O olhar desencantado

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A alma está partida
Perdida em tristeza e desilusão
O olhar desencantado
Mira no infinito
Atrás dor
À frente nada...

@rrob@ ponto com

@rrob@ ponto com
Com o quê?
Com ponto br
Mais sei lá não o quê...

Quero apenas um poema digital
Rápido como a nova era
Tão rápido
Que quando o leitor
O acabar de ler
É só clicar
E o deletar

descartável.com.br
inútil.com.br
fútil.com.br
.com
.br
@nad@.com...

E a morte vem e nos agarra

Ou tudo
Ou nada
No fim
Tudo dá em nada
E a morte vem e nos agarra.

O TUDO do NADA

O TUDO do NADA
Silvia Britto

Certa ocasião, em um "monólogo" (sim, porque alguns homens fazem questão de não dialogar!)  com um ex-namorado, ouvi a seguinte exclamação indignada:

- Mas eu não fiz absolutamente nada!

Pois é, caros. Fazer nada, muitas vezes, é o TUDO de que precisamos para perdermos o encanto.
Nada de convites para o cinema. 
Nada de surpresas. 
Nada de presentes.
Nada de demonstrações de carinho e proteção.
Nada de promessas cumpridas.
Nada de pedidos atendidos.
E o NADA vira TUDO.
E o TUDO se torna um imenso VAZIO.
Portanto, meninos, não se iludam.
E façam! Demonstrem! Preocupem-se!
Mostrem que se importam! Surpreendam!
Fica a dica.

Estou nada

Estou nada
Completamente oco
Vazio de sentimentos
E ainda assim doo-me.

E descubro que não há nada
Não existe vazio
Que saudade tua não preencha.

Vazio do Nada

tá lento
o talento
que já não é imenso
mas imerso em ineptas dúvidas
ou- quem sabe, dívidas impagáveis
de tempos desperdiçados em procuras inúteis
de explicações inexistentes
cansei de ser  renitente penitente
vou seguir rumo ao vadio vazio do nada
com o parco talento que lento me guia.

                                                                         





                                                                 

Eu não sei de nada

Eu não sei de nada
Fui traído

"Só sei que nada sei"
E jamais saberei

Se nada sei
E fui traído
Nada vos direi
Pois não sei quem me traiu

Talvez um traíra-macho
Ou uma fêmea
Ou ambos, os dois
Será? Saberei, eu?
Que fui traído
E nada sei...

                                                         

Pensamento com nove dedos: "Eu não sei de nada, fui traído por uma traíra"

Pensamento com nove dedos: "Eu não sei de nada, fui traído por uma traíra."

                                     

Eu sei que sei o que sei e não sei

eu sei que sei
o que sei
e  não sei
se sei 
o que não sei
se sei  o que não sei
e sei o que sei 
 só sei que no fim
o que sei aliado ao que não sei
não muda rigorosamente nada
do que sei ou não sei...
serei...será? não sei...ou sei?

                                                                       

A chuva cai

 a chuva cai espessa
sobre meus cabelos
escorre sobre meu corpo
lavando dores
carregando desamores
limpando minh'alma
para que entres

abraçar-te-ei no meio do nada.
a chuva se mistura  à saliva
de nosso beijo
e vai-feliz, agora.

                                                                  

O que posso fazer?

Estou com preguiça de escrever
O que posso fazer?
Talvez esperar a preguiça passar...
Mas minha preguiça não é preguiçosa
Está sempre acompanhada daquela angústia
É...aquela...de nada...de tudo...de não sei o quê?
O que posso fazer?

Viram? "Descançando" e não descansando: ô preguiça!

                                                              

Sobre nada ou tudo...

O nada é só isso:
Um homem nada na praia!
O nada metafísico não existe,
é apenas criação demente de nossa mente,
que, como sabemos, mente.
A matéria sempre existiu,
é anterior ao espírito, que é novo,
criação do homem.
O Universo( s ) sempre esteve aí,
se transformando, nada ( ? ) é para sempre,
tudo se transforma, morre, explode, renasce.
Esta é a grande aventura do homem,
descobrir sempre e mais o que já existe,
em uma jornada sem fim. Se algum dia tiver fim,
encontramos o nada e mergulhamos nele.

Eu perdi um amor

eu perdi um amor
que sequer começou
sobrou-me
do nada que tive
o de quase sempre
saudade e dor!

Sem sono

sem sono
resta-me o abandono
da solidão da madrugada
e sua leve brisa
que conforta a alma
só nela torno-me inconsútil
a solidão não é o fim de quem ama
meu grande de moraes vinícius
é apenas venturoso vício
de quem em nada acredita
e tem certeza da inexistência
do vácuo eterno
nada há de ser tudo
e como tudo é infinito inexcedível
criamos o nada para nos acalentar
e a solidão para nos provar que o nada existe
mas solidão não é falta
é excesso de apensar dor.

Mas chove

se sei que nada sou
por que não sei o que sou?
se nada sou
não sou  nada
ou nada fui
ou serei nada?
sei não
não sei
serei...
mas chove.

Rumo à morte

Dizem que a solidão é triste
Inverdade na verdade
Triste é a solidão
Na multidão
Ser nada
Ao lado de milhões de nadas
Apenas engrossando a manada
Que caminha como gado
Rumo ao norte
Inevitável da morte.

Apenas uma vastidão

estou vão
vazio de mim
de mundo
nem dor sinto
apenas uma vastidão
de não sei o quê
só não é nada
é incompletude
pedaço que me tomaram
quando nasci
uma angústia sem sentido
mas com sentir
uma orgia confusa
que me faz girar
rumo ao sem rumo
sem início
sem meio
sem fim
nasci assim
com um vazio
que tudo absorve
e me faz caos
d'alma despedeçada
[ o sol!]
                                                    

Eis o quase nada que somos

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/45/ESO_-_The_Carina_Nebula_(by)

eis o quase nada que somos
na infinitude do universo
e quanta soberba
e quanto orgulho
e quanta arrogância
e quanta prepotência
cabem neste quase nada
que com certeza somos
ou seremos-nada!

O nada nunca existiu

O nada é a grande questão da humanidade, e não existe, é apenas uma criação da mente humana, mais nada. Tudo sempre existiu, de maneiras diferentes, mudando sempre, mas sempre esteve aí. Não houve criador, até porque se houvesse um, algo o teria criado antes, o criador do criador, e estaríamos em um impasse insolúvel. Existe a impermanência das coisas, ou, no bem dizer de Lavoisier: " Na natureza(Universo(s)!) nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", eternamente...

                                                     

Talvez sobre-me um sorriso

Se a morte
é a solidão
do nada!

Caminho
[ com tudo]
em direção
a ela.

Dia após dia
dor após dor

Talvez sobre-me
um sorriso
[ ou, quem saberá?]

Uma flor...