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5 de novembro de 2022

Dica de filme do Barão: 1985

 Dica de filme do Barão

Para terem uma ideia do que livramos o Brasil ao derrotar o fascismo bolsonarista, sugiro que vejam o filme 1985, na Prime Vídeo. A obra trata do julgamento dos chefes militares que comandaram a ditadura militar argentina (1976-1983). É devastador!
Já aqui em Macunaíma, até os torturadores a serviço da ditadura militar que infelicitou a nação por longos 21 anos foram anistiados. Os chefes deles? Até hoje dão nome a pontes, estradas, ruas e estádios por todo o país.
Aliás, o atual presidente, o fascista Jair Messias Bolsonaro, tem como maior ídolo um desses torturadores covardes: o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Bolsonaro não surgiu do nada... Saiu dos esgotos fétidos de nosso fascismo. Esgotos que nunca tivemos a coragem de sanear.

27 de julho de 2022

A impunidade da direita no Brasil

 Editorial do Barão

A direita já está procurando uma forma de blindar Jair Bolsonaro no intuito de livrá-lo da cadeia após sua derrota nas eleições presidenciais que serão realizadas em outubro.
Como bem afirmou Pedro Abramovay, mestre em direito constitucional pela UnB e doutor em ciência política pelo IESP-UERJ:
-"A História do Brasil é a de punir a esquerda e criar saídas institucionais para deixar a direita impune. Nunca deu certo. Não acalmou nossa violência institucional, não fortaleceu nossa democracia. Tomara que não caiam mais uma vez nessa armadilha."
Exemplo clássico: os torturadores da ditadura militar também foram "perdoados" pela anistia. Todos os demais países do Cone Sul da América Latina (Uruguai, Chile e Argentina), em algum momento após a queda das ditaduras implantadas por lá, julgaram e condenaram os psicopatas covardes que torturam e mataram presos políticos que estavam sob a guarda do Estado, e por este motivo deveriam ter suas integridades físicas preservadas.
Aqui, em Macunaíma, além de não terem sido punidos, um dos carrascos da ditadura, o cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra, é o maior ídolo do atual presidente da República, o genocida Jair Messias Bolsonaro.
Suspeito que, mais uma vez, a extrema-direita fascista, que Bolsonaro representa, vai sair impune.
A História do Brasil é, desde sempre, a da impunidade dos poderosos, desde que à direita.

19 de abril de 2022

Do Barão para o Mourão

 Segundo o vice-presidente Hamilton Mourão não adianta apurar nada sobre as barbaridades cometidas pela ditadura militar contra presos políticos "porque já estão todos mortos". E riu...

Pela teoria do vice-asno se você torturar e matar alguém não deve te acontecer nada, afinal a vítima já morreu mesmo.
É esse tipo de gente que está no poder atualmente no Brasil.
O Brasil foi o único país do mundo a anistiar torturadores e assassinos de presos que estavam sob a guarda do Estado e deveriam ter suas integridades físicas preservadas segundo a Constituição, inclusive a dos tempos da ditadura.
Ah, o Brasil foi também o último país do mundo a acabar com a escravidão.
Bolsonaro e seus asseclas representam a parte podre do Brasil, a que sonha com a volta da ditadura militar e, se possível, com o retorno da própria escravidão. E a parte podre da Nação, infelizmente, ainda é bem grande.
A nossa luta, como venho repetindo faz tempo, é entre civilização e barbárie. Num embate assim não há muro... Ou se é a favor da civilização ou da barbárie.

Aqui você pode ouvir os áudios dos ministros do Superior tribunal Militar (STM) no período da ditadura: Os áudios que atestam tortura no regime militar

29 de outubro de 2021

Centrão quer criar cargo de "senador vitalício" para proteger Bolsonaro dos crimes que cometeu no poder

 Editorial do Barão

A fascistada bolsonarista começa a falar na criação na figura do "senador vitalício". Os agraciados com a sinecura seriam os ex-presidentes da República. Objetivo da indecorosa patranha: proteger com imunidade parlamentar o genocida Jair Bolsonaro dos crimes que cometeu no poder.
Como o Brasil saiu de uma ditadura militar e anistiou até torturadores, não duvido nada que o embuste tenha sucesso.

