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19 de julho de 2013
30 de janeiro de 2013
Valsa em ritmo de Tango
Valsa em ritmo de Tango
Silvia Britto
E sigo não compreendendo a obviedade da vida.
Ou ilógica, é a minha lógica ao tentar decifrá-la.
Uma das maiores dificuldades do meu cérebro eternamente apaixonado é entender o amor.
Por mais que tente, fuce aqui e acolá, a unica conclusão lógica à que chego é a de que o amor é cruel.
O amor é cruel na sua acomodação. Fere por palavras não ditas. Por presenças não notadas.
O amor acostuma-se a cheiros. Tem como garantida a derrota e entrega passiva de suas presas.
Diferentemente, age sua principal rival, a paixão.
Essa sim... Uma eterna boêmia... Sedutora como ela só.
Fala por silêncios, ocupa o coração como uma posseira.
Não há paz na paixão. Mas quem se importa? É a intranquilidade que move a criação.
Chega sorrateira e transforma o mundo em um arcoíris psicodélico qual o da Lucy, a do Sky.
E arrebata-nos para um mundo do qual não queremos escapar.
Difícil tarefa a de encontrar esse antagonismo mágico em um só lugar.
Sou sonhadora e bissexual. Quero os dois, o amor e a paixão embaixo do meu teto.
Obviamente, tento desesperadamente transformar um no outro o tempo todo.
Mas sou obrigada a desistir de tamanha onipotência.
Amar é uma dança de salão.
Paixão, um solo descontrolado que se dança junto.
Preciso de alguém que dance valsa comigo ao ritmo do tango.
E sigo procurando esse bailarino perfeito, capaz de surpreender-me com rodopios fora do compasso.
Alguém que me puxe forte pelos cabelos e sopre o meu coração.
Que me deixe dormir em paz e me acorde tremento de desejo e volúpia.
...
Enquanto isso, sigo resignada às correntes do amor...
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