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8 de março de 2013

Jair Bolsonaro para presidente da Comissão da Verdade

Como a moda agora é reacionários presidindo as comissões do Congresso Nacional, como é o caso do Senador Blairo Maggi, contumaz desmatador na presidência da Comissão de Meio Ambiente; e o racista e homofóbico deputado Marco Feliciano ( PSC-SP ) no comando da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, nada mais justo que o também deputado Jair Bolsonaro ( PP-RJ ),  seja eleito para presidir a Comissão da Verdade, que apura os crimes praticados pela ditadura militar. Bolsonaro comemorou  eleição de Marco Feliciano afirmando que com ele na presidência da Comissão de Direitos Humanos acaba o "gueto gay" na Câmara.
Com Bolsonaro à frente da Comissão da Verdade vai-se provar a verdadeira verdade, que esta história de tortura e assassinatos à época da ditadura ocorreu sim, mas praticadas pelos subversivos presos contra seus bondosos algozes.

16 de maio de 2012

Miriam Leitão, FHC e a Comissão da Verdade

Sarney, de cabeça baixa entre Dilma e FHC, será vergonha?
Um artigo brilhante de Miriam Leitão sobre a Comissão da Verdade no jornal O Globo de hoje, ela define com exatidão os trabalhos  do grupo: "O debate sobre se também é preciso investigar os atos da esquerda armada é ocioso. Eles foram punidos de algum modo. Presos, exilados, torturados, condenados por tribunais militares, com defesa cerceada e advogados ameaçados. Alguns nem isso tiveram. Foram apenas executados, ou morreram sob tortura dentro de quartéis ou na tenebrosa Casa da Morte."
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz o mesmo em entrevista ao mesmo jornal.
Foi o que sempre defendi aqui: presos sob a guarda do Estado foram torturados e mortos por agentes deste mesmo Estado que deveria salvaguardar sua integridade física. Mesmo na Constituição da ditadura estes direitos foram preservados. O resto é diversionismo de gente como Reinaldo Azevedo, que se apegam a filigranas jurídicas para protegerem assassinos e torturadores.
Agentes do Estado não podem, principalmente eles,  se sobreporem às leis, ou aprendemos isto ou jamais teremos uma democracia com isonomia entre todos.
Duas coisas me chamaram a atenção na instalação da Comissão: na foto em que Dilma caminha com os ex-presidentes da República, ao seu lado estão Fernando Henrique e Lula, ambos, de alguma forma, perseguidos pela ditadura, escondidos, caminhando atrás, Collor e Sarney, este de cabeça baixa, como que envergonhado( se é que tem alguma vergonha )  de estar ali. Sarney sempre apoiou o regime de exceção e quando viu que o barco fazia água pulou fora. A outra é a posição do jornal O Globo, que vem dando ampla divulgação à Comissão, um jornal que apoiava o regime militar com tanta subserviência que foi apelidado, à época, de Diário Oficial da Ditadura. Os marinhos devem estar querendo minorar suas culpas.
Eu me apeguei no artigo da Miriam e nas declarações de FHC para demonstrar que esta Comissão não é uma criação de "esquerdistas" radicais e revanchistas, não, é um reencontro do País com seu passado. Não podemos esquecer a longa e triste noite que durou vinte e um anos.
A História não perdoa os que se acovardam!

O artigo de Miriam Leitão está aqui: Direito de saber