💩💩💩😈😈😈💀💀💀😡😡😡💣💣💣😖😖😖

4 de abril de 2021

Por Cristo

 torturam-te

chicotearam-te
humilharam-te
mataram-te  na cruz

agora comemoram
sua ressurreição

quanta hipocrisia...
por Cristo!

torturam-te chicotearam-te humilharam-te mataram-te  na cruz  agora comemoram seu nascimento  quanta hipocrisia... por Cristo!


27 de junho de 2015

Pobre Alfredo

Pobre Alfredo
- Viu, Alfredo, até os EUA já aprovou o casamento, e nós ainda não nos casamos...
- Esquece isso, mulher, vivemos tão bem esses anos todos, eu na minha casa e você na sua, pra que complicar?
- Você está me chamando de complicada, é isso, senhor Alfredo?!
- Não foi isso que eu quis dizer...
- Diz e diz que não diz, quer saber, você é um grosso, insensível...
O resto vocês imaginam pois, muito provavelmente, já viveram momentos iguais, onde somos torturados por nossas mulheres. Tortura a que nos submetem com frequência e ainda batizaram candidamente com o carinhoso nome de discutir a relação. Discussão que se resume em levarmos esporro durante horas e termos o sagrado direito de dizermos, uma vez ou outra, bem no meio da sessão de tortura, um 'você tá certa", para ver se conseguimos abreviar nosso sofrimento. 
Pobre Alfredo.


10 de novembro de 2014

Tédio não é preguiça...




Tédio não é preguiça...
Que tédio! 
Tédio não é preguiça...
É muito pior.
A preguiça é prazerosa, cordata, amiga, bonachona.
O tédio não, é vontade de fazer não sei o quê; paralisa mas incomoda... é cínico, cruel, pérfido. Me faz querer ir, mas sem me dar um destino ou um motivo- e, sadicamente, me tortura de nada querer e, ao mesmo tempo, tudo querer. Maldito tédio.
Que tédio!
Acho que vou pular do prédio e ir de encontro ao tédio eterno...

2 de outubro de 2014

Sobre a "banalidade do mal" que nos torna insensíveis

Sobre a "banalidade do mal" que nos torna insensíveis
Hannah Arendt
Morreu hoje uma menina que foi torturada em uma favela do Rio. Como está virando moda, os torturadores filmaram a barbárie.
Ao ver o vídeo lembrei-me da filosofa alemão de origem judaica, Hannah Arendt, que foi cobrir o julgamento do carrasco nazista, Adolf Eichmann, por Israel em 1961, e produziu uma das obras seminais do século XX, o livro "Eichmann em Jerusalém", onde surge a expressão "a banalidade do mal".
"Arendt concluiu que Alfred Eichmann não era um sujeito especialmente antissemita nem particularmente perverso. Era só um odioso burocrata cumprindo ordens sem questioná-las. As conclusões da filósofa causam até hoje muita polêmica. Eichmann foi enforcado em 1962 em Tel Aviv."
Segundo Arendt, o mal, quando atinge grupos sociais, é político e ocorre onde encontra espaço institucional. A banalidade do mal se instala no vácuo do pensamento, trivializando a violência.
Pioramos... Hoje faz-se o mal por puro niilismo, por descrença em tudo, principalmente em nossa humanidade.
Luto todo dia comigo mesmo para não perder minha capacidade de me indignar com barbaridades como essa. Mas estou perdendo a luta, é tanto desprezo pelo "outro"( s ) que vou me tornando insensível perante o mal.
Estou triste e decepcionado, comigo e com nossa a cada dia mais desumana... humanidade.


Aqui um excelente texto de LADISLAU DOWBORum homem que foi torturado pela ditadura militar brasileira Outras Palavras- A atualidade brutal de Hannah Arendt

13 de maio de 2014

Onde estão vossos deuses?

Onde estão vossos deuses?
O dorso nu.
A pele negra
brilha sobre o
sol escaldante

Está acorrentado
ao tronco
o negro homem

O chicote sibila
no ar e rasga
a pele- dor lancinante!
Uma.... duas...trinta vezes...
O sangue escorre.
Vermelho,
como o meu
o seu
o do feitor
e o de seu dono.
Não soltou um ai.
O suor escorre
misturado ao sangue,
o corpo desfalecido
acorrentado ao tronco.
Onde estão vossos deuses?
Onde está vossa humanidade?
Mais no chicote que no tronco,
que acolhe o corpo torturado.
Precisamos aprender a ser troncos,
rijos e acolhedores.
É um longo caminho, pegajoso,
pelo sangue que brota
de corpos inocentes,
vítimas de homens e deuses
covardes e indecentes!

