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1 de novembro de 2017

Uma notinha sobre a briga entre taxistas, o Uber e demais aplicativos de passageiros

Uma notinha sobre a briga entre taxistas e o Uber e demais aplicativos de transporte: muitos políticos, principalmente vereadores, são donos de autonomia de táxis.
Conheço um, de Niterói, que é dono de seis delas. Por isso o município não regularizava os mais de 300 táxis clandestinos que circulavam na cidade até 2015, ano em que mudei para Brasília. É o nosso velho corporativismo vivo como nunca... e sempre a favorecer os muito vivos!
Á época, cada autonomia valia cerca de R$ 250 mil. Com a concorrência dos aplicativos os preços caíram, o que deixou os proprietários das tais autonomias fulos da vida!
E ainda sugam até a última gota de suor os motoristas que alugam táxis para trabalhar.
Brasil: a vanguarda do atraso! 

Uber x Táxi

16 de dezembro de 2012

"Nem me fale do Botafogo, meu amigo, não quero mais saber desse time safado!"

Pego o táxi. No painel um escudo do Botafogo. Cumprimento o motorista, peço para me levar à rodoviária de Niterói, e digo: "Sofredor que nem eu?"
Resposta: "Nem me fale do Botafogo, meu amigo, não quero mais saber desse time safado!"
E desandou a falar do Botafogo por todo o trajeto. Eu quieto. Ao chegarmos, pago e antes de descer, digo: "Rapaz, ainda bem que que você não quer mais saber do Botafogo, se quisesse ninguém ia te suportar."
Ele me olha, abre um largo sorriso e diz: "Paixão desgraçada, minha mulher diz a mesma coisa."
Saio e fico pensando nos homens e suas paixões...Ah, Botafogo! Paixão desgraçada...Gloriosa e sofrida paixão. Estrela tatuada no coração.

                                                                                    

15 de agosto de 2012

"Vocês querem é matar aula!"

Zeca Lisador foi uma das figuras mais doces que conheci, amigo de infância de meu pai lá em São José do Calçado, veio para o Rio e caiu na boêmia da velha Lapa. Quando o conheci tinha um táxi aqui em Niterói e logo virou o motorista da pinguçada. Dirigia muito bem, era educado, simpático e querido por todos. O problema era quando bebia, não era de beber todo dia, mas quando começava...dez...quinze dias...direto.
Certa feita Dr Jandir, um homem sério, advogado respeitado e ex-presidente do antigo Banco do Estado do Rio de janeiro ( BERJ ), ficou sem motorista, Zeca tinha batido com seu carro, e Zé Maurício, sócio de Dr Jandir, indica o Zeca para servir ao amigo.
Dr Jandir e sua esposa logo se tomaram de amores pelo novo motorista e já pensavam em contratá-lo em definitivo. Pegaram tanta confiança que Zeca passou a levar o casal de netos de Dr Jandir- o menino devia ter uns doze anos à época, a menina por volta de dez- para a escola.
Neste período, cerca de dois meses, Zeca estava sem beber e tudo corria maravilhosamente nos conformes. Em uma sexta-feira Zeca teve uma recaída, no sábado, por volta das 11h, Dr Jandir liga pro Zeca e pede a ele que pegue seus netos na casa da filha e os leve para a casa dele. Zeca, solícito que era, mesmo de ressaca, foi cumprir sua missão. Antes parou em um boteco bebeu uns 3 ou 4 jorginhos ( conhaque George Albert ) e uma cerveja para equilibrar o metabolismo, como dizia. Depois pegou as crianças e parou em frente ao Instituto Abel, onde elas estudavam. Os dois ficaram sentados dentro do carro, sem entender bem o que se passava, quando Zeca ordena:
- Anda, desçam logo pois vão chegar atrasados na aula!
-Mas, seu Zeca, hoje é sábado, não tem aula- argumenta o garoto.
- Vocês não me enganam, podem descer, já pra aula! Se não estudarem vão virar motorista de táxi como eu...anda...já pra aula!
Bem, as crianças desceram e o Zeca foi para a casa do Dr Jandir queixar-se com ele:
- Dr,  as crianças tentaram me enrolar, queriam matar aula, mas comigo não tem disso não, deixei os dois na porta da Abel, agora o senhor fica de olho neles, na idade em que estão tem de ter disciplina, se não se perdem, como eu!
O Zeca? Voltou a ser o motorista da pinguçada.