu quero cagar!"
Triste realidade!