6 de abril de 2014

Minha internet anda mais lenta que processo contra político corrupto na Justiça

Minha internet anda mais lenta que processo contra político corrupto na Justiça

Minha internet anda mais lenta que processo contra político corrupto na Justiça.

Ah, no Brasil você contrata tantos megas com sua operadora e recebe uns poucos "mínis"-megas. Roubo com o aval do Estado. Que a bem da verdade, é o maior ladrão deste País. Rouba até nossa dignidade. E chama de vândalo quem protesta contra o furto. E prende. E tortura... E mata, se preciso for.

11 de março de 2014

Como não havia corrupção na ditadura militar?

Só para lembrar
Vejo gente desinformada afirmando que na época da ditadura militar não havia corrupção. Como não? Se não sabem os milicos criaram 2 partidos- ARENA e MDB- para justificar a ditadura com um verniz democrático. Alguns membros da ARENA- que era o partido de sustentação civil dos militares: José Sarney, que foi presidente da mesma; Paulo Maluf, o ex-governador baiano Antonio Carlos Magalhães- cujo genro é dono da construtora OAS, que se tornou uma das maiores do País graças... Bem, vocês sabem como. O problema é que, à época, se alguém denunciava um corrupto a favor do regime, quem ia preso e torturado era o denunciante.
Ah, sem falar que operações repressivas, como a famigerada Operação Bandeirantes em São Paulo, eram financiadas por empresários, como Henning Albert Boilese, então dono da Ultragás, que mamavam nas testas do Estado.
Como pode um governo, e não estou falando de ideologia, apoiado por gente assim não ter corrupção?

Quem quiser saber um pouco mais sobre a Oban vá na Wikipédia- Operação Bandeirantes

20 de novembro de 2013

No Dia da Consciência Negra um recadinho para Joaquim Barbosa

No Dia da Consciência Negra um recadinho para Joaquim Barbosa
Como hoje é o Dia da Consciência Negra, um recadinho ao ministro Joaquim Barbosa: Menos, ministro, menos, cuidado com o ego inflado, quando ele estoura... 
Sabe, ministro, o senhor é um juiz, não aja como feitor, sim, como aqueles que torturaram, seviciaram e mataram milhões de negros, como o senhor.
Cuidado, ministro, muitos ( a maioria ) dos que hoje o aplaudem serão os primeiros a pisoteá-lo se cair. Eles são  os donos da Casa-Grande. Cuidado.

19 de outubro de 2013

Salvem as cascudas

Salvem as cascudas
Em defesa das cascudas

Estou preparando um protesto contra os laboratórios que utilizam baratas em seus testes para produzir inseticidas no intuito de eliminar as simpáticas cascudas. Elas são as maiores aliadas dos homens em sua defesa contra a exasperante tortura feminina, que as mulheres chamam inocentemente de discutir a relação.
Quando minha ex começava a me torturar, eu soltava o Chico e a Chica, minhas cascudas de estimação, e a tortura logo acabava... Ela, a ex-torturadora, dava um grito histérico, pulava em meu colo e eu virava seu herói.
Salvem as cascudas!

22 de maio de 2013

Terroristas foram os que usaram o aparelho do Estado para torturar e matar

Terroristas foram os que usaram o aparelho do Estado para torturar e matar

No Brasil vivemos 21 anos sob uma ditadura, em que agentes do Estado torturaram e mataram pessoas que deviam estar protegidas por este mesmo Estado. E os povos têm direito a se rebelar contra a tirania, eis o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela ONU em 1948: "Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão". Terroristas foram os que depuseram um governo democraticamente eleito e usaram o aparelho do Estado para torturar e matar. Andam querendo inverter a História.

A declaração completa está aqui Declaração Universal dos Direitos Humanos

2 de maio de 2013

ONU passa a considerar "discutir relação" como tortura psicológica grave

ONU passa a considerar "discutir relação" como tortura psicológica grave

A Assembleia Geral das Nações Unidas ( ONU ), em sua última reunião, passou a considerar  a tortura psicológica que nossas mulheres impõe a seus maridos, namorados e amantes, e que chamam candidamente de discutir a relação, como tortura psicológica gravíssima, que pode deixar sequelas permanentes no sexo frágil, os homens. Crime hediondo, portanto. A pena pelo insidioso martírio masculino pode chegar até à prisão perpétua para as meninas que insistirem no suplício
Enfim uma boa notícia. Viva!!!

