9 de dezembro de 2019

O menino que lia sem saber ler

Tem um fato em minha vida que me intriga até hoje. Quando fui fazer o primário ainda não tinha completado sete anos, sou de julho, e não sabia ler. Mas desde muito novinho adorava ouvir minha mãe lendo para mim. 
Logo me tornei  o melhor aluno da sala em leitura.
Um dia d.ª Merinha, minha primeira professora, estava indo para o grupo escolar e quando passava em frente à loja de meu pai, minha mãe a chamou e perguntou:
- Merinha, como vai o Zé Antonio?
- Ah, Carmen, ele é uma gracinha (Sou mesmo!), lê que é uma beleza! Aprendeu primeiro que todo mundo. Passo o ditado e ele lê tudo sem errar uma vírgula!
- Ele não sabe ler, Merinha!- diz minha mãe.
- Como não sabe?! Não estou dizendo que ele é meu melhor aluno!- retruca Dona Merinha.
- Vem cá- diz minha mãe-, me chama, pega uma revista O Cruzeiro, abre em uma reportagem e me manda ler.
Não li nada. Não sabia ler.
- Mas como pode?!- diz a professora.
- Também não sei, mas acho ele decora o que você dita e depois repete tudo. Como ele faz não faço a mínima ideia!- diz minha mãe
E lá fui eu tomar aulas particulares com d.ª Merinha para aprender a ler. Aprendi rapidinho.
Gênio, ainda que lindo, gostoso, porém  humildoso, como este genial Barão de General Severiano, é sempre um ser deverás complicado.

Tem um fato em minha vida que me intriga até hoje. Quando fui fazer o primário ainda não tinha completado sete anos, sou de julho e não sabia ler. Mas desde muito novinho adorava ouvir minha mãe lendo para mim.     Logo me tornei  o melhor aluno da sala em leitura.  Um dia d.ª Merinha, minha primeira professora, estava indo para o grupo escolar e quando passava em frente à loja de meu pai, minha mãe a chamou e perguntou:  - Merinha, como vai o Zé Antonio?  - Ah, Carmen, ele é uma gracinha (sou mesmo! [) lê que é uma beleza! Aprendeu primeiro que todo mundo. Passo o ditado e ele lê tudo sem errar nada!  - Ele não sabe ler, Merinha!- diz minha mãe.  - Como não sabe?! Não estou dizendo que ele é meu melhor aluno!- retruca Dona Merinha.  - Vem cá- diz minha mãe-, me chama, pega uma revista O Cruzeiro, abre em uma reportagem e me manda ler.  Não li nada. Não sabia ler.  - Mas como pode?!- diz a professora.  - Também não sei, mas acho ele decora o que você dita e depois repete tudo. Como ele faz não faço a mínima ideia!- diz minha mãe  E lá fui eu tomar aulas particulares com d.ª Merinha para aprender a ler. Aprendi rapidinho.   Gênio, ainda que lindo, gostoso, porém  humildoso, como este genial Barão de General Severiano, é sempre um ser deverás complicado.

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