Mostrando postagens com marcador Manoel Bandeira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Manoel Bandeira. Mostrar todas as postagens

19 de novembro de 2019

Quando estás vestida- Manoel Bandeira

Quando estás vestida
Manuel Bandeira
Quando estás vestida,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.
(Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.
Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (1886-1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.

Quando estás vestida Manuel Bandeira  Quando estás vestida, Ninguém imagina Os mundos que escondes Sob as tuas roupas.  (Assim, quando é dia, Não temos noção Dos astros que luzem No profundo céu.  Mas a noite é nua, E, nua na noite, Palpitam teus mundos E os mundos da noite  Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (1886-1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.

7 de outubro de 2017

Em Paraty, a dor da saudade

Estou percorrendo a Estrada Real com um amigo. Hoje chegamos a Paraty.
Enquanto Reinaldo tirava fotos, fiquei em um canto (eu amo os cantos, é deles que vejo o mundo) relembrando... amores.  Os maiores que tive na vida. Duas mulheres maravilhosas com as quais passei momentos inesquecíveis em Paraty.
Viajei no tempo. No tempo do coração, que é eterno. E doeu... Doeu muito. 
Saudade, muita saudade... Da primeira uma saudade mais suave, pois, apesar de intenso, o fogo da paixão durou até se exaurir. Da segunda, uma saudade dolorida de dois corpos que a paixão tornava um só, mas as almas não. Como no belo poema de Manoel Bandeira A Arte de Amar:

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

Com este amor que, ainda, nunca teve fim só me resta vivê-lo como o alcoólatra que não bebe mais: Só por hoje não vou te amar, só por hoje, sempre... 

Em Paraty, a dor da saudade