25 de janeiro de 2013

Getúlio Vargas: um ditador que flertou com o nazismo


Nunca pedimos perdão por Arthur Ewert

A foto é de um alemão que veio para o Brasil em 1935 para participar de uma revolução que nunca houve. Preso, ninguém sofreu mais torturas do que Arthur Ernst Ewert, que usava o codinome de Harry Berger. Durante meses ou anos, não lhe deram uma cela imunda para ficar. Quem dera. Ficou num cubículo embaixo de uma escada, onde não podia deitar-se ou sentar-se. Tamanha foi a crueldade que ao advogado Sobral Pinto só restou invocar a Lei de Proteção aos Animais para que a polícia brasileira, paradoxalmente, lhe dispensasse tratamento mais humano. Barbaridade igual, dizem, foi cometida contra os opositores da ditadura argentina, naquele centro de torturas da Marinha. Ewert saiu do Brasil em 1947, louco, sem qualquer possibilidade de cura. Na época, a Alemanha - para onde voltou e onde morreu, em 1959 - já não tinha mais nazistas no poder. O Brasil, todavia, era governado por um general que se fazia de bonachão, mas que fora o principal defensor da aliança do Brasil com Hitler. Lembrei do nome de Arhur Ewert um dia desses, por causa dessa empulhação de canonizar a menina Odetinha. Os ateus, que não têm santos para venerar, podem homenagear gente como Ewert ou Harry Berger.
Sei que muito tempo se passou, mas este homem da foto não era um criminoso stalinista. Ele veio para o Brasil movido pela paixão de fazer justiça social. O governo brasileiro e o pessoal da Comissão da Verdade bem que podiam homenageá-lo aqui e na Alemanha, o que acham?
( José Sérgio Rocha )
O texto acima  serve para recordar quem foi Getúlio Vargas, um ditador que flertou com o nazismo e matou e torturou milhares de pessoas em suas fétidas masmorras. Dentre os que sofreram sob a sanha da ditadura getulista estão Luis Carlos Prestes, Jorge Amado e Graciliano Ramos. Fico estarrecido quando vejo, hoje, parte de nossas esquerdas incensando um caudilho como grande líder das causas populares.
Aqui um excelente ensaio sobre o nazismo à época de Getúlio, do qual reproduzo uma pequena parte:

Noutro texto, “Racismo à brasileira”, Sidney Aguilar Filho registra: “Na Constituição brasileira de 1934, em seu artigo 138, está escrito que ‘Incumbe à União, aos Estados e aos Municípios, nos termos da leis respectivas: b) estimular a educação eugênica’. No Brasil das décadas de 1930 a 1940, a ‘educação eugênica’ foi aplicada às crianças, em especial aos filhos da classe trabalhadora mais empobrecida, sobretudo nos termos da época, entre ‘órfãos e abandonados, pretos ou pardos, débeis ou atrasados’”.

Sidney Aguilar Filho diz que três ministros da Educação da Era Vargas, Francisco Campos, Belisário Penna e Gustavo Capanema, “defenderam abertamente concepções eugênicas”. Afrânio Peixoto, no livro “Noções de História da Educação”, de 1936, “defendeu a segregação de crianças e adolescentes ‘degenerados’ como forma de garantir a ‘saúde da Nação’”. O historiador relata que o termo eugenia, “boa geração”, foi criado, em 1883, pelo antropólogo inglês Francis Galton. ( Jornal Opção- Nazistas brasileiros implantaram projeto de eugenia em São Paulo )

13 de dezembro de 2012

Uma longa noite se instaurou no Brasil

No dia 13 de dezembro de 1968, em plena Ditadura Militar, o governo brasileiro decreta o Ato Institucional nº 5 (AI-5), instrumento de abuso e perseguição aos civis.
Em 13 de dezembro
Uma longa noite se instaurou no Brasil
Noite de infinita dor, ódio, tortura e terror
O horror!

