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4 de junho de 2012

Amanhã a Cremilda não vai me chamar de porco

Amanhã é dia da Cremilda, minha zelosa mantenedora de alguma ordem e asseio aqui neste um tanto quanto bagunçado lar, onde moro com meu filho que fala, o Léo; o que late, o Toy; e Bia, a lagartixa, que de vez em quando me brinda com um sessão de sexo ao vivo com seu ficante, o Haroldo, um 'lagartixão' sarado e folgado.
A Cremilda, apesar de não ser minha mulher, age como se fosse e adora me perseguir, diz que o teclado de meu computador é um nojo e vive ralhando comigo pelo simples e inocente motivo d'eu, às vezes, muito raramente, deixar umas inocentes melecas grudadas por debaixo da mesa onde produzo meus geniais textos ou no estrado da cama.. Diz que sou porco e por isso não tenho mulher. Pior, agora encasquetou que tenho de virar evangélico. Argumenta que lá em sua igreja vou deixar de ser porco e arrumar uma moça de família para tomar conta de minha relaxada pessoa.
Eu fico até imaginando, eu aqui escrevendo e minha futura amada e querida esposa cantando seus hinos de louvor em meus sensíveis ouvidos. Sabem o que vai acontecer: primeiro eu vou brochar para todo o sempre; em seguida vou voltar a beber e virar um assassino, depois de 18 anos sem pôr álcool na boca vou tomar um porre e jogar a desgraçada pela janela para ir de encontro ao diabo que a carregue, desculpem, ao reino dos céus.
Mas amanhã a Cremilda não me chama de porco, limpei o teclado e tirei as inocentes melequinhas grudadas por sob a mesa e a cama. Não dá nem meio-quilo. Saco!