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2 de setembro de 2015

Um homem

Um homem
Entre sete bilhões
Um homem
Um ínfimo no Universo
Um homem
E seu destino
Um homem
E seus desatinos
Um homem
E sua solidão
Um homem
E sua lágrimas
Um homem
Só.

16 de janeiro de 2014

O mais inútil dos lixos

O  mais inútil dos lixos
Não existe mais morte
Nem vida
Nem nada
Viramos objetos
Diretos

Consumimos
Envelhecemos
Sumimos
Viramos lixo
Descartável
Como tudo
No capitalismo

O  mais inútil dos lixos
Pois nem recicláveis somos

Lixo barato e inútil
Eis o desatino
De nosso destino.



20 de fevereiro de 2013

Desatino

e ela se foi antes de vir até mim
nada houve, nada haverá, será?!
no ar um cheiro de vai voltar
ainda que não tenha vindo

 não vai resistir ao desatino
de nosso destino
juntos, para hoje
uma noite, um dia
e seremos eternidade
ao entregar nossos corpos
à embriaguez das paixões alucinadas
corpos suados, odor inebriante de sexo
e o deslumbramento do mundo, que não existe,
somos nós, na mais feliz das ilusões
a comunhão de corpos no êxtase  de serem
a antítese da impossibilidade de dois corpos
[o meu, o seu, dois, um] ocuparem o mesmo espaço
no tempo;  no infinito; no verso
de prazer, que seremos nós
se não fujires do destino
que te guia até sermos um só, nós.







                                            

24 de novembro de 2012

Lá vos esperarei

Eu sou mistério
Mas não me levo a sério
Pois sei que meu destino é o cemitério

Lá vos esperarei
Em silêncio sepulcral.

                                                       

30 de outubro de 2012

A solidão não é mais solitária

Confesso que me assusto!
Não sei de quê?
De tudo muito rápido.
Acontece lá,
Logo sei, cá.

Não há mais novidade.
Se há, dura apenas segundos.
Tenho mundos- para quê?
Se não sei o que fazer.

Ah...o que está longe?!
É agora tão perto.
Tão íntimo,
E tão fugaz...

A solidão não é mais solitária.
É compartilhada em telas frias,
E vaga sem destino,
Virou desatino.

Somos juntos,
Tão sós!


                                                                                    

13 de setembro de 2012

Inusitado


Silvia Britto é um talento que desabrocha, li alguns de seus textos e fiquei extasiado, "roubei" este e publico aqui em primeira mão. Ela me disse que ainda tem medo de publicar seus escritos, em sendo assim resolvi dar o empurrão final, afinal ela está à beira do precipício mesmo. Deleitem-se.

Inusitado
Silvia Britto

Escrevo este texto de um lugar muito inusitado. 
Inusitado, como é a vida dos que não têm medo de fuçar os cantos da vida. Dos que não têm receio de cair na estrada.
Desta vez, a menina petulante cruzou as águas, atravessou o mar e subiu a ladeira em busca do êxtase.
E gozou... Duas, três, quatro vezes... Parou de contar.
Em seguida, alimentou-se da simplicidade da vida, com café-com-leite, pão e manteiga.
E dormiu abraçada ao seu destino.
Eu disse dormiu? Qual nada!
As frases e palavras e letras não a deixaram descansar até verem-se expostas neste texto.
Agora sim, menina...Descanse.

                                                                      

3 de dezembro de 2010

Tempo e destino

Não damos mais
tempo ao tempo
É tudo cada vez
mais rápido
Veloz
Implausível

Não se namora
se fica
Notícia da manhã
é velha à tarde

Faz-se sexo
como se faz
um lanche rápido
no Macdonald's

Insosso
sem gosto
sem prazer

Apenas por fazer

Compra-se sem saber
porque e para quê

Segue-se à manada
pensar nem pensar

É coisa antiga
questionar atraso de vida

Em resumo
comprimimos o tempo
em trabalho e consumo

O resto são os outros-nós?
escória da humanidade
desumana...

Bom
Ruim

Indiferente- o tempo segue
devagar ou rápido
 
Não importa
apenas segue

Com ou sem destino...