14 de agosto de 2012

Justiça confirma que Brilhante Ustra é torturador


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO DECLARA, POR VOTAÇÃO UNÂNIME, QUE O CORONEL CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA, EX-COMANDANTE DO DOI-CODI, É TORTURADOR; DECISÃO NÃO TEM IMPLICAÇÃO NA ÁREA PENAL, MAS NA ÁREA CÍVEL PODE TRAZER DOR DE CABEÇA PARA O OFICIAL DA RESERVA


Enfim o Brasil está aprendendo a chamar as pessoas pelo que são, corrupto de corrupto e não de "esperto", torturador de torturador e não de "patriota". Pessoas presas sob a guarda do Estado, que deveria zelar pela integridade física delas, foram torturadas e mortas por agentes deste mesmo Estado e têm de ser julgados por isto. Simples assim.
A notícia completa está no Brasil 247


                                                                                     
                                                                              

16 de maio de 2012

Miriam Leitão, FHC e a Comissão da Verdade

Sarney, de cabeça baixa entre Dilma e FHC, será vergonha?
Um artigo brilhante de Miriam Leitão sobre a Comissão da Verdade no jornal O Globo de hoje, ela define com exatidão os trabalhos  do grupo: "O debate sobre se também é preciso investigar os atos da esquerda armada é ocioso. Eles foram punidos de algum modo. Presos, exilados, torturados, condenados por tribunais militares, com defesa cerceada e advogados ameaçados. Alguns nem isso tiveram. Foram apenas executados, ou morreram sob tortura dentro de quartéis ou na tenebrosa Casa da Morte."
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz o mesmo em entrevista ao mesmo jornal.
Foi o que sempre defendi aqui: presos sob a guarda do Estado foram torturados e mortos por agentes deste mesmo Estado que deveria salvaguardar sua integridade física. Mesmo na Constituição da ditadura estes direitos foram preservados. O resto é diversionismo de gente como Reinaldo Azevedo, que se apegam a filigranas jurídicas para protegerem assassinos e torturadores.
Agentes do Estado não podem, principalmente eles,  se sobreporem às leis, ou aprendemos isto ou jamais teremos uma democracia com isonomia entre todos.
Duas coisas me chamaram a atenção na instalação da Comissão: na foto em que Dilma caminha com os ex-presidentes da República, ao seu lado estão Fernando Henrique e Lula, ambos, de alguma forma, perseguidos pela ditadura, escondidos, caminhando atrás, Collor e Sarney, este de cabeça baixa, como que envergonhado( se é que tem alguma vergonha )  de estar ali. Sarney sempre apoiou o regime de exceção e quando viu que o barco fazia água pulou fora. A outra é a posição do jornal O Globo, que vem dando ampla divulgação à Comissão, um jornal que apoiava o regime militar com tanta subserviência que foi apelidado, à época, de Diário Oficial da Ditadura. Os marinhos devem estar querendo minorar suas culpas.
Eu me apeguei no artigo da Miriam e nas declarações de FHC para demonstrar que esta Comissão não é uma criação de "esquerdistas" radicais e revanchistas, não, é um reencontro do País com seu passado. Não podemos esquecer a longa e triste noite que durou vinte e um anos.
A História não perdoa os que se acovardam!

O artigo de Miriam Leitão está aqui: Direito de saber

5 de março de 2012

Site de torturador tortura até no nome: A Verdade Sufocada

Vladimir Herzog, torturado e assassinado nos porões da ditadura

Nesta crise que os milicos de pijama andam querendo criar com a instalação da Comissão da Verdade, descobri que o coronel Carlos Alberto Brilhante  Ustra,que comandou o famigerado DOI-CODI de 1970 a 1974, tem um site chamado A Verdade Sufocada.
Belo nome, bem de acordo com quem chefiou o sufoco que vivemos quando ele comandava as barbaridades perpetradas no tristemente famoso orgão de repressão.
Lamento que boa parte de nossas Forças Armadas, mas não toda, ainda deem ouvidos e protejam este tipo de gente.
Outra lembrancinha: andam querendo reescrever a História, Reinaldo Azevedo à frente, não é verdade que a ditadura perseguia só os radicais de esquerda, perseguia a todos que se opunham a ela, como Carlos Lacerda, um dos líderes civis do golpe de 1964 e que depois se virou contra ele e foi cassado, e o o ex-presidente Juscelino Kubitschek, que foi humilhado pelos gorilas fardados e teve de deixar o país. Isto os revisionistas de má-fé se esquecem, convenientemente, de dizer.
Existe uma questão básica nesta triste história: presos políticos, sob a guarda do Estado, foram torturados e mortos por agentes deste mesmo Estado que tinha- mesmo a Constituição da ditadura garantia estes direitos- a obrigação constitucional de garantir a integridade física deles. O resto é diversionismo.
Esta é a verdade que não pode ser sufocada!

Sobre a crise, leia aqui: Estadão.com.br