O Zé Dirceu volta às
manchetes após alguns documentos divulgados pelo site
WikiLeaks, mas não quero falar deste assunto, quero é falar de um episódio da vida do Zé que mostra bem que para políticos, com raras exceções, a única coisa que interessa é o poder; ética, sentimentos, respeito ao próximo, compaixão, são apenas acessórios que usam, se necessários, em seu objetivo final: Poder!
À época da ditadura militar o Zé, após fazer umas plásticas em Cuba, se escondeu em Cruzeiro D'Oeste, pequena cidade do Paraná, com nome falso, pois era perseguido pela ditadura, até aí tudo certo e justo; mas o nosso Zé conhece por lá uma bela donzela e com ela resolve se casar- tudo certo-, só que o Zé, que é Dirceu e não Mané, escondeu até da própria mulher quem na verdade era, se fossemos ver o caso pelo prisma do Jilozinho diríamos que corneou a si mesmo, mas o caso é mais sério. Viveu com Clara Becker, o Zé, durante alguns anos e tiveram um filho, até que veio a anistia, eis que o nosso Zé chama sua digníssima esposa e lhe comunica:
- Clarinha, amor de minha vida, tenho algo muito importante a lhe dizer: eu na verdade não sou quem disse que sou, eu sou o Zé Dirceu, ex-presidente da União Estadual de Estudantes de São Paulo, perseguido pela ditadura, para te proteger nunca te disse nada e agora que fui anistiado estou revelando minha verdadeira identidade e te comunicando que vou embora retomar minha carreira política. Mas pode ficar tranquila, não vou te abandonar, nem a nosso filho, depois que me estabelecer mandarei o dinheiro da pensão. Muito obrigado por tudo! E se foi...
Detesto fazer julgamento moral, e não o farei, vocês que tirem suas conclusões sobre o caráter do Zé. Caráter !?
O caso me lembrou uma história do Lênin, que gostava de ouvir música clássica e quando eclodiu a Revolução Russa deixou de ouvir pois , segundo ele, a música amolecia seu coração.É isso, meninos e meninas...poder é passar por cima de tudo...mesmo!
